4 de janeiro de 2016

"Notícias" de início de ano

Voltei do Rio Grande do Sul ontem. Passei por Iraí, lugar dos melhores dias da minha infância, andei por São Leo, cidadezinha mais do que ruim e comi uma chuleta gourmet a convite do Arigatô na praia.
Em Iraí fiquei com dor no coração ao vislumbrar a decadência sem retorno da cidade. Uma pena que tenha chegado a este ponto.
Sinal dos tempos e da crise braba, foi o número de carros argentinos, centenas deles, e mesmo de uruguaios, dezenas, que encontrei no trajeto de Imbé a Floripa. Se eles estão se esbaldando aqui é porque estamos em situação muito pior que a deles, que sabe-se, está longe de ser boa. Não para um deputado gaúcho que ironizou no twitter a fila de retorno do litoral gaúcho como se fosse sinal de que tudo está maravilhoso. Pelo jeito o canalha não quer que sobre nem farofear em Tramandaí para os sofridos brasileiros.
Esta situação, como não poderia deixar de ser, se reflete no futebol. Ninguém compra ninguém entre os clubes brasileiros. Algumas trocas aqui e ali e jogadores que estão com o contrato acabando em outros clubes são as novidades.
O Grêmio, até porque está se reestruturando financeiramente, não poderia fazer diferente. Conseguiu manter o elenco, o que não é pouco.
Tenta na justiça receber o dinheiro pela venda de Victor ao Atlético, do qual não viu um centavo. Victor foi por 3,5 milhões mais Werley. Como não pagaram, ainda, pode-se dizer que foi gratuitamente. Justiça brasileira, sabem como é, leva anos e anos para decidir. Um dia faz pagar, mas quando, ninguém sabe. E os mineiros empurram com a barriga.
Maicon foi comprado em troca de um "crédito" que o Grêmio tinha com o Fluminense mais 3 milhões parcelados. Ou seja, foi comprado por 3 milhões, já que o tal de crédito é outro que iria para as calendas. O São Paulo que se vire agora.
Alan Ruiz está em Porto Alegre, mas a direção tricolor nega qualquer tratativa. Aguardemos, mas bem que eu gostaria que ele voltasse.
E Barcos é balão de jornalista que não tem notícia para dar.
Este foi o pouco que consegui saber, que os caras se fecham em copas e não se arranca nada mais forte.