26 de junho de 2017

Dor de corno


Não li comentários hoje. Aliás, para ser bem sincero, entrei  na área de comentários e vi que tinha dois para serem liberados e 11 no spam. Um dos dois era um textão do rei dos textões. Liberei.
Dos 11 no spam 9 eram deste arigó corintiano que resolveu vir aqui se instruir e encher o saco. Dei uma espiada nos deletados (que sim, tem vários que passam direto para o delete) e vi que havia uns 15 de ontem para hoje.
Não invejei os blogueiros que estão se dando ao trabalho de ler e selecionar. E não olhei nada porque resolvi dar um descanso ao meu fígado e minha mente. Porque não quero adoecer lendo doentes esbravejando na primeira chance que aparece.
Ontem foi um grande jogo dos dois maiores times do Brasil na atualidade. Um pelo talento e vocação para o jogo. O outro pela determinação com que atendem tudo que o treinador pede.
Com mais calma olhei os melhores lances hoje. Vi um primeiro tempo de amplo domínio do Grêmio, que concedeu uma só chance para o adversário. Chance esta que só não foi gol porque Marcelo Grohe fez uma defesa magistral, espantosa. E um segundo tempo em que, afora o gol fortuito do adversário, apenas o tricolor teve chances. Chances claras pelo menos duas. E mais o pênalti. Pênalti bisonhamente batido por Luan, que pareceu desconfortável antes de chutar. Mostrava uma cara contrariada. Teria sentido a responsabilidade?
Resultado injusto? Não. Se não há erro grave de arbitragem o resultado nunca é injusto. Se um time errar 25 chances claras e o outro acertar um chute do meio do campo, onde estaria a injustiça?
Resultado justo pela eficiência dos paulistas.
Grohe falhou? Pode-se dizer que sim. Foi traído pela velocidade do lance e, talvez, por não esperar um chute exatamente onde foi. Grohe foi o culpado? Não acho. Se ele tomasse aquele gol à queima roupa no primeiro tempo estaria tudo normal. Menos, é claro, para este bando de otários que adoram destruir os jogadores do time para o qual supostamente torcem. Porque estes, por mal amados, por inveja, por ideologia, por desvio de caráter, por dor de corno, por qualquer uma destas razões ou outras que possam ter, gozam mais quando podem destruir um ídolo do que nas vitórias que os ídolos lhes presenteiam.
Se amanhã inviabilizarem Grohe no time titular e sentirem falta dele, com certeza não virão aqui fazer mea culpa. Afinal, eles estão sempre certos. Errados são todos os outro.
De tudo isto, resta uma certeza: se houvesse redes sociais no século passado Eurico Lara não estaria no hino do Grêmio.
Não arigó. Não estou comparando Grohe com Lara. Estou apenas dizendo que nem ele resistiria à insanidade de vocês.