17 de maio de 2007

Ficou difícil


Carlos Eduardo e González. O uruguaio foi expulso neste lance.

A má notícia da ausência de Edmilson completou-se com a lombalgia que tirou Sandro Goiano da partida. Era muito para um meio-campo que já perdera Lucas. A noite começava mal.
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Nunca se saberá ao certo como seria o comportamento da equipe ontem, contra o Defensor, se o jogo não tivesse a anormalidade do gol aos 50 segundos. Um gol assim, no início do jogo, muda o ânimo do time. Mas, com o que se viu nos 90 minutos, pode-se especular que talvez ele tenha existido em função da disposição dos jogadores.

Está se tornando corriqueiro: com exceção do primeiro tempo contra o São Paulo, quando jogou com a gana que costuma apresentar no Olímpico, o Grêmio tem mostrado apatia em todos os jogos fora de casa. Aparentemente, a intenção de amorcegar o jogo se transforma, na prática, em falta de energia. O time pára em campo, não consegue jogar, aparentemente à espera do apito final.
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Saja, que já teve jornadas exemplares, vem se mostrando inseguro na saída do gol. No segundo gol, abdicou de impor-se fisicamente na pequena área, como deve fazer um goleiro, e levou um gol que complica muito a situação do jogo de volta.
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A defesa foi desatenta no primeiro lance de ataque do jogo. Pagou com gol do Defensor e trouxe de volta a preocupação da bola aérea, que assombrou a torcida em um passado recente. Nunca é demais lembrar que Schiavi tem neste ponto um sólido fundamento como zagueiro. Mas Schiavi está fora do time e nada está a indicar que volte.
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Tuta foi o jogador normal das últimas partidas: não jogou. Amoroso nada acrescentou ao improdutivo ataque tricolor, que criou apenas uma oportunidade de gol, no chute de William defendido pelo goleiro uruguaio. Diego Souza conseguiu ser expulso após o final da partida, ao aplaudir o juiz, de muito boa atuação. Desfalca o time na partida de volta. Deve explicações do seu gesto.
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Na próxima quarta-feira, o Imortal precisará, uma vez mais superar-se para superar o adversário. Não será tarefa fácil. Pode-se antever a retranca, o jogo truncado, o contra-ataque e o perigo eminente da bola aérea. Passar pelo Defensor apresenta-se, antes do jogo, como a tarefa mais difícil entregue a Mano Menezes e seus comandados neste ano. Aguardemos confiando. Afinal, não existe impossível para o Grêmio.