Figueirense 0 x 1 Grêmio
Brasileiro – Orlando Scarpelli – Florianópolis (SC)
A bola trocou de pés rapidamente. A partir da intermediária, Alan Ruiz e Giuliano tabelaram sem dar chance à marcação. O passe final do gringo, já dentro da área, desmontou qualquer tentativa de defesa e abriu caminho para o primeiro gol da partida. O primeiro de Giuliano com a nova camisa, que, aliás, lhe veste muito bem. Foi também o nosso primeiro gol depois de muito tempo. O locutor do jogo chegou a dizer há quantos minutos não marcávamos, mas não tive cabeça para guardar o tempo sem gols, estava entusiasmado demais com aqueles três primeiros minutos que jogávamos. O goleador – já podemos identificá-lo assim? – ajoelhou-se, ergueu os braços, indicou o dedo para o alto e agradeceu a graça alcançada, enquanto seus companheiros saltitavam de satisfação e comemoravam a conquista. Anunciava-se uma apresentação de gala – não sei se ainda chamam assim. O Grêmio forte, matador e disposto a pressionar os líderes, de volta aos gramados. Era tudo que esperávamos nesta retomada do Campeonato Brasileiro.
Devagar com o andor porque o santo é de barro. Depois do gol, ainda haveria todo o primeiro e segundo tempos. Sendo mais preciso: houve um bom primeiro e um nem tão bom assim segundo tempos. Nossas chances de ampliar o placar foram tímidas. As deles, também. Tivemos de salvar duas bolas na entrada da área com nossos defensores se jogando ao chão. Impedimos o cruzamento com um carrinho que acabou em falta. Fizemos outras faltas desnecessárias. E deixamos a bola rolar no nosso campo de defesa. Oferecemos oportunidades para o adversário que, por conta própria, não conseguiria chegar ao nosso gol. A vitória avassaladora que se desenhou no começo da partida se restringiu ao 1 a 0, mesmo estando diante do Figueirense, time que sofre na zona de rebaixamento, tem os piores ataque e defesa da competição, e ficou com um jogador a menos boa parte do segundo tempo.