“Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando.”
Tô Voltando, (clássico composto por
Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós).
Um mês e meio. Quarenta e cinco longos e arrastados dias. Que Copa do Mundo, que nada! Façam mais duzentas Copas ininterruptas e nenhuma delas aplacará a saudade de um coração azul, preto e branco por um jogo do Imortal. Tragam todos os jogadores do planeta para desfilarem suas chuteiras coloridas pelos estádios do Brasil. Ainda assim não será possível sanar a ânsia de ver entrar em campo o manto tricolor, mesmo que seja envergado por um guri da base. Façam mil gols de placa valendo a taça do mundo. Nenhum deles será tão comemorado quanto um gol de xiripa, feito por um volante tosco, mas que carrega no peito o escudo do Grêmio. Não tentem entender. Está além da compreensão dos simples mortais.
Nesta quarta-feira o tricolor volta a jogar pelo Campeonato Brasileiro na sua Arena. Um retorno que se sabia que ocorreria, mas que não imaginava-se que demoraria tanto. Parece que foi há um século. Mas foi em um não tão distante início de junho que víamos o fardamento das três cores empatar na Serra Gaúcha contra o Palmeiras. De lá para cá, muita coisa mudou. Kléber Gladiador foi emprestado ao Vasco, Léo Gago foi para o Bahia, Adriano para o Vitória, Mamute para o Botafogo e Moisés para o Goiás. Contudo, reforços importantes chegaram. O mais importante deles, com certeza, é Giuliano. Contratado junto ao Dnipro, vem para ser titular. A ele juntam-se Fernandinho, Fellipe Bastos e Matías Rodriguez. Todos jogadores com potencial para a titularidade ou, ao menos, compor o grupo em igualdade de condições.
O time que entrará em campo na Arena nesta quarta-feira para enfrentar o Goiás provavelmente será formado por Grohe e uma dupla de zaga composta por Rhodolfo e Geromel. Nas laterais, Pará mantém-se na direita e há a tendência de testar Saimon na esquerda. Matheus Biteco e Riveros (este último recuperado de lesão) são a dupla de volantes. Na meia cancha, Giuliano junta-se a Alán Ruiz e Luan, deixando Barcos como a referência de ataque. Neste trio de meias reside a grande aposta de diferenciação para este segundo semestre. Assim como as esperanças para o restante do Campeonato Brasileiro e para a Copa do Brasil. Rodriguinho e Dudu permanecem como opções interessantes.
Portanto, como diz a canção, pode preparar aquele feijão preto. Aproveita também e separa aquela camisa mais linda do mundo. E solta o grito que a torcida segurava há tanto tempo. O Grêmio está voltando.
Saudações Imortais