2 de dezembro de 2008

Os finais


Estádio Bezerrão

Serão 2 jogos, os finais, cada qual com as suas particularidades.

O jogo de Goiânia, quer dizer, Brasília, era pra ser fora de casa para o São Paulo. Não será. Quebrou-se o equilíbrio da competição. E partiu-se de tal forma que estão querendo colocar o Goiás no vestiário dos visitantes.

O Goiás tem Hélio dos Anjos e seu discurso forte para a partida; tem Paulo Baier (se é Baier, é bom) e seu pai gremista; tem Vítor e seu apoio forte pelo lado do campo; deveria ter Iarley, que alguns dão como reforço para o ano que vem. Mas não terá, por força do tal terceiro cartão amarelo.

O jogo de Brasília poderia ter a torcida do Grêmio apoiando o Goiás de forma maciça, recolocando o jogo "fora de casa" para o São Paulo. Porém, estranhamente, não se fala nisso. Onde está o nosso cônsul de Brasília, para mobilizar a torcida?
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O jogo do Olímpico terá 2 olhos e 1 ouvido. Não deveria ser assim. Mas será. Deveríamos manter olhos, mentes e gritos apenas para o nosso embate, esquecendo Brasília, que pode desconcentrar e nos tirar o foco. Temos apenas uma missão no domingo: vencer o Atlético-MG. Esta não pode falhar. O que ocorre em Brasília não depende de nós. Poderia depender do nosso cônsul, mas... temos cônsul em Brasília?

Não há espaço para sonhos no domingo. Devemos nos prender à realidade, não esquecer o Atlético-MG por um segundo que seja. O futebol prega muitas peças. Que desta vez seja para o tricolor paulista.
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O ideal seria uma lei que banisse do Olímpico todos os sons que falassem do jogo de Brasília. Um decreto que silenciasse todos os rádios e celulares num raio de 5 km do Monumental. Só após derrotar o Atlético, nos sentaríamos na arquibancada para saber o que se passara no DF. E, então, seria a festa ou a resignação.

São 2 jogos, com suas dobras. Tratemos de assegurar o nosso. Os caminhos do Bezerrão passam por outros pés. Poderia estar entregue também a outras gargantas, mas não se tem notícia do nosso cônsul. Afinal, temos consulado em Brasília?