O novo técnico do Grêmio deverá ser Renato Portaluppi. A menos que o mundo esteja de pernas para o ar. Vejamos:
1) Após duas tentativas frustradas (Geninho e Nelsinho), Fábio Koff deu entrevista apoiando a contratação do jogador;
2) Koff não faria isso, se o técnico não estivesse decidido;
3) A entrevista de Koff às rádios na noite de ontem, teve a intenção de mostrar que está ajudando a atual direção. Foi uma tentativa de blindá-la com o seu prestígio;
4) A atual Direção do Grêmio corre contra o tempo para calar a arquibancada. O grito "Odone, Odone!" bateu forte nos tímpanos dos que mandam no clube;
5) O anúncio do nome de Renato, pelo que representa, teria o poder de apaziguar os ânimos. Afinal, ainda que alguns tenham restrições a ele como treinador, sobra respeito e gratidão ao ídolo. Seu anúncio seria o aceno de uma reconciliação da casamata com a arquibancada e o protesto perderia força.
Diz-se que o novo técnico será anunciado após o jogo de hoje. Não duvido (e até aposto) que Renato estará no Olímpico logo mais à noite, ainda antes do jogo. O Grêmio precisa de um técnico; a Direção, de um fato.
Será Renato, a não ser que as velhas raposas tenham perdido o faro da caça. ´
As questões que se colocam são: Pode a incompetência da dupla Kro-Kri ser bafejada pela sorte? Estará o maior jogador gaúcho de todos os tempos pronto para começar a credenciar-se como técnico, somando outros títulos à Copa do Brasil que já conquistou pelo Fluminense? Alguém o orientará a segurar a língua, não dando ouvidos ao aspone morango que fatalmente será escalado para lhe tirar do foco? Saberá Renato indicar à direção jogadores para suprir as necessidades do time? Colocará os atacantes pra treinar (com ou sem Arigagol), ensinando-lhes a direção da meta adversária?
Se as respostas a essas questões forem positivas, o resto a gente faz da arquibancada.
Entrevista de Renato à Globo, divulgada recentemente.
