25 de janeiro de 2011

Amor ou amizade?


Pois o Júlio Tricolor acertou quase na mosca:
Até agora fiquei quieto vendo posts de quase desespero! Meus caros... Há muito tempo... Aprendi que amor ao clube quem tem somos nós: dirigentes, treinadores (alguns pelo menos) e jogadores tem amor ao dinheiro!
Então... eles passam... Nós ficamos e nossa paixão... fica... cada vez maior!
Por que ele acertou "quase" na mosca? Porque, para mim, a paixão diminui a cada amostragem de "profissionalismo" dos jogadores e dirigentes. Peguem o Koff e o Cacalo, talvez os dois dirigentes mais "fanáticos" pelo Grêmio. Eles cansam de dizer que jogador é profissional... que podem ir para o maior rival sem problemas... e blá-blá-blá.

Há tempos perdi esta ilusão. Jonas foi atrás do seu rico dinheirinho e, acho, qualquer um dos que o criticam duramente fariam o mesmo. Fica o gosto amargo? Claro que fica. Mas quantos torcedores prefeririam ficar no clube de coração perdendo dinheiro?

A forma com que as coisas acontecem é que deveriam ser revistas. Eu sou do tempo em que Grêmio x Bagé, quando tinha pouca gente, tinha 15 mil torcedores no estádio. Isto agora é quase público de grande jogo. O "profissionalismo" está enchendo os cofres de alguns. Mas os que vem atrás no futebol devem correr porque logo chegará o dia em que a fonte secará. Deixará de ter torcedores para haver espectadores. Depois, talvez, nem isto.

Muitas vezes questiono se vale a pena este amor incondicional ao clube. Afinal, o que é um clube de futebol hoje se não um agrupamento de jogadores e dirigentes "mercenários"? Amando o distintivo e a camisa não estamos transferindo este amor para quem não o merece? Não perco jogo do Grêmio, ainda. Mas as derrotas já há alguns anos não me tiram o sono nem me fazem brigar com a mulher e filho. Estes sim, estão comigo por amor e não por dinheiro. Até porque, se fosse por este último, já teriam ido embora :)

Pensem nisto antes de jogarem pedra em quem merece apenas distanciamento crítico e pouco caso.