8 de janeiro de 2011

Um país de lesmas gosmentas

Mensalão? Apesar de todas as provas nada acontece.
Política? Um bando de safados pensando apenas no próprio bolso.
Um ex-presidente se dá o direito de veranear num forte do exército e de distribuir passaportes diplomáticos para os filhos, netos e vai saber mais para quem ...
Alguns poucos exemplos de um país podre, em que a palavra vale nada.
Convivemos há muitos e muitos anos, talvez desde o descobrimento, com a desfaçatez, com a roubalheira, com o desprezo pela honestidade e pela palavra empenhada.
Qualquer bosta com alguma posição, por menor que seja, pensa que pode e, pior do que isto, pode fazer o que bem quiser e nada lhe acontece.
A população, em boa maioria honesta, se acostumou com isto. Assiste tudo impassível e sem esperanças de mudanças.
Eu passei da época, boa época, em que me empolgava e acreditava nas pessoas, nos ideais. Hoje em dia, quem não está sempre com um pé atrás corre o risco de passar por bôbo.
A direção gremista se cercou de tudo que podia para não se deixar enrolar. Mas a pilantragem, o mau-caratismo, a desonestidade, a desfaçatez, a falta de vergonha na cara hoje é coisa comum na vida brasileira. E já é a principal parte do DNA de muitos, especialmente da família de um ex-grande-jogador de futebol.
É só isto. E o que aconteceu é sua consequência. Fica apenas a tristeza de constatar uma vez mais que não se deve mais guardar esperança de que um dia este país tenha jeito.

Nenhuma alegria. Nenhum regozijo por nada.
O lado bom de tudo? Vamos voltar a olhar para o que interessa.