27 de novembro de 2013

Daniel Matador: Mortal

                             “Eu acredito, eu luto até o fim: não há como perder, não há como não vencer.”
                                                                                                       Oleg Taktarov
  
Caros

A data de ontem possui significados especiais. O Imortal Tricolor foi um blog formado justamente nas brumas da segunda divisão, em um tenebroso agosto de 2005, denominando-se na época Blog do Grêmio. E em 26 de novembro de 2005 foi rebatizado com a alcunha que carrega até hoje. Não é necessário dizer o motivo. Qualquer verdadeiro torcedor tricolor o sabe. Inexplicavelmente, ainda há aqueles que desdenham do feito ou negam-se a comemorá-lo por considerar algo menor na história de glórias do Grêmio. É óbvio que não comemoramos nesta data a conquista do título brasileiro da Série B. Se tivéssemos goleado o Náutico por 10 a 0 naquele dia, hoje nem daríamos bola. Quem viveu aquela tarde de novembro de 2005 até hoje arrepia-se ao lembrar. Nunca na história do futebol mundial houve uma partida como aquela. Séculos passarão e jamais haverá outra igual.

Andershow: aqui é Grêmio.

Quatro jogadores expulsos. Só seis na linha e um no gol. A meia hora que transcorreu entre o apito do juiz assinalando o injusto e inexistente pênalti e a cobrança do mesmo durou uma eternidade. Não vi a bola sendo batida por um apavorado jogador do Náutico. Não vi Galatto defendendo com a canela. Na hora, zerei o volume da televisão, sentei no sofá, fechei os olhos e segundos depois só ouvi gritos oriundos de todos os lugares. Sem saber o real motivo, aos poucos ergui a cabeça e vi a comemoração dos poucos jogadores com o manto tricolor na pequena área. Juntei-me solitariamente à comemoração.

Mas havia alguns minutos pela frente. Daí por diante, o surreal tomou conta. Andershow faz a clássica escapada pela esquerda, sendo derrubado pelo zagueiro. “Tá expulso o Batata!”, clássica frase que até hoje ecoa. E a malandra cobrança rápida, com os defensores não acreditando no que estava acontecendo. Sim, até hoje tenho certeza que os zagueiros ainda não acreditavam no que viam: um dos seis loucos remanescentes da linha entrava a dribles na área. E tocava na saída do goleiro. E saía correndo para encarar uma multidão de milhares, batendo no peito como quem diz “AQUI É GRÊMIO, AQUI É GRÊMIO!!!”.

Que ninguém venha me dizer para não comemorar a data de hoje. Naquele dia, o Grêmio não apenas mostrou ao mundo que era imortal. Também mostrou ao mundo que era mortífero. Que era mortal.

Saudações Imortais

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Terça-feira, Novembro 26, 2013

Ponte Preta homenageará a Batalha dos Aflitos

Náutico e Ponte Preta se enfrentarão no próximo dia 26 no Moisés Lucarelli, fechando seus compromissos na Série B 2011. Ambos já tendo garantido o acesso, farão apenas um jogo de comadres. Pensando em carregar a partida de simbologia, o presidente da Associação Atlética Ponte Preta, Sérgio Carnielli, prestará homenagens ao aniversário de 6 anos da inesquecível Batalha dos Aflitos. Sendo assim, entrará em campo contra o Náutico contando apenas de 7 jogadores em campo: uma bela iniciativa. A famigerada Batalha dos Aflitos trata-se da conhecida partida disputada entre o Náutico e o Grêmio, no dia 26 de novembro de 2005, no Estádio dos Aflitos. A partida de teor dramático, considerado um clássico da segunda divisão, decidia aquela Série B. E eis que uma tragédia grega se anunciou aos torcedores do time vermelho e branco. O Grêmio precisava empatar. Acabou por contar com a falta de talento e hombridade do time pernambucano, que perdeu dois pênaltis e ainda levou um gol no final. A torcida gaúcha fez uma super festa no estádio, afinal, enquanto o rival Internacional era apenas vice no Campeonato Brasileiro, o Grêmio era campeão. Da segundona, mas era campeão… Neste mesmo ano, o Santa Cruz entrou para o livro dos recordes com a volta olímpica mais rápida da história, durando apenas 12 minutos.