21 de novembro de 2017

Até a pé nós iremos para o que der e vier

Estive em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul de quarta-feira a domingo.
Meio sem vontade fui ver Grêmio x São Paulo.
Me surpreendi com as 22 mil pessoas presentes. Grande público se lembrarmos que o estado todo respira Libertadores. Os gremistas então não pensam em mais nada.
Amanhã volto para o sul. Pego meu ingresso e vou comer um churrasco na Braseiro. Depois até a pé iremos para o que der e vier.
Dez longos anos nos separam da última final. Tempo até menor do espaço entre a final de 1984 e a de 1995. Mas mesmo assim longo. Demasiado se formos pensar na grandeza deste clube e no amor de sua torcida.
Muita coisa rolou. Deixamos o Olímpico por um palácio. O melhor do Brasil. Sofremos anos e anos sem títulos expressivos. Estivemos próximos da falência.
Mas como diz o Mosqueteiro: " O GRÊMIO É FORTE! O GRÊMIO É GRANDE!"
Tão grande que um canal de tv inexpressivo cheio de paulistanos recalcados tentou nos desestabilizar na véspera da decisão com uma história tão absurda e inverossímel quanto ridícula. Não conseguiu. Ninguém entrou na pilha. Direção ficou distante e Renato deu um relhaço ao vivo e a cores.
Venceremos? Não sei. São 180 minutos contra um time grande de um clube pequeno. Só um grande time vira dois placares adversos contra o San Lorenzo e contra o River Plate.
O time do Grêmio terá de ser grande também. Responder à altura o que encontrar pela frente.
E pelo que vi, temos sim, toda a condição de nos impor.
Temos um time treinado e resoluto. Mas mais importante, temos homens defendendo nossas cores.
Contra o São Paulo vendo uns chutes tortos do Edilson comentei com o Matador, que me escutava atento para aprender: "o Edilson é dispersivo geralmente mas em decisão é um monstro. Tem uma determinação e um foco que não se vê normalmente em jogadores."
Mas temos mais: temos Grohe, Geromito, Kannemann, Cortez, Arthur, Jaílson (Michel), ou Michel (Jaílson), Luan, Ramiro, o Ramirinho tão criticado tempos atrás, Barrios, Fernandinho. Pode ser o Everton. Pode ser qualquer outro. Não importa.
De repente o Jael entra e desencanta. Vai saber.
Não é hora de dizer eu queria este ou aquele. É hora de apoiar e de acreditar que cada um deles fará o melhor que puder para honrar esta camisa gloriosa.
E usar de tudo para ajudá-los. Até drones se for preciso, para desespero de um monte de arigós ridículos e desesperados.
É hora de tudo e de muito pouco.
Talvez apenas de gritar:

VAMOS VAMOS GRÊMIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!