2 de novembro de 2017

O que houve com a alegria em ser gremista?

*O texto abaixo foi enviado como comentário por Josué Antônio, antigo leitor deste blog que vive há alguns anos no Japão. Achei um momento importante de reflexão, então resolvi postá-lo com destaque.
Boa leitura a todos


Foto: Esporte Interativo

O que houve com a alegria em ser gremista
O melhor momento do nosso clube desde 2001, e chove reclamações sobre a escalação, sobre a "derrota" por 3x1, sobre o adversário na final (algo que não temos nenhum poder sobre) e até mesmo sobre o fato de não termos feito campanha para decidir na Arena, como se fosse parte dos encargos do Grêmio serviços de vidência.

Por que não acreditar que equipe (jogadores, comissão técnica, comissão diretiva e presidente) fez o que acredita ser melhor para o Grêmio? Salvo alguns jogadores, que são profissionais, acredito que de funcionários até às meias do presidente Romildo, todos trabalhando na Arena sejam gremistões.
Porra, eu aqui n'outro lado do mundo, daria qualquer coisa para ter tempo, dinheiro e irresponsabilidade suficientes para estar em Porto Alegre só para poder acompanhar a ATMOSFERA que a cidade deve estar se preparando para celebrar o ápice da reviravolta na gangorra do Gre-nal e, acima de tudo, o Grêmio prestes a conseguir pela terceira vez seu mais importante título (sou daqueles que acredita que uma conquista de Libertadores vale mais que um Mundial, sim) e vejo gente que poderia estar fazendo parte desta atmosfera reclamando após uma classificação para uma final de Copa?! Reclamando que não estamos em primeiro no Brasileirão por ter escalado reservas? Que fomos eliminados contra o Cruzeiro?

Querer ganhar não significa que vamos ganhar sempre, mas acredito neste Grêmio como nunca.
A zica acabou.
Ainda estou celebrando e pretendo me desligar de resultados do Grêmio até dia 22.
Invadiremos a Fortaleza e libertaremos a América.
E depois que fincarmos nossa flâmula Tricolor em Ciudad de Lanús, nós vamos acabar com o Planeta!

Outra coisa: aproveitar e salientar aqui uma outra marca importante desse Grêmio.
Jogadores de [bom] caráter, direção com um discurso certíssimo. O que disse o Presidente sobre manutenção de equipe foi, em muitos níveis, uma aula de competência e administração para qualquer clube brasileiro e até alguns da Europa. Ele não falou somente sobre o clichê de que "uma equipe vitoriosa se faz mantendo o mesmo plantel", ele foi além e falou sobre as responsabilidades e dificuldades de um dirigente em fazer isso. Não é somente resistir à saída mais fácil, que é vender os jogadores assim que uma proposta em Euros aparece. É dar condições para que o jogador não sinta a necessidade em sair apressadamente. É ajudar na aclimatização. Fazer com que o jogador queira ficar no Grêmio. Sinta-se grato em estar no Grêmio. É uma tarefa mais difícil do que parece e, como se viu com o Bolaños, Walace e Gastón, nem sempre dá certo.

Mas vemos em Luan, Ramiro, Artur, Grohe, Barrios que, num geral, Grêmio está inserindo uma grande vontade nos jogadores em querer jogar por nós. E se sair, como vimos no Pedro Rocha, querer sair com dignidade, sem grandes alardes, sem conflitos entre empresários e dirigentes se tornando parte de conhecimento público.
Parabéns, Grêmio, direção e JOGADORES. Estão honrando o Manto e escrevendo o primeiro capítulo da História do Grêmio digno de ser lembrado por décadas e décadas desde a Batalha dos Aflitos.