Cícero saiu do banco para marcar o gol que pode iniciar a libertação da América |
Este não é um post pós-jogo tradicional, daqueles que costumamos fazer após os jogos. Isso porque, dada a relevância do evento, todos os blogueiros estiveram na Arena para ver com seus próprios olhos a história acontecer. Em campo, o que se presenciou foi um jogo nervoso, como só os jogos de Libertadores sabem ser. Principalmente em tratando-se de uma final entre brasileiros e argentinos. O time do Lanús, ressalte-se é MUITO bem armado. Soube se comportar de maneira manhosa e jogou fechadinho, lançando-se por vezes em contra-ataques para tentar surpreender. Em dois lances no primeiro tempo, inclusive, Grohe teve de fazer milagres para garantir que os cordéis tricolores não fossem balançados.
O ponto negativo, por óbvio, foi a atuação da arbitragem. O árbitro Julio Bascuñan foi tendencioso e mal intencionado desde o início. Kannemann sofreu falta e, inexplicavelmente, levou cartão amarelo, ficando de fora da grande final na Argentina. Há relatos de que o zagueiro, após o término da partida, quis invadir o vestiário da arbitragem para tirar "bater um papinho" com os apitadores. Ramiro sofreu pênalti (cuja materialidade até pode ser contestada), mas o apitador sequer tencionou assinalar algo. No último lance do jogo, Jael sofre um pênalti escandaloso. Mesmo tendo a possibilidade de valer-se do VAR (o tão propalado recurso de vídeo, utilizado inclusive para assinalar o pênalti que deu a classificação ao Lanús para as finais da Libertadores diante do River Plate), o elemento optou por não fazê-lo e encerrou a partida. Nunca, jamais, em toda a história recente da Arena, um roubo foi tão escancarado.
Mesmo com tudo conspirando contra, o Grêmio mostrou porque já ergueu duas vezes a taça maior do continente. E porque é temido em toda a América. O contestado Jael havia entrado no lugar de Barrios. Cícero, que veio com contrato de risco para o tricolor, também havia ingressado no segundo tempo. Pois quis o maroto destino que Jael escorasse de cabeça e desse a assistência para Cícero vencer o catimbeiro goleiro do Lanús, rompendo o ferrolho armado pelos argentinos.
A vantagem é pequena? Em números, talvez. Mas torna-se gigante ao analisarmos todo o contexto em que esta Libertadores está inserida. O presidente Romildo, na coletiva pós-jogo, deixou muito clara sua indignação com tudo que ocorreu, dizendo que o Grêmio tomará suas providências para que este episódio não passe em branco, bem como não ocorram mais "falhas" semelhantes no jogo de volta.
Polêmicas à parte, resta a nós, torcedores, vibrarmos pela vitória e continuarmos acreditando neste grupo. Renato já mostrou que amadureceu e montou uma equipe que não treme em decisões. Que possamos todos ver, na próxima semana, Geromel encarnar o espírito de seus parceiros de zaga De León e Adilson, imortalizando-se também no panteão dos ídolos tricolores que ergueram a glória maior da América.
Saudações Imortais