18 de fevereiro de 2010

Ferdinando não é Nunes e Silas não é Roth

Depois de quase 5 anos, as vaias aos jogadores do Grêmio fizeram parte de um jogo no Olímpico. Não a vaia ocasional, mas aquela continuada.
Está certo que o ano passado é um ano para ser esquecido, mas também não é motivo para histeria.
E também não é hora para comprar insinuações maldosas dos isentos da imprensa. Hoje um abobado escreveu que discutiram quem é melhor: Nunes ou Ferdinando. Eles são oportunistas e estão sempre maquinando. O que me admira são torcedores do Imortal ainda entrarem nesta.
Quem acompanhou a trajetória do Ferdinando no Avaí, está vendo o mesmo filme. Começou mal e foi se firmando.
Quem acompanha os jogos do Grêmio este ano, como o de ontem, está vendo um filme novo. Um marcador apenas no meio de campo e 5 jogadores que não marcam e nem cercam, do meio para a frente.
Peguem o jogo e olhem os primeiros 20 minutos, período em que o Grêmio jogou bem. Ferdinando não errou um passe. Depois, esbagaçado de ser o único a correr atrás da bola, ainda tentava construir, mas faltava força e fôlego.
Ele tem que ser titular? A meu ver não. Quando Adilson estiver bom e William Magrão completamente recuperado, ele será um bom jogador para o grupo.
Isto, é claro, se o torcedor parar de ler besteiras e não for ao campo contaminado.
____

Outro isento começou uma campanha sistemática contra o Silas. Depois da entrevista pós jogo ele falou que devia ter visto um jogo diferente do jogo que Silas havia assistido. Depois começou a concordar com quase tudo que o treinador do Grêmio falou.
O time está longe de jogar o que se quer, mas contra o bom time do Veranópolis, não levou nenhum susto. Levou um gol em impedimento e no segundo Victor já estava pensando no jantar. Ou alguém viu mais alguma chance de gol para o time da serra?
Silas está procurando o melhor e se tem que fazer experiências, estas tem que ser agora. Não é hora de terra arrasada.

Só um lembrete, portanto: calma e caldo de galinha não faz mal a ninguém. E vaia, tem que ficar para o pós jogo, se as coisas derem erradas.