25 de fevereiro de 2010

A fábula do doador tributário



Hoje, vamos inventar um pequeno fato, para ilustrar como se poderia conseguir que juízes de futebol adquiram simpatia por determinada cor, no mundo do futebol. Claro que é pura invenção, porque nunca se ouviu falar de um clube que seja favorecido, de forma sistemática e quase inexplicável, por arbitragens. Esta invenção seria uma estratégia para o varejo. No atacado, a conversa teria que ser outra.

Vamos ao fato fabuloso.

Sobre a taxa de arbitragem paga aos árbitros pelos clubes incidem impostos, tais como INSS, IRRF e ISS. Quando do pagamento, os clubes devem reter as parcelas desses impostos, tornando-se responsáveis pelo seu recolhimento (substituto tributário). Assim, o pagamento líquido ao juiz é o valor da taxa de arbitragem menos os impostos.

Já imaginaram o que aconteceria se algum clube sempre dissesse aos juízes: "Aqui está a taxa integral. Os impostos a gente assume como despesa nossa". No jogo seguinte, poderia haver "simpatia" do árbitro pelo referido clube? Se isso acontecesse, não seria suborno?