23 de fevereiro de 2010

O Grêmio não é o Santos


Um Santos dos anos 60.

Nos primeiros jogos do Grêmio nesta temporada, ouvi torcedores fazendo referência ao Santos da década de 60: o time que podia levar 3 gols, porque fazia 5 ou 6. Misto de brincadeira e esperança de torcedor em início de temporada. O papo, agora, começa a se intrometer na crônica, como neste post do Ilgo Wink.

Uma afirmação dessas só é aceitável como gozação de torcedor. Vê-la estampada como opinião ou análise da realidade é outro tipo de brincadeira. Nem seria necessário contrapor a idéia (por absurda), mas peço permissão para fazê-lo, para que a história não seja violentada. Não entrarei em minúcias, alinharei apenas duas observações rápidas.

A primeira (óbvia) é que o Grêmio não tem Pelé e Coutinho, por exemplo. Até porque, hoje em dia, "pelés" só aparecem no aterro e, ainda assim, só uns 2 por ano.

Além disso, a adivinhação com aquele Santos era apenas de quanto ia ganhar. Não é o caso do time do Silas. Do jeito que a coisa tem ido até agora, a pergunta mais coerente é: Quando vai perder? Deixemos, então, as coisas em seus devidos lugares, porque algumas brincadeiras tem lugar para serem brincadas.

Como torcedor do Tricolor, torço muito para que Silas acerte o sistema defensivo. Basta de tantos sobressaltos no Olímpico ou fora dele. No ano passado, nossa dúvida era de quanto íamos ganhar em casa. Raros eram os adversários que conseguiam passar por aqui, sem levar um inesquecível laço. Hoje, esta força está adormecida. Se Silas conseguir despertá-la, mantendo o apetite do ataque, terá nas mãos um time respeitável. Então, novas histórias de conquistas poderão ser escritas, sem a necessidade de paralelos que não sejam com a própria história do Imortal.
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Cada um tem o "ídolo" que merece

Não deixem de ler esta crônica, que trata do comportamento do "Frango" Abbondanzieri.

Nem deixem de ver este vídeo ou esta matéria. A diversão vai começar.

Os três links foram garimpados pelo Ducker.