8 de dezembro de 2010

Cadê o Grêmio que estava aqui?

Como já sabemos todos, no dia 17 de novembro, tornou-se pública uma gravação de um candidato a presidente de um certo clubinho do RS, na qual ele afirma:
Eu aprendi uma coisa nestes últimos (...) que eu também não conhecia. A imprensa hoje, ou parte da imprensa, principalmente essa imprensa que cuida do futebol, é uma imprensa barata.
Leia a matéria e ouça o áudio aqui.
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Em 31/05/2010, na mais ampla pesquisa já feita no Brasil, o Grupo Lance e o Ibope divulgaram o tamanho das torcidas brasileiras. Veja aqui a matéria e o vídeo. Veja também, abaixo, o gráfico com o resumo do trabalho.

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Um mês antes, em 27/04/2010, a Datafolha divulgou seus números, mostrados a seguir.


Prestem bastante atenção a eles, pois um mistério superinteressante vai acontecer.
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A jornalista Ana Carolina Prado, é menos bonitinha do que a personagem descrita por Nelson Rodrigues na peça que virou filme, tendo Lucélia Santos no papel principal. Pois, em 06/12/2010, Ana Carolina Prado preparou uma matéria sobre as "7 maiores torcidas do país" para a revista Superinteressante. São citadas as torcidas do Flamengo (17%), Corinthians (14%), São Paulo (8%), Palmeiras (6%), Vasco (4%), Cruzeiro (3%) e, supersurpreendente e superbaratamente, Internacional (3%). Vejam a matéria aqui.
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Os números são reprodução exata da pesquisa Datafolha, exceto pelo fato de que o Grêmio, apontado como a sétima maior, com 3,6 milhões, sumiu na matéria da moça para dar lugar aos compradores de ocasião. Para justificar, ela faz uma ginástica de desempate de percentuais, desconsiderando que nos números absolutos não há empate. Não é um barato essa imprensa nacional que cuida do futebol ou também a que se mete a cuidar dele?
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Alguém do Grêmio precisa se manifestar sobre essa mentira, que começa a ser repetida para se tornar verdade, no mais clássico estilo de Goebbels.