Valorização. Todo empresário de futebol conhece esta palavra e seus representados costumam repeti-la, notadamente no mês de dezembro. Antigamente, ela era usada quando o profissional havia conquistado um título de relevância. Depois, banalizou-se até se tornar a palavra fácil que é hoje.
Lembram do Roth (toc, toc, toc) em dezembro de 2008? Foi com este papo para cima do Duda e do Meira (double toc, toc, toc). Queria ser valorizado por ter conseguido perder o Brasileiro daquele ano. E não é que foi?
Hoje, alguns jogadores do Grêmio falam em valorização. Por que mesmo? Ganharam o que mesmo? O direito de ir para a Libertadores?
Longe de mim desmerecer a arrancada do time do rodapé da tabela até a quarta colocação. Mas falar em "valorização" por isso desmerece a palavra. Melhor seria se o futebol do Grêmio fosse gerido por resultados. Um bom salário, para dar tranquilidade ao boleiro, e prêmios expressivos por conquistas. Senão, vem um medalhote (e como vêm), enche as burras (e alguns, potrancas) de dinheiro, não coloca uma faixa e vai embora. E o que é pior, muitos vão alegando que não foram "valorizados".
Um time de futebol se alimenta de títulos. A relação deveria ser assim: o clube compra os títulos ganhos pelo elenco. Reconhecimento a posteriori. Ganhou, toma o teu valor. Mas o mundo do futebol não funciona desta forma e alguns querem ser valorizados sem ter feito nada de excepcional. É isso mesmo! Conquistar vaga para a Libertadores não pode ser medida de sucesso. Títulos ganhos, esta é a régua adequada.