2 de fevereiro de 2011

O primeiro passo


Há times que nasceram com perfil caseiro. Como as pessoas. Não tem aquele que nasce lá nos confins de Ajuricaba e nunca sai de lá? Com os clubes é igual. O Corinthians, por exemplo, com toda a força do dinheiro nunca ganhou uma Libertadores. Há muitos exemplos iguais. E têm aqueles times regionais que, por forças estranhas, até acabam ganhando algum campeonato vez que outra. Mas estes títulos, se olhados com lupa, são frutos exatamente de "coisas estranhas". Gols anulados, por exemplo.
Houve um tempo em que a Libertadores era ganha só por grandes times. Isto foi até ali pelo ano 2000. Neste século, o DMLU, o Once Caldas e até o timinho conseguiram o título.
Não importa nada disto. Mesmo desqualificada ela ainda tem sabor. Não o mesmo dos tempos da verdadeira Libertadores. Mas ainda é melhor do que, por exemplo, ser terceiro do Mundial PHIPHA.
O Grêmio, nasceu para ser grande. Nasceu para o mundo. Num estado pequeno de um país pobre, tem histórias de glórias para contar.
E hoje, tudo indica, começa mais uma caminhada para o topo da América. Haverá sofrimento e roubos pelo caminho. Não importa. Estamos acostumados com isto.
O primeiro passo foi dado. Agora é tudo com o Imortal!
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O jogo

Filme de terror

O primeiro tempo foi tudo o que se podia imaginar mas não se queria que acontecesse. Os primeiros 15 minutos de um esperado nervosismo. Até que André Lima errou um gol que nem o Jonas perderia.
Adilson, guerreiro como sempre e errando passes como nunca. Até que cansou Renato e foi substituído.
De bom apenas Lúcio e Bruno Colaço. Sem grandes brilhos mas jogando direitinho e acertando passes pelo menos. Que o festival de passes errado foi inesquecível.
A defesa vazando a cada cruzada para a área. O gol do Liverpool foi fortuito mas serviu para mostrar que o time contava com o apoio incondicional da torcida e não iria deixar se abater. O empate veio logo. E foi isto.

Um spaghetti western

Os primeiros 10 minutos pareciam o mesmo filme. Mas Fábio Rochemback fez grande jogada e deixou Vinicius na cara do gol. Neste momento o Liverpool recém havia tido um jogador expulso muito justamente. Arigatô, para sinalizar que ninguém é insubstituível mandou o torpedo: "Pacheco é f*!". A verdade é que Jonas não é insubstituível, mas fez e fará falta até aparecer o substituto correto.
Com o gol e um a mais os espaços começaram a aparecer e o Grêmio começou a errar gols. E alguns jogadores se sobressaíram. Gabriel e Viçosa, apagados no primeiro tempo, entraram em campo. Pacheco, que não fazia gol no Flamengo, fez dois ligeirinho, enquanto o podre penava contra o Nova Iguaçu. O Nova Iguaçu!

Claro que os mais pessimistas falarão dos erros e das falhas. Ambos aconteceram. Muitos dirão que tem que melhorar muito para chegar ao título. Eu concordo e diria o mesmo. Qualquer time sempre terá que melhorar. O que importa hoje é que os primeiros passos foram dados.
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Como jogaram

Victor: Sem culpa no gol.
Gabriel: Está longe de sua melhor forma, mas melhorou muito no segundo tempo.
Paulão: Os costumeiros balões e com falhas preocupantes na bola aérea. No segundo tempo se firmou.
Rafa Marques: Menos balões que Paulão mas também com falhas preocupantes na bola aérea no primeiro tempo.
Bruno Colaço: Está crescendo. Merece mais chances. O segundo melhor em campo.
Adilson: Mesmo um fã de carteirinha como eu do alemão raçudo tem que reconhecer que hoje ele foi muito mal.
Rochemback: Bem na marcação mas atrapalhado e errando passes no primeiro tempo. No segundo comandou a vitória. O melhor em campo na soma dos tempos.
Douglas: Voltou a ser o firuleiro irritante no primeiro tempo. Ativo e participativo no segundo.
Lúcio: Muito bem.
André Lima: Um gol feito e um perdido sem explicação. Mas muita luta. É um centro-avante com a cara do Imortal.
Junior Viçosa: Sumido no primeiro tempo. Muito participativo no segundo.
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Vinicius Pacheco (Adilson): Um flamenguista já veio reclamar que ele fez gol e o podre não. Muito bom. O terceiro melhor em campo.
Clementino (André Lima): Desta vez não foi o Clementino velho de guerra.
Lins (Junior Viçosa): Sem tempo.
Renato: Mexeu com coragem na hora que tinha que mexer.
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Trio Argentino: Como todos argentinos, sempre que podem sacanearam um brasileiro. Mas nada que pudesse ser reclamado com mais veemência.