Houve um tempo em que a Libertadores era ganha só por grandes times. Isto foi até ali pelo ano 2000. Neste século, o DMLU, o Once Caldas e até o timinho conseguiram o título.
Não importa nada disto. Mesmo desqualificada ela ainda tem sabor. Não o mesmo dos tempos da verdadeira Libertadores. Mas ainda é melhor do que, por exemplo, ser terceiro do Mundial PHIPHA.
O Grêmio, nasceu para ser grande. Nasceu para o mundo. Num estado pequeno de um país pobre, tem histórias de glórias para contar.
E hoje, tudo indica, começa mais uma caminhada para o topo da América. Haverá sofrimento e roubos pelo caminho. Não importa. Estamos acostumados com isto.
O primeiro passo foi dado. Agora é tudo com o Imortal!
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O jogo
Filme de terror
O primeiro tempo foi tudo o que se podia imaginar mas não se queria que acontecesse. Os primeiros 15 minutos de um esperado nervosismo. Até que André Lima errou um gol que nem o Jonas perderia.
Adilson, guerreiro como sempre e errando passes como nunca. Até que cansou Renato e foi substituído.
De bom apenas Lúcio e Bruno Colaço. Sem grandes brilhos mas jogando direitinho e acertando passes pelo menos. Que o festival de passes errado foi inesquecível.
A defesa vazando a cada cruzada para a área. O gol do Liverpool foi fortuito mas serviu para mostrar que o time contava com o apoio incondicional da torcida e não iria deixar se abater. O empate veio logo. E foi isto.
Um spaghetti western
Os primeiros 10 minutos pareciam o mesmo filme. Mas Fábio Rochemback fez grande jogada e deixou Vinicius na cara do gol. Neste momento o Liverpool recém havia tido um jogador expulso muito justamente. Arigatô, para sinalizar que ninguém é insubstituível mandou o torpedo: "Pacheco é f*!". A verdade é que Jonas não é insubstituível, mas fez e fará falta até aparecer o substituto correto.
Com o gol e um a mais os espaços começaram a aparecer e o Grêmio começou a errar gols. E alguns jogadores se sobressaíram. Gabriel e Viçosa, apagados no primeiro tempo, entraram em campo. Pacheco, que não fazia gol no Flamengo, fez dois ligeirinho, enquanto o podre penava contra o Nova Iguaçu. O Nova Iguaçu!
Claro que os mais pessimistas falarão dos erros e das falhas. Ambos aconteceram. Muitos dirão que tem que melhorar muito para chegar ao título. Eu concordo e diria o mesmo. Qualquer time sempre terá que melhorar. O que importa hoje é que os primeiros passos foram dados.
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Como jogaram
Victor: Sem culpa no gol.
Gabriel: Está longe de sua melhor forma, mas melhorou muito no segundo tempo.
Paulão: Os costumeiros balões e com falhas preocupantes na bola aérea. No segundo tempo se firmou.
Rafa Marques: Menos balões que Paulão mas também com falhas preocupantes na bola aérea no primeiro tempo.
Bruno Colaço: Está crescendo. Merece mais chances. O segundo melhor em campo.
Adilson: Mesmo um fã de carteirinha como eu do alemão raçudo tem que reconhecer que hoje ele foi muito mal.
Rochemback: Bem na marcação mas atrapalhado e errando passes no primeiro tempo. No segundo comandou a vitória. O melhor em campo na soma dos tempos.
Douglas: Voltou a ser o firuleiro irritante no primeiro tempo. Ativo e participativo no segundo.
Lúcio: Muito bem.
André Lima: Um gol feito e um perdido sem explicação. Mas muita luta. É um centro-avante com a cara do Imortal.
Junior Viçosa: Sumido no primeiro tempo. Muito participativo no segundo.
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Vinicius Pacheco (Adilson): Um flamenguista já veio reclamar que ele fez gol e o podre não. Muito bom. O terceiro melhor em campo.
Clementino (André Lima): Desta vez não foi o Clementino velho de guerra.
Lins (Junior Viçosa): Sem tempo.
Renato: Mexeu com coragem na hora que tinha que mexer.
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Trio Argentino: Como todos argentinos, sempre que podem sacanearam um brasileiro. Mas nada que pudesse ser reclamado com mais veemência.