Texto complementado às 13:48, para deixar clara certa diferença.
É grande o alarido na aldeia, por causa do pênalti marcado para o Grêmio no jogo contra o Oriente Petrolero. Róseos de todas as matizes se manifestaram com graus variados de torcedora "indignação".
Manchetes e textos de jornais da Bolívia foram reproduzidos ad nauseam para amplificar o "favorecimento" havido no jogo.
Nós estamos acostumados a certas coisas no futebol. Notadamente ver um certo time ser favorecido por arbitragens de forma absurda e tendenciosa e no dia seguinte ouvir frases proferidas com a paixão das convicções geradas no fundo dos corações. Argumentos do tipo: "erros de arbitragem são coisas do futebol"; ou "a banca paga e recebe". Então, a quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011, é dia albo notanda lapillo. Sim, um dia para ser marcado com uma pedra branca, um sinal de felicidade, por que os baratos estão chorando.
O juiz Líber Prudente teve atuação perfeita. Controlou o jogo, aplicou cartões amarelos quando tinha que aplicar e conduziu o jogo a bom termo. Para coroar a sua atuação perfeitamente humana, deu um pênalti que ele e todo o estádio viu, mas as câmeras de TV não viram. Câmaras de TV são seres de outra raça. Entenda-se: errar é humano (se for a favor do Grêmio, é divino).
O erro de Liber Prudente não pode ser comparado com os muitos "erros" históricos que presenciamos na última década. Foi uma falha perfeitamente admissível. Então, fechai agora os riachos de choro, meninos. Os prados já beberam bastante.