22 de janeiro de 2014

Cresce a "família" Brio S.A.

O post de ontem, analisando documentos que têm fé pública e mostrando faces nunca reveladas pela grande mídia do contrato entre o pessoal do aterro e a AG, agitou as mídias sociais. De um lado, houve quem gostou de ser informado de fatos mantidos abafados por conivência, desinteresse ou omissão da imprensa local. De outro, houve choro e ranger de dentes. Não faltaram nem mesmo jornalistas e torcedores para expressar dúvidas sobre a veracidade de documentos ungidos com fé pública ou da exatidão dos termos neles lavrados. Aqui, um registro, temos a íntegra de todos eles. Talvez sejam disponibilizados no futuro. Ao final, o esperado aconteceu: silêncio absoluto nos veículos de comunicação comerciais. Parece mesmo ser tema proibido nas redações.

A matéria foi reproduzida em outros canais alternativas (blogs, facebook etc), fazendo a festa dos seus mantenedores. Recordes de page views foram quebrados, mesmo em sites bastantes populares. Enfim, a égua foi lavada e enxaguada. Restabeleceu-se a verdade. Não restou pedra sobre pedra da versão viciada vendida no atacado.

O episódio não deixou de ter também, pelo menos, uma passagem cômica: a manifestação enciumada de um blogueiro. Já era esperada.
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Mas...
Ah, as coincidências! Hoje, o dia amanheceu com uma delas. Estão publicadas nas páginas 31, 32 e 33 da Zero Hora, para quem quiser ler, em letras bem miúdas, para ninguém ler, diversas atas de reuniões da SPE Holding Beira-Rio S.A. Para que o leitor tenha ideia sobre o que estamos falando, reproduzimos abaixo a imagem digitalizada de uma das páginas.


Leitura impossível? Nós lemos. Iniciamos na madrugada para ver o que continham. Uma das atas relata reunião realizada no dia 16 de outubro de 2013. Traz uma informação útil para aquele contingente que se agarra apenas às informações que saem nos jornais de grande circulação. Apenas para ilustrar, restou-nos mostrar três recortes, compondo a totalidade da referida ata, e transcrever parte do seu conteúdo .




A Ordem do dia da reunião referida diz:
Deliberar sobre: (a) a constituição de sociedade por ações, a ser denominada BRIO Imobiliária S.A. (“BRIO Imobiliária”), que será responsável, em conjunto com a Companhia ou isoladamente, pela operação das seguintes atividades vinculadas ao Complexo Beira-Rio: (i) de Catering (alimentação e bebidas) nos bares e restaurantes atualmente existentes e/ou a serem criados no Estádio Beira-Rio; (ii) das áreas de lojas do Complexo Beira-Rio; e (iii) do edifício garagem;

Assim, fica demonstrado, uma vez mais, aos incrédulos quem irá explorar estas áreas do "novo" estádio. A Andrade Gutierrez, dona da dona do estádio, criou a empresa Brio Imobiliária S.A. para tratar disso. Registre-se: a concessão engloba também os bares e restaurantes já existentes. Já os eventos, as suítes, Cadeiras VIP, publicidade, Naming Rights e Sector Rights seguem, com a SPE Holding Beira-Rio S/A, subsidiária integral da AG.

Podem continuar rangendo os dentes.