A repercussão foi estratosférica e atingiu níveis de acessos a blogs e facebook gremistas nunca antes vistos neste país.
Ou seja, incomodou muita gente que não gostaria de ter sido incomodada.
Teve até jornalista careca engajado se escabelando no twitter em surtos histéricos.
Se um blogueiro incomoda muita gente, vários blogueiros incomodam muito mais!
Voltando ao Carlet, o mesmo diz o seguinte em sua coluna de hoje:
Contratos 1__________
Nos últimos dias passaram a circular na Internet cópias do que seria o contrato entre o Inter e a Andrade Gutierrez, com interpretações dos autores. Simultaneamente, estes “documentos” começaram a ser enviados para jornalistas com cobranças pela sua não divulgação, acompanhadas, como sempre, por ofensas e agressões.
Contratos 2
Pessoalmente, não lembro de ter feito qualquer alusão específica ao contrato firmado entre o Grêmio e a OAS porque, simplesmente, não tenho formação técnica para entender os termos destes acordos. Só fiz referências às denúncias partidas de dirigentes do Grêmio que, publicamente, garantem que o contrato é nocivo aos interesses do clube, chegando ao extremo de declarar que “a Arena não é do Grêmio”. Não repeti o procedimento com relação ao caso de Inter e AG porque nenhum elemento da oposição colorado veio a público denunciar o contrato celebrado entre as partes. O assunto tem sido tratado no âmbito do Conselho Deliberativo do Inter.
Contrato 3
Concluo declarando que não sou capaz de analisar o contrato do Inter como não fui capaz de analisar o contrato do Grêmio. Eu e a maioria, talvez totalidade da imprensa, só temos comentado o que dizem os dirigentes do próprio Grêmio. Quando alguma voz respeitável do Inter se erguer para contestar o contrato feito com a Andrade Gutierrez, o assunto será comentado neste espaço.
Enquanto isso, esta pressão indecorosa que fazem sobre os jornalistas seguirá caindo no vazio.
Então, o que descobri hoje, é que Wianey Carlet tornou-se um jornalista sem "adrenalina" para o trabalho (parece que esse vírus pega, embaralha as idéias e se espalha). O cara tem nas mãos um assunto com essa grandiosidade não aprofunda e lava as mãos? Como assim, meu caro Gaguinho? Mais parece aquela avestruz assustada que enfia o pescoço dentro do buraco e grita em alto e bom som: "não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe".
Também é lamentável que o jornalista seja pautado apenas por declarações de dirigentes e não por fatos concretos: "Quando alguma voz respeitável do Inter se erguer para contestar o contrato feito com a Andrade Gutierrez, o assunto será comentado neste espaço."
Eu no lugar de Wianey, faria totalmente diferente.Com sangue nos olhos e empesteada pela vontade e adrenalina de uma boa jornalista investigativa, pegaria a matéria com seus documentos e convocaria dois ou três advogados da empresa para o qual trabalho (e são muitos) e pediria que fizessem um parecer técnico-jurídico , esmiuçando tais documentos de cabo a rabo, sem deixar pedra sobre pedra.
O que vemos, segundo texto acima, é que preferiu dizer que não "tem formação técnica" para interpretar o assunto. Mas assim é fácil-facílimo fazer jornalismo. Difícil mesmo é correr atrás, pesquisar, "perder" tempo investigando e aprendendo. Aposto que em meia hora de conversa, qualquer advogado competente conseguiria explicar para Wianey de forma didática e simplificada o conteúdo dos documentos.
Mas para isso, tem que querer. Tem que estar a fim. Tem estar comprometido com a informação.
O que parece não ser o caso de muitos profissionais da imprensa gaúcha.
Caberia a Wianey, se não tivesse preguiça, mudar o panorama dos emails ofensivos que recebeu e virar o jogo. Quem sabe se com dedicação e vontade para desvendar a informação ele não faria com que a pressão "indecorosa" que o público faz sobre os jornalistas deixasse de existir.
Quando o público está satisfeito com a qualidade do produto que recebe, é difícil haver contestação. Se o jornalista sabe do que está falando e consegue esclarecer o seu cliente, o mesmo não terá muita munição para disparar contra o inimigo.
Mas a culpa toda é da tal de adrenalina! Graças à ela, a vida é dura! Até mesmo para jornalistas que apreciam mais ficar o dia todo sentado em frente ao computador a ter de ir garimpar notícias no calor gaúcho de 40 graus.
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Jornalista
Um dos argumentos de alguns isentos peso-pesados para desqualificar as informações postadas aqui no blog sobre o "ótimo" negócio entre os colorados e a AG, foi de que o texto seria de uma pessoa que não tem formação em Jornalismo (no caso o seu Algoz). Até nisso eles tiveram dificuldade de entendimento. Seu Algoz foi apenas o veículo que postou o texto. O post pertence a muitas pessoas, as informações foram garimpadas por vários e o texto finalizado por muitas mãos, por muitos blogueiros. Os louros são de muitas pessoas que participaram da operação.
Além disto, quem foi que lhes disse que não há jornalista na jogada?
Eu, Pitica, sou jornalista formada na PUC-RS com registro profissional. Trabalhei em um dos maiores veículos de comunicação do estado (em tamanho) e outros mais .Só saí porque vi como fazem "jornalismo" e estava cansada de ganhar pouco, o que é a regra.
Será que agora, sabendo desse detalhe, a informação tornar-se-á verdadeira e terá credibilidade?
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Adendo do seu Algoz
Dois jornalistas diplomados, um do Correio do Povo e outro da Band, notórios por serem mais torcedores do timinho do que profissionais do jornalismo tentaram desqualificar o post no twitter e nos jornais e rádios em que exercem sua torcida (duplamente?) remunerada.
Hoje no Sala de Redação foi mais um festival de desinformação e chororô. O condutor do programa chegou a afirmar que "nenhum jornalista falou ou escreveu que a Arena não é do Grêmio". Rá rá rá.
Hoje publiquei o seguinte twitter:
Afora o jornalismo, não me lembro de nenhuma outra situação na qual o produto briga com o cliente.
— seu Algoz (@seuAlgoz) January 24, 2014
Agora complemento.O Brasil é o único, único eu falei, país do mundo que exige diploma para alguém exercer a função de jornalista. Claro que por esta razão, o Brasil é o país que faz o único jornalismo sério e confiável sobre a terra. América do Norte e Europa tem um deserto de informações.
Quando o nível do debate chega a este ponto só dá para dizer o seguinte:
- Oh seu jornalista. Não me faz te pegar mais nojo ainda.