22 de novembro de 2014
A mandinga e a mãe do Paulão
Fiz uma troca com o Daniel Matador. Eu escrevo o post pré-jogo e ele faz o pós jogo.
Pensei nisto porque quero ver o jogo amanhã sem desgrudar um segundo da imagem da tv. Mas fiz também, inconscientemente, porque penso que devamos apelar para tudo. Até para a mandinga.
O Daniel não perdeu nenhum jogo em que teve a missão de escrever sobre ele no blog. Na dúvida, por que não tentar manter a escrita? Lembro que eu sempre escrevo que tabus existem para ser quebrados. Mas este não será quebrado amanhã.
Eu espero que não.
E rezo também.
Pensei em tantas coisas para escrever durante a semana, mas comecei o post sem saber onde vou chegar.
Ninguém ficou mais decepcionado quinta-feira do que eu. Tanto quanto pode ser. Mais não.
E a decepção, mais do que pela derrota, foi pela forma com que ela ocorreu.
A vitória esteve ali, abraçadinha com o time. Mas infiel, a desgraçada preferiu se bandear para o lado dos mineiros. Como se eles estivessem precisando dela.
Fiquei com um gosto amargo de ressaca, mesmo não tendo tomado nada a não ser água.
Mas a vida segue.
Não consegui evitar de, mais uma vez, perceber o amargor da torcida gremista e o oportunismo dos canalhas.
A torcida tricolor é pior que um eletrocardiograma. Vai da euforia à mais profunda depressão mais rápido do que escorre o dinheiro da Petrobras para as mãos dos ladrões de dinheiro público.
O jogador que é craque hoje é o pereba de amanhã. O riso vira choro e ranger de dentes em segundos. A frustração impede que se veja as coisas boas.
Já os abutres... Bem, abutres existem para comer carniça. Uma derrota é suficiente para tornar o time que querem destruir em muito ruim. "O Grêmio é muito pior do que o Cruzeiro", eles disseram.
"O Grêmio só ganha se jogar partidas épicas", bradaram do alto de seus conhecimentos,
"Ninguém consegue jogar partidas de exceção todos os dias", riram no pós jogo de quinta-feira.
Pois é. Este time ruim, sob o comando do Felipão, faz campanha de campeão. Até a derrota para o virtual campeão brasileiro, era "apenas" o líder do segundo turno, que está chegando ao fim.
Mas é ruim. Horrível este time. Limitadíssimo. E grande parte da torcida compra a ideia.
Pois eu penso que o Grêmio não é o melhor mas está longe de ser apenas coadjuvante neste campeonato. Fosse assim e não estaria na posição que está. Recuperou 10 pontos com a chegada do Felipão.
E chega vivo amanhã. Se nos fosse dado escolher UMA vitória entre Cruzeiro e Corinthians, é claro que todo gremista inteligente escolheria o Corinthians, candidato direto à vaga.
E pelo que tenho visto dos dois times, a vitória tricolor não será nenhuma surpresa amanhã. Ao contrário, penso que ela é até provável. Se não perderem os gols como perderam quinta-feira, é claro.
E ganhando amanhã voltamos à briga. Com força e como favoritos.
Pena que o time aquele que tem pacto com o demônio vai pegar o Atlético só com reservas. Mas vai saber o que pode acontecer. Claro que, conforme a imprensa noticiou, eles terão o "trio de ouro" em campo. Mas o trio espetacular estava em campo nos 5 x 0 da Chapecoense e nos 4 x 1 do GRE-nada que era para ser 7. Mas enfim, a vida continua.
Portanto, caro amigo que lê o blog, sem esta de jogar a toalha antes da hora.
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Paulão não festejou o golaço de bicicleta domingo. E deu suas razões. Sua mãe foi hostilizada, foi vítima de racismo no Cheira-rio e foi embora chorando antes do final da partida. Nunca mais volta lá ela disse.
Espera-se alguma repercussão do episódio na diligente, profissional e ética imprensa esportiva gaúcha.
E também que o Sargento Garcia prenda o Zorro.
Claro que quando apontamos estas coisas, sempre tem os ingênuos que dizem que não é bem isto e bla-bla-bla.
A mandinga e a mãe do Paulão
2014-11-22T15:06:00-02:00
seu Algoz
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