15 de dezembro de 2014

#Mazembeday





Ontem foi o #Mazembeday. A data do maior fiasco mundial PHIPHA. Nunca antes nem depois este fiasco será superado.
E o fiasco não se deve apenas à derrota. Muito mais do que a ela, deve-se à arrogância que se respirava nos ares de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e de todos os lugares onde houvesse um morango.
Quem havia batido o glorioso time reserva do Barcelona, mesmo com a ajuda do juiz, não teria dificuldade de voltar bi do mundo. O Mazembe? Era só acadêmico como dizem os ingleses para algo que já está resolvido.
Não só os morangos diziam e arrotavam isto. Noventa por cento da imprensa gaúcha também. Aquele lado i$ento e barato que todos conhecem.
Tão fácil e certo seria o título que muito moranguinho comprou a viagem em 60 prestações da CVC. Parêntese aqui: para estes faltam só 12 prestações para se livrarem da dívida. Valia a pena dever até a cueca suja para se emocionar com o que viria em Abu Dhabi.
Muitos resolveram, seja pela arrogância, seja para economizar ir apenas para a final. O treino apronto contra o timeco do Mazembe não tinha interesse nenhum.
Este era o espírito com que todos se prepararam para o passeio.
Naquele dia 14 de dezembro dei carona para meu filho até o centro e fui fazer alguma coisas por lá.
Estava de um lado para outro quando ouvi um grito de gol mais chocho do que peito de velha. Há 10 metros vi uma lanchonete com a tv ligada e fui ver o que era.
Cheguei ainda em tempo de ver o dono da lanchonete vibrando com o gol do Mazembe dando tapas entusiasmados no balcão.
Uma cliente que comprava algo reclamou:

- Falta de educação. Eu sou cocolorada e não venho mais aqui.

- Por mim tanto faz, respondeu o dono da lanchonete. Não vou deixar de festejar um fiasco do Íter por causa de um freguês.

Logo depois saí para continuar meus afazeres.
Mais tarde cruzava uma rua quando um cara da janela do décimo andar de um prédio gritou:

- CHUPA ÍTEEEEEEEEEEEEEERRRRRRRRRRR!

Foi quando decidi voltar à lanchonete anterior e pedir uma cerveja. Não iria deixar aquele pobre e honesto trabalhador com prejuízo. Não naquele dia.