30 de julho de 2015

Grêmio investe no futuro

Grêmio prioriza investir nos meninos da base.

Enquanto alguns se desesperam para conseguir vender jogadores para honrar as dívidas que se acumulam dia a dia, a direção do Grêmio inteligentemente fortalece a relação com suas jóias.
Romildo Bolzan , com o dinheiro da venda de Rhodolfo, adquiriu maior percentual dos direitos de Walace, prorrogou o seu contrato e de Luan Pedro Rocha. Ou seja, reinvestiu o dinheiro no clube.
Quando falamos aqui que o trabalho que está sendo feito é eficiente, acreditem. Aos poucos vai aparecendo o resultado de uma gestão direcionada ao futuro na valorização dos meninos. São estes  que poderão dar um bom retorno ao clube , seja financeiro, seja no sucesso dentro de campo.
As coisas não acontecem de uma hora para a outra. É preciso deixar de ser imediatista e ter muita firmeza nas próprias convicções. O Grêmio se antecipou aos fatos e está fazendo aquilo que todos os clubes terão de fazer daqui para a frente: ter responsabilidade fiscal. O momento da gastança desenfreada e inconsequente já passou. Mas a maioria ainda não acordou para a realidade.

Todos queremos títulos. Mas temos que saber que, hoje em dia, atrás dos títulos deve existir um trabalho consistente e muito bem estruturado.
Títulos não acontecem por acaso. Não neste ambiente profissional que se instalou no futebol contemporâneo. O tempo da magia ficou para trás. Vivemos novos tempos e quem não entender isso, perderá o rumo da história.
Sentiram a diferença abissal que existe entre uns e outros?

Foto: Gazeta Press

29 de julho de 2015

Marketing gremista lança novidade

Nesta semana, o Departamento de Marketing do Grêmio apresenta aos torcedores mais uma iniciativa pioneira entre os clubes da Região Sul : o serviço comparador de preços online. A partir de agora, o clube investe no potencial do mercado de comércio eletrônico que reúne os mais importantes varejistas do setor de telefonia, eletroeletrônicos, vestuário, decoração , brinquedos, etc, num universo de mais de três milhões de produtos.
O Grêmio Busca ( www.grêmiobusca.com.br) é uma nova fonte de receita para incrementar o caixa . Segundo estudos, o número de consumidores online gremistas gira em torno de 1,2 milhões, com ticket médio de R$347,00 por transação. Isso resulta em um potencial de compras estimado em R$ 838,8 milhões ao ano 

"O objetivo é "culturalizar" o torcedor gremista, habituado a fazer compras online, a utilizar o buscador do Grêmio e, desta forma, ajudar o Clube a alavancar a nova alternativa de geração de recursos. É mais uma possibilidade de rentabilizar a paixão do torcedor, além de beneficiar o mesmo com preços mais vantajosos entre os mais diferentes segmentos do mercado", explica o executivo de Marketing , Beto Carvalho.

O diretor da empresa responsável pela operação do Grêmio Busca  (S4Fans), Felipe Dorneles, acrescenta que " o volume pode chegar a um importante incremento para o Clube, por meio da participação na venda efetivada por cada loja anunciada, além dos royalties pelo uso da marca." O último relatório apresentado pela E-Bit, empresa referência no fornecimento de informações sobre o e-commerce no Brasil, as vendas no comércio eletrônico brasileiro em 2014 foram na ordem de R$35,8 bilhões.

Está aí mais uma boa iniciativa para receber o apoio do torcedor. Todas as fontes de receita alternativas para incrementar o caixa do clube são muito bem vindas. Com a torcida apaixonada e numerosa que o Grêmio possui, certamente esse projeto renderá muitos frutos positivos.
É o Grêmio mais uma vez inovando e só observando o momento em que será copiado em 3,2,1...



                                   www.gremiobusca.com.br   

   

   
  
 

28 de julho de 2015

A América azul pela primeira vez

Dia 28 de julho de 1983.
Data que nenhum gremista jamais deve esquecer. Um dia histórico para todos.
Pela primeira vez, o Grêmio conquistava naquela quinta-feira, a Taça de Campeão da Libertadores da América.
Convido os leitores mais antigos a fazerem seus relatos de tão grandioso momento para as gerações mais novas.



Ficha técnica da decisão:

GRÊMIO 2 x 1 PEÑAROL
28/07/1983
Copa Libertadores da América
Estádio Olímpico



GRÊMIO:
Mazarópi; Paulo Roberto, Baidek, De León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato, Caio (César) e Tarciso.
Técnico: Valdir Espinosa


PEÑAROL:
Fernandez; Montelongo, Olivera, Gutierrez e Diogo; Bossio, Salazar e Saralegui; Silva (Peirano), Morena e Ramos.
Técnico: Hugo Bagnulo


GOLS:
Caio (GRE – 10 do 1ºT)
Morena (PEN – 25 do 2ºT)
César (GRE – 32 do 2ºT)


ARBITRAGEM:
Édison Pérez (PER)
Enrique Labo e Carlos Montalvan (PER)


BANCO DE RESERVAS
Beto, Leandro José, Paulo César, César e Tonho.

Vídeo completo do jogo


 

27 de julho de 2015

Tolinhos não aprendem nunca

Tenho de sair uns minutos das férias para parabenizar aos inteligentes gremistas que decretaram que Grohe não joga nada e que Tiago era a solução de todos os males do Grêmio.
Ter convicção sobre algo muitas vezes mostra que o convicto é seguro, experiente e inteligente. Outras vezes, convicção apenas esconde uma mente tacanha, teimosa e pouco inteligente.
Cornetear Grohe que já prestou excepcionais serviços ao Grêmio para promover Tiago mostra torcedor da segunda, e pior espécie.
Estes merecem os parabéns pois conseguiram: hoje, ao invés de dois grandes goleiros não tem nenhum.
Já aqueles que são inteligentes sabem que temos dois goleiros que até podem falhar de quando em vez, mas que são dos melhores do país.

26 de julho de 2015

Avalanche Tricolor: apesar do empate

por Milton Jung


Grêmio 1×1 Sport
Brasileiro – Arena Grêmio


Maxi está de volta ao time (Foto Grêmio Oficial no Flickr)

Maxi está de volta ao time (Foto Grêmio Oficial no Flickr)

Torcedor quer ganhar sempre. E eu sou torcedor. Quero a vitória a qualquer custo e em qualquer circunstância. Esse fascínio pela vitória porém não é suficiente para me fazer praguejar empates como o da noite deste sábado.

Sei que era jogo contra adversário direto. Sei que saímos na frente. Sei, também, que tivemos próximo do gol que nos deixaria colado do líder, no Campeonato. E, provavelmente, é por saber de tudo isso que não saio frustrado.

Há jogos em que ganhamos com futebol sofrido. Hoje, jogamos futebol bonito. Bem jogado na maior parte do tempo. Fomos punidos com um gol exatamente na parte ruim, quando corremos atrás da bola em lugar de mantê-la no pé.

Com a bola de pé em pé e trocada com precisão. Com gente passando por um lado e gente passando pelo outro. Com drible e velocidade. Com a velha marcação de sempre. Fizemos jogo de gente grande e potencial de título. É isso que me dá tranquilidade, apesar do empate.

Quero ganhar sempre, mas sabemos que nesta competição não bastam vitórias mal-feitas. Essas são ilusórias. Garantem três pontos hoje, mas representam pouco a longo prazo. A conquista do título, que afinal é o que queremos mesmo, vem com jogo sustentável. E assim temos sido no Brasileiro deste ano.

Temos que fazer consertos no meio da área, principalmente, pois pelo alto seguimos enfrentando dificuldade. Lá na frente, talvez chutar com mais precisão a gol para aproveitar melhor as chances que criamos. E encontrar alguém com aquele jeito de matador. Do tipo que sai do banco para resolver o jogo.

Que a vitória seria importante para a campanha, não tenho dúvida. Mas vou curtir o fim-de-semana com tranquilidade, pois estamos na disputa e com futebol consistente.

A lamentar: a covardia da regra que segue a dar poderes ditatoriais ao árbitro

25 de julho de 2015

Um empate injusto

Grêmio 1 x 1 Sport

Primeiro Tempo: 1 x 0


Nos primeiros minutos de jogo o Sport veio destemido e empurrando o Grêmio para dentro de seu próprio campo. Os dois times apresentam movimentação intensa num jogo muito disputado. A partir dos dez minutos o Tricolor começa a pressionar. Aos 13 minutos, em grande jogada no ataque com Pedro Rocha, Luan chuta cruzado e a bola acerta a trave. Dois minutos depois, em novo ataque, novamente Luan chuta forte mas a bola passa ao lado do gol adversário. O Grêmio tenta de todas as formas, mas encontra dificuldades para furar o forte bloqueio dos pernambucanos que se defendem muito bem. O Sport reage,  joga de igual para igual e aos 24 minutos, numa cabeçada perigosa, consegue ameaçar o gol de Tiago. Aos 32 minutos, Douglas lança Pedro Rocha que avança a grande área e chuta forçando o goleiro a uma grande defesa. Logo após, depois de cobrança de lateral, o Sport assusta a defesa do Grêmio. Em novo ataque gremista, o bandeirinha erroneamente marca impedimento de Pedro Rocha. Nos minutos finais do primeiro tempo, o time do Grêmio bombardeia a defesa adversária em boas jogadas tramadas pelo ataque. O Sport volta à carga, mas a defesa tricolor intercepta com precisão . Aos 43 minutos, o Grêmio quase abre o placar, mas o goleiro do Sport evita saindo com os pés. Finalmente, aos 44 minutos, Pedro Rocha faz grande jogada e marca um golaço merecido!
Um primeiro tempo intenso e veloz, onde o Grêmio apresentou um futebol de muita qualidade. Até poderia ter feito um placar mais elástico. 
Grande atuação do time. Uma equipe que dá gosto de ver jogar.
Roger acertando em cheio ao fazer o Grêmio jogar o fino da bola.
  
Segundo Tempo: 0 x 1
Grêmio volta com muita disposição, evitando que o Sport avance e querendo ampliar o placar. Mas aos cinco minutos, os pernambucanos conseguem chegar no ataque e Tiago defende com tranquilidade. O jogo é lá e cá. Ambos atacam e defendem com a mesma intensidade. Aos 16 minutos, Tiago falha terrivelmente num cruzamento dentro da área, a bola sobra para Diego Souza que mete para dentro do gol. Lance bisonho. Roger decide alterar a equipe aos 20 minutos , substituindo Douglas por Máxi Rodriguez. O Grêmio não consegue apresentar o mesmo futebol envolvente e veloz da primeira etapa. Marcelo Hermes chuta uma bola com efeito exigindo uma grande defesa do goleiro que manda para escanteio. Aos 30 , Fernandinho entra no lugar de Giuliano. Logo depois, Braian Rodriguez substitui Pedro Rocha. O time gremista tenta de todas as formas furar o bloqueio do Sport, mas encontra muitas dificuldades devido à forte marcação. Aos 42 minutos, o goleiro do Sport faz um milagre em cabeçada venenosa de Braian. Quase ao final, o goleiro faz um segundo milagre espalmando um torpedo de Luan.
Um resultado injusto graças à ótima atuação do goleiro do Sport que impediu a vitória gremista

Como jogaram:

Tiago: falhou quando não podia. Nota 3
Galhardo: participativo. Nota 6
Erazo: seguro. Nota 7
Thyere: boa estréia. Nota 7
Marcelo Hermes: muito bem no apoio. Nota 7
Walace: primeiro tempo primoroso. Nota 8
Maicon: eficiente. Nota 7
Douglas: Um dos melhores. Nota 8
Giuliano: Pouco inspirado. Nota 5
Pedro Rocha: o melhor do jogo. Ótimo primeiro tempo. Nota 9
Luan: muito bem nos dois tempos. Nota 8

Máxi Rodriguez: entrou bem. Nota 7
Fernandinho: mostrou disposição. Nota 6
Braian Rodriguez: Quase desempatou o jogo. Nota 7
 
Roger: está nascendo um grande treinador. Fez o possível para vencer. Estrategista inteligente. Nota 9

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Arbitragem: Péricles Bassols Cortez, auxiliado por Rodrigo Henrique Corrêa e Dilbert pedrosa Moisés (RJ).  Pequenos equívocos que não comprometeram o resultado do jogo

Recalque é coisa pra se guardar

Em férias e rindo à toa, dei de cara com twitters comentando sobre um post do famoso presidente do cocô-irmão, postado e depois despostado covardemente do facebook do indigitado elemento.
Depois recebi o tal de post que republico abaixo para a posteridade:


COISAS QUE ACONTECEM EM VARIOS QUADRANTES DO PLANETA TERRA ! A cidade de Barcelona, alberga 2 clubes muito conhecidos por todos nos, o CA Barcelona (fundado em 1899) e o Espanhol de Barcelona (fundado em 1890). Ao longo das respectivas trajetorias ,cultuaram entre si, uma das mais tradicionais rivalidades, primeiro da Catalunha, abrangendo depois a Espanha inteira ,desaguando em todo o Continente Europeu. Tamanho antagonismo nao se limitava aos jogos entre si, mas tambem quando os" inchas" de cada um,torciam para o adversario do rival ,mormente em decisoes. Com o passar do tempo,o CA Barcelona passou a distinguir-se em ralacao ao rival local, superando-o nao so no confronto direto, dentro do campo, como tembem obtendo inumeras conquistas nacionais e internacionais relevantes, angariando adeptos em varios recantos do mundo. Para se ter uma ideia, nesse seculo o CA Barcelona conquistou 2 Titulos Mundiais Oficiais e de 2006 para ca, obteve 4 Champions League, alem de inumeros campeonatos espanhois e varias Copas do Rei de Espanha. No confronto direto entre Barcelona e Espanhol melhor sorte nao esta reservada a este ultimo, pois de 161 jogos na Liga local, o primeiro venceu 92 jogos, contra 34 do rival que perde inclusive para o empate, verificado em 35 oportunidades. No mesmo periodo o Espanhol, com grande arrogancia, jacta-se de ter conquistado 4 Copas do Rei de Espanha e 1 titulo da 2a. ( Repita-se 2a.)Divisao espanhola. Alias, nos ultimos anos, a torcida do Espanhol ( que julga que seu time equivale ao Barcelona) engalanou-se e festejou ruidosamente quando o Barca foi derrotado pelo Internacional de Porto Alegre por 1X0 em Iokohama em 2006, pela Internazionale de Milao, na Champions de 2010, pelo Chelse na Campions de 2012, pelo Bayern, na Champions 2013 e pelo Atletico de Madrid no certame espanhol de 2014. Em suma o Espanhol de Barcelona e seus ïnchas"so comemoram alguma coisa ,diante de reves de seu adversario. De seu lado ,os torcedores do "Barca"querem que esse "Status quo" permaneca por mais e mais anos e que a diferenca entre os dois clubes se acentue cada vez mais. COISAS QUE ACONTECEM EM TODOS OS QUADRANTES DO TERRA !


Sobre esta "coisa" algumas observações se fazem necessárias:

  1. O sujeito, apesar de advogado, é semi analfabeto.
  2. Escrever com o fígado e sob a dor de uma raiva infinita não é recomendável em hipótese nenhuma.
  3. Antes de desnudar uma alma mesquinha e rasteira todos deveriam contar até 2000.
  4. Eu morri de rir e de satisfação ao ver que está tudo voltando ao normal. Anão moral mostra que é anão moral. Timinho age e perde como timinho. Bagaceira não consegue mais passar por gênio.
  5. Com a recente prisão de gente da PHIPHA e da COMEBOLA parece que não estão mais arriscando mudar resultado de jogo através de expedientes extra-campo.
  6. A única semelhança que o timinho tem com o Barcelona é o fiasco. O Barcelona em 2006 e o timinho em 2010. Cada um tem o Mazembe que merece.
  7. Um demente não faria pior.

24 de julho de 2015

Novidade na zaga


Rafael Thyere (colete laranja) pode estrear no time de Roger.

Há uns três anos, ouvi falar em um guri da base do Grêmio que era muito bom de bola. Seria uma jóia sendo lapidada para em pouco tempo brilhar na equipe principal. Achei o nome muito charmoso, perfeito para emplacar no glamouroso mundo do futebol.
Paraibano da linda cidade de João Pessoa,  Rafael Thyere, aos 22 anos de idade já não é mais tão menino. Descoberto pelo Grêmio em 2011 na Taça São Paulo jogando pelo Paulista de Jundiaí, foi trazido para fazer parte do grupo dos garotos da base onde aperfeiçoou os fundamentos. Após dois anos e sem chances na equipe principal, que contava com uma das melhores duplas do Brasil - Rhodolfo e Geromel - em 2014  foi emprestado ao Atlético-GO  para ganhar experiência.

No início da temporada 2015,  Felipão solicitou à direção o seu retorno ao clube. Desde então, vem treinando com o grupo e esperando a chegada de sua grande oportunidade.
Assim, as notícias da semana após os treinamentos indicam que Roger optará por Thyere para compor a zaga no jogo de amanhã contra o Sport na Arena. Isso é uma grande novidade que merece ser comemorada já que um dos desejos da torcida gremista é ver um maior aproveitamento dos meninos. Finalmente poderemos medir o potencial do guri dentro da política de aproveitamento da base que o clube vem implementando.
Se esta escalação se confirmar, sob a orientação de Roger confio que Rafael terá um bom desempenho desde que tenha calma e consiga praticar o futebol que chamou atenção dos olheiros do clube.
Caberá a torcida fazer a sua parte e entender que o guri está  estreando. Apoiar sem fazer comparações e acreditar no potencial do jogador é muito importante. Todo o início é difícil e é muito natural uma certa insegurança e timidez. Rafael, com seu 1,90cm de altura,  estreará em um momento de muita ansiedade e cobrança para que o time assuma uma das posições de liderança no Campeonato.
Vamos ter cuidado com o guri, porque pode estar aí uma boa reposição para a vaga deixada por Rhodolfo.
40 mil na Arena amanhã!!!!!!

Foto: Lucas Uebel / Grêmio 

 

22 de julho de 2015

Avalanche Tricolor: eu já fiz a minha escolha

Por Milton Jung

Criciúma 0 (3)x(4) 1 Grêmio

Copa do Brasil – Heriberto Hülse/Criciúma (SC)


Time comemora classificação com Grohe (foto do Grêmio Oficial no Flickr)
Time comemora classificação com Grohe (foto do Grêmio Oficial no Flickr)

Decidir nos pênaltis estendeu minha noite para além do prudente, mas o resultado final fez a espera valer a pena, e acordar ainda de madrugada nessa quarta-feira não foi um fardo para este “trabalhador do Brasil”. Aliás, meus amigos Dan, Teco e Zé, colegas do Hora de Expediente,no Jornal da CBN, ressaltaram a felicidade emitida na voz a despeito do cansaço, durante o programa de hoje. Motivos não faltaram, pois, em campo, não disputávamos apenas uma vaga à próxima fase da Copa do Brasil, precisávamos mostrar a nós mesmos que os resultados positivos da gestão técnica de Roger não haviam sido ocasionais. O revés na primeira partida, em casa, também dava munição aos que ainda não confiam na capacidade dele e, principalmente, na da equipe em apresentar futebol qualificado e diferente. E se os sintomas ruins persistissem, eu temia pelo reflexo no restante da temporada, principalmente no Brasileiro.

Mesmo diante de um estádio cheio e provocativo e de um time bastante motivado, com outro jovem e criativo técnico no comando, que tinha a vantagem do empate para seguir em frente, o Grêmio demonstrou personalidade, impôs seu jeito de jogar e soube encontrar o ponto de equilíbrio entre a coragem e a prudência. Há quem entenda que fomos adiante por acaso, com um gol sem querer, alguns lances de sorte no decorrer da partida e a ajuda da imprecisão na cobrança de pênaltis do adversário. Análise muito aquém do que realmente fizemos na noite de terça-feira quando demonstramos, antes de mais nada, a capacidade de reação do time.

O gol de Pedro Rocha, por exemplo, foi resultado da movimentação constante dos jogadores de meio e de ataque mais a precisão na troca de passes, que aumenta consideravelmente quando Douglas está inspirado. Mesmo não estando com sua melhor formação, o que nos leva a pensar na necessidade de reforços para o setor,a defesa se comportou com a firmeza exigida e contou com Marcelo Grohe em seus melhores dias. Nos pênaltis, aliás, Marcelo foi genial e não vê-lo como o principal responsável pelas cobranças desperdiçadas do adversário é uma tremenda injustiça com o baita goleiro que nós temos.

A propósito, já que demos mais um passo à frente na Copa do Brasil,antes que alguém me pergunte, antecipo-me a dizer: quero, sim, que o Grêmio deposite todo seu esforço na conquista desta competição, apesar de disputá-la em paralelo com o Campeonato Brasileiro. Ainda não é hora de abrir mão dessa ou daquela competição. Temos de jogá-las dispostos a fazer o nosso melhor a cada partida e cobrar que a diretoria ofereça a Roger um elenco com capacidade de suportar o desgaste da sequência de jogos. Entre a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, eu já fiz a minha escolha: ganhar sempre. Ou, lutar sempre para ganhar!

Avalanche Tricolor: valeu, Marcelo!

Por Milton Jung

Criciúma 0 (3)x(4) 1 Grêmio
Copa do Brasil – Heriberto Hülse/Criciúma (SC)


17334448


Pelo adiantado da hora, neste momento, só me vem à cabeça uma mensagem:
Valeu, Marcelo!

(amanhã, prometo, falo um pouco mais da classificação à próxima fase da Copa do Brasil)

21 de julho de 2015

Beijinho no ombro, Fantasminha Camarada

Grêmio  x  Criciúma

Primeiro Tempo: 1 x 0

Começo de jogo foi tenso e nervoso, com muitos erros e pouca inspiração. O Criciúma toma todas as iniciativas de ataque. Aos oito minutos, o Tricolor avança pela primeira vez sobre a grande área do adversário sem grande consequência. Precisando ganhar, o Grêmio não conseguiu se impor nos primeiros 15 minutos mas aos poucos foi recuperando terreno e passou a chegar com mais frequência ao ataque. Aos 22 minutos, finalmente numa boa jogada entre Giuliano e Luan, Pedro Rocha escora a bola  para o fundo da rede. Aos 24 minutos, o Criciúma reage e manda um torpedo na trave de Grohe. Para tristeza do Batista, não foi gol. Passada a tensão inicial, o Grêmio conquista o controle do jogo. O Criciúma volta à carga e assusta Marcelo por duas vezes após envolver a zaga gremista que se atrapalha na marcação.Quase ao final, o atacante do Criciúma inacreditavelmente perde um gol na cara do guarda metas gremista. Logo depois, Pedro Rocha larga um petardo em direção ao gol exigindo uma grande defesa do goleiro. O Criciúma cobra uma falta perigosa próximo à grande área mas a bola passa por cima.Apesar de terminar o primeiro tempo à frente no placar, o time do Grêmio não faz uma grande partida. Roger terá ajustes a fazer no vestiário. O time teve mais sorte do que juízo.

Segundo Tempo: 0 x 0

O time volta sem alterações para o segundo tempo e no mesmo ritmo - muitos erros de passes e pouca "intensidade". Nos minutos iniciais, muita transpiração e pouca qualidade. Nenhum lance relevante até aos
12 minutos Luan perder um gol sozinho com o goleiro.O jogo segue feio e sem criação de jogadas dando a impressão de que a vitória não interessa. Roger não demonstra interesse em melhorar o desempenho do time já que não mexe nas peças apesar do desempenho medíocre da equipe. O Grêmio faz força para perder o jogo , mas a ruindade do Criciúma é tão grande que isso não acontece. Aos 24 minutos, Giuliano sofre falta do goleiro na entrada da área e Douglas cobra por cima. O jogo segue burocrático e sem alternativas para conseguir ampliar o placar com Douglas caminhando com toda a tranquilidade no meio do campo como se estivesse vencendo de 10 x 0. Aos 33 minutos, Roger troca Giuliano, um dos mais esforçados, por Fernandinho para quem sabe ampliar o placar. A partida prossegue sem nenhum lance relevante até que o técnico gremista saca da cartola Braian Rodriguez para tentar resolver a pendenga. Enquanto isso,  Douglas continua firme e forte errando passes e atrapalhando o time. Aos 42 minutos, Brain perde a chance fatal de acabar com a maçaroca , mas chuta na Lua. Sabe-se lá porque, entra Edinho ao final do jogo.
A sensação que ficou é de que o time não quis ganhar esse jogo.

Como jogaram:

Marcelo Grohe: classificou o Grêmio. Nota 10.
Galhardo: não comprometeu, nem acrescentou. Nota 4.
Geromel: jogou sério e foi eficiente. Nota 6.
Erazo: discreto. Nota 4.
Marcelo Hermes: fraco, fraquinho. Nota 3.
Walace: muito longe de ter brilho. Nota 4.
Maicon: burocrático. Nota 4.
Giuliano: também jogou sério. Nota 6.
Douglas: ficou em Porto Alegre. Nota 0.
Pedro Rocha: fez o gol. Nota 6
Luan: o melhorzinho. Nota 7.

Fernandinho: deplorável. Nota 0.
Braian: deplorável. Nota 0
Edinho: porque entrou, entrou porquê? Sem nota.

Roger: demorou a mexer no time. Pareceu satisfeito com o desempenho pífio da equipe. Nota 3.


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Arbitragem: Flávio Rodrigues Guerra (SP), auxiliado por Bruno Boschilia (PR) e Vicente Romano Neto (SP). Arbitragem normal, sem sobressaltos.

20 de julho de 2015

Estamos na briga

Montagem: Léo Willian Kölln

O torcedor gremista pensava que estava nos píncaros da glória com as cinco vitórias seguidas do time comandado por Roger Machado.
É muito bom ser feliz! A felicidade libera uma adrenalina que leva ao êxtase. É tão bom, que quando ela termina, damos de cara com a depressão e o mau-humor.
Quem não ficou de mau-humor após a derrota para o Flamengo no Maracanã?
Falo por mim. Além do mau-humor fui flexada pela irritação.
Foi muito ruim o jogo de sábado. O Grêmio deixou muito a desejar. Cadê a intensidade, os acertos de passes , os chutes a gol, a marcação cerrada? Não vimos nada disso em campo.
Giuliano e Douglas muito abaixo de atuações anteriores. Marcelo Grohe irreconhecível após o retorno da Seleção Brasileira, onde foi apenas fazer figuração. Pedro Rocha completamente inoperante.
E assim por diante. Na verdade o coletivo não funcionou e não deu liga. Estranho esse tal de futebol. Como pode em um dia as peças se encaixarem com perfeição matemática e em outro, logo adiante, nada funcionar conforme o combinado e treinado?
Porém, se não fosse assim, não seria futebol mas sim uma partida de xadrez.
Isso eleva a temperatura porque o torcedor fica frustrado e impaciente com o resultado que não atende as suas expectativas. O trauma de não vencer volta com força e ameaça a esperança e confiança no trabalho que é feito .

Mas , para quem sempre prefere ver o lado positivo das coisas, a situação não é de toda ruim. O Grêmio está a apenas 3 pontos do líder do Campeonato Brasileiro e briga taco a taco com os primeiros colocados.
Eu, pela amostra inicial, continuo confiando no trabalho do Roger. Estamos vivos e estamos na briga. Ele não venceu cinco partidas seguidas por puro acaso ou interferência divina. Alguma coisa diferente existe aí.
Quem sabe uma vitória contra o Criciúma pela Copa do Brasil não restabelece a confiança e auto estima para vôos mais elevados?
Eu acredito.

19 de julho de 2015

Avalanche Tricolor: a superstição não é capaz de resolver todos os nossos problemas

Por Milton Jung


Flamengo 1×0 Grêmio
Brasileiro – Maracanã/RJ


Confio mais em Roger do que em superstição (foto Grêmio Oficial no Flickr)

Confio mais em Roger do que em superstição (foto Grêmio Oficial no Flickr)

Houve época em que para assistir ao clássico gaúcho no campo adversário, seguia para lá acompanhando parte da diretoria e comissão técnica do Grêmio. Era jovem ainda e meu pai, que narrava as partidas, por segurança, entregava minha guarda a um de muitos amigos que tinha no clube. Isso me permitia, por exemplo, o privilégio de chegar ao estádio e frequentar dependências restritas à delegação visitante. Lembro de quando entramos no vestiário que, em seguida, receberia os jogadores gremistas, e encontramos os espelhos pichados com palavras de ameaça religiosa. Se é que a memória não falha, havia coisas do tipo “suas pernas serão presas pelo santo-sei-lá-qual”. Isso foi pelas décadas de 1970 e 1980. Prontamente pessoas que estavam comigo começaram a apagar as frases pois disseram que se os jogadores lessem as ameaças teriam seu desempenho afetado em campo. Parece-me que vencemos aquele clássico.

As superstições sempre fizeram parte da nossa vida e, na maioria das vezes, de forma inexplicável. Aliás, essa é uma de suas características já que são crendices, estão baseadas em situações de casualidade que não podem ser analisadas de forma racional ou empírica. O esporte é rico nessas histórias. Você há de se lembrar de Zagallo que impôs ao número 13 a responsabilidade pela classificação do Brasil para o Mundial da Alemanha, em 2006. Muito antes disso, em 1962, os jornalistas que cobriam a Copa foram levados a repetir em todos os jogos a mesma roupa que vestiram na primeira partida. Fomos bicampeões. Tem jogador que se trocar o número da camisa marca menos gol, há os que tomam o cuidado de entrar em campo pisando com o pé direito ou fazem o sinal da cruz inúmeras vezes.

No Grêmio, até algumas rodadas atrás, a camisa azul em degradê foi vestida à exaustão, partida após partida, pois seria ela a responsável pelo bom desempenho da equipe e a sequência de vitórias que nos levaram ao topo do Campeonato Brasileiro. Sexta-feira passada, um amigo tricolor me ligou pois soube que eu havia assistido à derrota contra o Criciúma, pela Copa do Brasil, em casa, aqui em São Paulo, e não no exterior, como fiz nos jogos anteriores em que tivemos muito mais sucesso. Fiquei na dúvida se a sugestão dele era que eu estendesse minhas férias até o fim do Brasileiro ou apenas desistisse de ver o jogo contra o Flamengo. Eu assisti ao jogo de sábado à noite em casa da mesma maneira que havia feito na terça-feira. Perdemos, como você já sabe.

Bem que eu gostaria de acreditar que foi a minha decisão a responsável pelo mau desempenho gremista, no Maracanã. Mas, infelizmente, a falta de precisão do meio para frente e de inspiração do meio para trás têm outras causas muito mais de caráter técnico e tático do que sobrenatural. E para resolvê-las prefiro confiar na capacidade de Roger.

18 de julho de 2015

Daniel Matador - Sinal de alerta

Flamengo 1 x 0 Grêmio

Caros

O Grêmio de Roger, que em 1997 puxou um último fôlego para partir até a linha de fundo e cruzar uma bola para o gol que deu o tricampeonato da Copa do Brasil ao tricolor sobre o Flamengo de Romário, foi novamente ao Rio para tentar somar mais pontos neste modorrento sistema do Campeonato Brasileiro. A propósito: após as mortes de Frank Sinatra e João Paulo II, também Ghiggia, o algoz do Maracanazzo, faleceu nesta semana. Com isso, resta no mundo apenas um ser humano que calou o Maracanã lotado: Carlos Miguel, envergando o manto gremista. O mesmo Carlos Miguel que atuou como comentarista na transmissão do jogo pela Grêmio Rádio Umbro 90.3 FM.

Frickson Erazo não pôde jogar por conta de um acordo de cavalheiros entre os dois times. Pará também não atuou pelo mesmo motivo. Rhodolfo, mesmo com toda a celeuma por conta de sua negociação com a Turquia, retornou à zaga ao lado de Geromel. E o restante do time não sofreu maiores alterações em cima da escalação que vinha sendo utilizada, a não ser a fixação de Marcelo Hermes na lateral esquerda, situação que deve perdurar até o retorno de Marcelo Oliveira do DM.

Primeiro tempo: Flamengo 1 x 0 Grêmio

Logo aos 3 minutos, Douglas lançou Luan que pressionou o zagueiro flamenguista que, apavorado, botou para escanteio. Aos 5 minutos, em perigoso ataque do urubu, Canteros chutou para boa defesa de Grohe. E a partir daí o Flamengo passou a dominar as ações do jogo, mesmo não tendo nenhuma chance clara de abrir o placar. Só aos 15 que Guerrero chutou com perigo e Grohe defendeu. No minuto seguinte, Geromel fez um lançamento primoroso para Giuliano, que não conseguiu dar prosseguimento à jogada. Aos 21, em grande jogada de Luan e Galhardo, o lateral chutou com muito perigo e a bola explodiu no travessão, quase derrubando o barraco rubro-negro.

Aos 26, Luan fazia fila e caiu na área. Óbvio que Ricardo Marques Ribeiro nunca marcaria um pênalti a favor do Grêmio contra o Flamengo no Maracanã. Contra o tricolor, eles sempre acertam. Aos 29 e aos 36, Rhodolfo deu carrinhos providenciais para impedir o avanço de Sheik. Aos 41, em uma cobrança de falta erroneamente assinalada pela arbitragem, Grohe defendeu e, no rebote, Guerrero botou para dentro. Aos 42, falta perigosa alçada para a área por Douglas, com Rhodolfo quase cabeceando para o gol. E não foi possível fazer mais nada neste primeiro tempo.







Segundo tempo: Flamengo 0 x 0 Grêmio

Aos 5 minutos, Pedro Rocha driblou o goleiro, mas a bola correu e ele não conseguiu concluir a gol. Faltou experiência para ele, pois poderia ter inclusive tentado cavar a penalidade máxima. Aos 12, Geromel cometeu falta em Sheik e levou cartão amarelo. Saiu barato, considerando a truculência do lance. Aos 14, em grande contra-ataque, Pedro Rocha passou para Luan, que acabou não dominando e matou a jogada. Aos 16, Roger sacou Douglas e colocou Fernandinho. Aos 21, em bola alçada na área, o goleiro do Flamengo salvou e uma blitz em seguida resultou em escanteio. Galhardo cobrou e quase marcou gol olímpico, com o arqueiro César salvando de soco. Aos 26, após bola lançada pelo alto, Grohe falhou e perdeu na frente de Sheik, que chutou em direção ao gol. Não fosse a intervenção de Rhodolfo, que atirou-se de carrinho, seria mais um gol.

Aos 29, Vitinho entrou no lugar de Pedro Rocha. Aos 30, ataque do Flamengo que resultou em finalização torta de Arthur Maia para fora, mas o árbitro inverteu e marcou escanteio. Normal. Aos 35, após cobrança de escanteio, cabeçada do capitão do Flamengo mandou a bola no travessão. No lance seguinte, Grohe faz grande defesa. Aos 38, Giuliano e Fernandinho tentaram infiltração, mas sem sucesso. Aos 42, após bola alçada por Galhardo em cobrança de falta para a área, aproveitamento zero do ataque no lance. Aos 43, Braian Rodriguez entrou no lugar de Walace e, em seu primeiro lance, conseguiu recuperar uma bola e cruzar para Fernandinho, que não aproveitou. E mais não teve, com o jogo encerrando assim.





Como jogaram:

Grohe: fez duas boas defesas no primeiro tempo. Mas teve certa dose de falha no gol do Flamengo e falhou em lance bisonho no segundo tempo. Nota 4
Galhardo: quase marcou um golaço com um chute que explodiu no travessão. Levou perigo nas bolas paradas no segundo tempo e quase marcou um gol olímpico. Nota 7
Geromel: muito seguro e com grande categoria, fez inclusive lançamentos no primeiro tempo. Cumpriu a função no segundo com competência. Nota 7
Rhodolfo: uma intervenção importante em jogada de Sheik. Seguro como sempre na primeira etapa. Salvou um lance que seria gol do Flamengo no segundo. Nota 7
Marcelo Hermes: cumpriu a função de lateral defensivo durante o primeiro tempo. Manteve a mesma pegada no segundo. Nota 6
Walace: o mesmo cão de guarda da defesa. Lançou-se poucas vezes à frente. Deu uma decaída no segundo tempo, ficando aquém do que normalmente apresenta. Nota 5
Maicon: não deu espaços para Guerrero no primeiro tempo, mesmo tendo chegado duro em muitas jogadas. Manteve o ritmo no segundo. Nota 6
Douglas: pouca inspiração na primeira etapa. Uma leve melhora na segunda, mas ainda assim foi substituído. Nota 4
Giuliano: correu bastante e tentou muito, mas não fez nenhuma jogada efetiva no primeiro tempo. Não mudou muito no segundo. Nota 4
Luan: boas investidas, apesar de ter sido bem marcado. Um dos poucos que tentou alguma coisa, mesmo que com pouca efetividade. Nota 6
Pedro Rocha: não apareceu durante toda a primeira etapa. Parecia até que não estava em campo. No início do segundo tempo, perdeu uma boa oportunidade. Saiu para a entrada de Vitinho. Nota 3

Fernandinho: entrou no lugar de Douglas e levou pouco perigo ao ataque. Uma ou outra tentativa mais incisiva. Nota 4
Vitinho: entrou no lugar de Pedro Rocha e nada fez. Nota 1
Braian: entrou aos 43, inexplicavelmente. No primeiro lance recuperou uma bola e cruzou rasteiro para Fernandinho, que chutou para fora. Nos pouquíssimos minutos em que esteve em campo, fez mais do que Pedro Rocha e Vitinho juntos. Sem nota (apenas pelo pouco tempo em campo).

Roger: armou o time com as peças de que dispunha, porém não conseguiu dar grande força ofensiva por conta da pouca inspiração do ataque. Demorou para botar Braian que, apesar das deficiências, poderia brigar na frente. Nota 4

Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro tem um histórico tenebroso nos jogos em que apitou do Grêmio. É um árbitro que sempre comprometeu os resultados dos jogos com sua performance. Hoje não foi diferente, ao marcar falta inexistente que resultou no gol flamenguista. A derrota, contudo, não passa só por sua atuação.

O time do Flamengo não é lá essas coisas e se apoia em Sheik e Guerrero. Ainda assim o Grêmio não soube aproveitar as deficiências da equipe rubro-negra. Grohe e Geromel levaram o terceiro cartão amarelo e não jogam a próxima partida contra o Sport. Sem Rhodolfo, que deve viajar para a Turquia nos próximos dias, a zaga será toda improvisada. A performance de hoje foi muito ruim e nada inspirada. Há que se analisar e trabalhar muito forte durante a semana em cima do que está errado. O próximo jogo é crucial para as pretensões, pois é contra um adversário direto na briga pelas primeiras posições. O sinal de alerta está ligado e tem de ser levado muito a sério.



Saudações Imortais

16 de julho de 2015

Narrador pipoca e gera a "crise da pipocada"

Hoje, no Sala de Redação, o ex-presidente do Grêmio, Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, perguntou para os participantes do Sala se achavam que o pênalti sobre o jogador do Tigres havia sido pênalti. Queria saber a opinião de cada um, já que alguns se escondiam atrás da opinião do Diori, o especialista de arbitragem que não viu a mesma coisa que o Arnaldo Cesar Coelho viu e que qualquer pessoa que olhe o vídeo também vê: um chute na canela do atacante, dado por um jogador da defesa. (Há, TAMBÉM, uma interceptação do jogador com o uso do joelho, por ação de outro defensor. Ou seja, na verdade, um duplo pênalti.) No calor do debate, Cacalo comentou de forma genérica, que alguns estavam comendo pipoca e não viram o lance. Pedro Ernesto tomou as dores e afirmou que Cacalo disse que ele, Pedro, estava comendo pipoca. A pipocada de Pedro, que não queria opinar sobre o lance (aparentemente, ele fica contrariado com qualquer insinuação de favorecimento ao time aquele), parece ter se derramado pelo intervalo.

Uma coisa curiosa é alguns se esconderem na opinião de outro para não dizer o que viram. Nem sempre é assim. Usam escudo seletivo. Outra curiosidade é que cenas estão a indicar que, no intervalo, Cacalo foi "convidado" a sair do programa desta quinta. Vejam a sequência de imagens abaixo. A íntegra do programa pode ser vista neste link.


31:33 min - Pedro levanta-se. Inicia o intervalo.



32:26 - Cacalo segue à mesa, conversando com Carvalho.



32:30 - Um banner é colocado ocultando o estúdio.



35:43 - No retorno, Cacalo já não está mais.


Se Diori falou que não houve toque, então não houve.
Esta foto é fruto de sua imaginação.


 
 

E aí Ministério Público e Brigada Militar?


Impressionante como no Brasil do Século XXI, governantes e representantes da sociedade perderam o respeito pelos cargos que ocupam e o trocaram pelo cinismo e pela lei do salve-se quem puder.
Nunca valeu tanto aquela frase:

Aos amigos tudo. Aos inimigos os rigores da lei.

Gostaria de saber como e porque a Brigada Militar e o Ministério Público, tão diligentes para defenderem a segurança na Arena, a ponto de proibirem inofensivos trapos e acabarem com a avalanche, tudo permitem no remendo da beira lago. Como o ilustrado na foto abaixo.
É uma vergonha! Mas não surpreende a todos que leram este post aqui.
Tão vergonhoso que foi salva com tarja preta em luto pela morte destas instituições.


Moderno o estádio uhu?

15 de julho de 2015

Avalanche Tricolor: vaga na Copa do Brasil ainda está em jogo, apesar de gol mal anulado

Por Milton Jung


Grêmio 0x1 Criciúma
Copa do Brasil – Arena Grêmio


Time precisa agora de todo o apoio do torcedor (foto do Grêmio Oficial no Flickr)

Time precisa agora de todo o apoio do torcedor (foto do Grêmio Oficial no Flickr)

É impressão minha ou todo mundo achou que o erro do árbitro ao anular o gol de Pedro Rocha foi normal? Que não influenciou na partida? Que pouca diferença faria no desempenho das duas equipes? Ouvi alguns comentaristas durante a transmissão e pouco se citou o fato, para mim crucial no jogo. Houve até quem, a princípio, validasse a decisão do juiz.

Eram 22 minutos quando Rocha, em meio aos zagueiros e em velocidade, tabelou com Luan e, na entrada da área, recebeu passe preciso, em jogada que tem marcado o futebol gremista nesses tempos de Roger, para com apenas um toque deslocar o goleiro e por a bola dentro do gol.

Vamos ser sincero: era desnecessária a linha digital que as emissoras de televisão usam nas transmissões – aliás, demoraram para usar nesta terça-feira – para perceber que o atacante estava em posição legal. O auxiliar, que está lá só para ver esse lance e trabalha recomendado pela Fifa a, na dúvida, dar sequência à jogada, não entendeu dessa maneira e levou o árbitro ao erro.

Como agora é proibido reclamar do juiz, mesmo diante de erros crassos, aos jogadores cabe apenas indignar-se em silêncio, enquanto os algozes seguem sua vida sem qualquer punição. Um erro que pode custar a desclassificação desta Copa, pois exigirá vitória em Criciúma na partida de volta – o que, convenhamos, não é difícil, desde que as finalizações voltem a ser mais certeiras.

Um gol naquela altura mudaria o cenário da partida, pois obrigaria o adversário a abandonar sua postura defensiva, desmontaria a retranca montada para surpreender o Grêmio e abriria espaço para jogar. Sem o gol, o Grêmio teve dificuldade para trocar bola com mais objetividade e foi punido com um erro na saída de bola da sua defesa.

O Grêmio não perdeu a partida somente por causa do árbitro, mas também por causa dele, e precisa acertar sua forma de jogar contra equipes retrancadas, pois com sua ascensão na temporada tende a ser essa a postura dos próximos adversários. Porém, analisar o resultado do jogo e nosso destino na competição sem levar em consideração a anulação do gol no primeiro tempo é injusto. Assim como o foi a vaia de alguns torcedores ao fim da partida. Pois, mesmo com a derrota, o que o time precisa agora é de todo o apoio para se recuperar na próxima partida e, novamente, revelar-se Imortal.

14 de julho de 2015

Comemora "torcedor"

Grêmio 0 x 1 Criciúma

Primeiro tempo: 0 x 1

O jogo começou com os dois times se estudando e a primeira jogada mais perigosa ocorreu aos 4 minuto. Douglas bateu falta pela direita e Luan cabeceou raspando a trave direita do goleiro.

De novo o Grêmio iniciou cadenciado e não impondo pressão no campo do Criciúma.
Aos 7 minutos jogada perigosa dos carvoeiros que Marcelo Hermes cabeceou para escanteio.
O time parecia estar dando ouvidos aos tolos que advogam entregar a Copa do Brasil e jogava em ritmo de treino. E por conta disto sofreu um ataque perigoso aos 12 minutos. A bola passou por cima.
Uma jogada de triangulação, que já está virando marca do time, foi feita entre Galhardo, Luan e Maicon. O último chutou por cima de fora da área.
O Criciúma chegava com perigo também e o jogo estava aberto.
Luan deu um passe espetacular para Pedro Rocha que fez um gol não menos espetacular. Só que o bandeira inventou um impedimento e anulou o gol do tricolor. Eram 23 minutos.
Giuliano perdeu outra boa chance aos 30 minutos batendo alto por cima da entrada da área.
Aí, aos 33 minutos o castigo merecido. Cruzada na área do Grêmio quem estava na área para tentar salvar era o Pedro Rocha que fez um golaço. Pena que contra. O que ele fazia de zagueiro só Deus sabe.
Com o gol o time resolveu correr um pouco mais, mas o fazia de forma desordenada.
Douglas bateu ridiculamente uma falta aos 40 minutos. A bola quase saiu para lateral.
Aos 42 minutos entrevero na área do Criciúma mas resultou em nada.
Pedro Rocha recebeu um grande lançamento aos 44 minutos e bateu de bico para grande defesa do goleiro. Trinta segundos depois Luan perdeu outro gol.
Giuliano perdeu outro gol feito aos 47 minutos.
E foi isto.

.....

Um primeiro tempo morno. O Grêmio, na minha opinião, pensou errado o jogo. Deveria ter iniciado metendo pressão para tentar resolver logo. Não fez isto e o jogo ficou difícil.

Havia uma frouxidão no meio de campo que deixava espaços para o time catarinense chegar com perigo, especialmente com chutes da entrada da área.
Na frente Luan e Pedro Rocha tentavam algo mais, enquanto Giuliano e Douglas pareciam sem vontade de jogar mais duro.
O gol do Criciúma foi uma consequência da atitude, ou falta de atitude com que o time encarou o jogo.
Depois do gol, resolveram jogar e perderam meia dúzia de chances. Um castigo merecido.


Segundo tempo: 0 x 0


O time voltou igual para o segundo tempo. Com mais vontade, aparentemente, mas errando muitos passes. A ansiedade parecia estar em campo junto.
Aos 6 minutos Grohe salvou o segundo gol. Na cobrança do escanteio, Marcelo Hermes tirou do risco do gol quando Grohe já estava batido.
Roger não mexia no time mesmo com a má atuação coletiva e individual de vários jogadores.
E a primeira opção de Roger para tentar reverter foi muito duvidosa. Chamou Fernandinho para o jogo. Pelo menos tirou Douglas que não jogou nada.
A primeira jogada de ataque do tricolor foi um triangulação do Hermes com Giuliano que deu um passe milimétrico para o lateral chutar raspando para fora. Um gol feito perdido.
Fernandinho recebeu uma bola na cara do goleiro mas deu um traque para fácil defesa. Mais um gol feito perdido.
Yuri entrou no lugar de Pedro Rocha aos 25 minutos.
O time que jogou trotando o primeiro tempo, corria desesperado no segundo. E o desespero pode fazer muito, menos ajudar alguém a pensar e fazer as coisas de maneira correta.
Como Luan, que recebeu de frente para o gol e mandou para fora do estádio. E depois desta ele saiu para dar lugar ao Braian.
Aos 34 minutos o Criciúma perdeu a melhor chance de gol do segundo tempo. Um gol feito que mataria o Grêmio.
As substituições pioraram o time que nem no abafa conseguia levar perigo para o goleiro do Criciúma.
Para completar Mamute se machucou e o time ficou com dez jogadores.
Aos 46 minutos quase o segundo do Criciúma.
Pênalti para o Grêmio não marcado aos 48 minutos. Um jogador da defesa montou em Braian na área. Claro que o juiz não marcou.
E terminou o jogo.

.....

Eu cansei de escrever esta frase batida: Grêmio não sabe jogar jogo jogado. Sempre se enreda nas firulas que não sabe fazer e na cadência que não tem.
Joguinho de toques, passes laterais, firulas, nunca fez parte do DNA do tricolor. Não será agora, depois de 112 anos que será incorporado.
Não acredito que a fala de ex-dirigentes e de parte da torcida tenha influenciado o ânimo e levado os jogadores a levar a Copa do Brasil como descartável. Mas que pareceu pareceu.
E tu aí, que queria isto, aproveita e comemora bastante. O time hoje foi do teu tamanho: medíocre, tacanho e ridículo. Quem quer sulamiranda nunca vai chegar a lugar nenhum.

_____

Como jogaram:

Marcelo Grohe: Falhou no gol do Criciúma. Fez uma grande defesa no segundo tempo. 
Nota 5 
Galhardo: Um dos poucos que parecia ter vontade de jogar. Nota 7
Geromel: Apático errou algumas bolas fáceis. 
Nota 5
Erazo: Meio atrapalhado. 
Nota 4
Marcelo Hermes: Não comprometeu pelo seu lado. Um dos poucos que se salvou. 
Nota 6

Walace: Jogou no ritmo de treino dos demais. Nota 4
Maicon: Não apareceu no jogo. Nota 3
Giuliano: Um primeiro tempo muito ruim. E um segundo também. Nota 4
Douglas: Foi o primeiro tempo de seus sonhos, em ritmo de treino. Saiu no início do segundo tempo. Não jogou nada. Nota 2  
Luan: Algumas boas jogadas no primeiro tempo. Nadano segundo. Nota 5  
Pedro Rocha: Fez um golaço mal anulado e fez um gol contra no primeiro tempo. Saiu no segundo tempo. Nota 6 
.....


Fernandinho (Douglas): entrou bem mais ou menos. 
Nota 5

Yuri (Pedro Rocha): Entrou? Entrou. Para se machucar. Nota 2
Braian (Luan): Depois que entrou conseguiram a proeza de não levantar uma bola para a área. Sem nota 

Roger: Errou tudo. Errou no ânimo que mandou o time a campo. Errou na demora para mexer. Errou nas substituições. Nota zero 

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Arbitragem
Bruno Arleu de Araújo, Dibert Pedrosa Moisés e Michael Correia (RJ): Cometeu mais um erro humano contra o Grêmio anulando um gol legítimo no primeiro tempo. Por conta disto tem cula também na derrota.

13 de julho de 2015

Daniel Matador - O Olho do Tigre



"Quando nós lutamos, você tinha olhos de tigre, tinha essa fome. Tem que se recuperar e, para isso, tem que voltar ao princípio. Talvez possamos nos recuperar juntos. Olho de tigre, cara!"
Apollo Creed, o treinador de Rocky no 3º filme da série.


O ano de 1982 foi marcante para a banda Survivor. Os integrantes receberam de produtores de Hollywood a encomenda de uma música sob medida para um filme que estava sendo produzido. Um tal de Rocky 3, protagonizado pelo astro Sylvester Stallone. A banda, que até aquele momento já havia produzido dois álbuns, era conhecida no mercado, porém só havia emplacado um hit, a canção “Take You on a Saturday”. Mas a tal música encomendada foi aquela que acabou tornando-se seu maior sucesso até hoje. Eye of the Tiger (O Olho do Tigre), a música tema de Rocky 3, foi listada pela VH1 como uma das 100 maiores músicas da história, além de ganhar um Grammy e ser indicada ao Oscar. Impossível não contagiar-se com seus acordes, principalmente antes de algum embate esportivo.

No filme, após sagrar-se campeão dos pesos pesados ao derrotar Apollo Creed e defender seu título por dez vezes, Rocky Balboa decide largar a carreira de pugilista. Mas, ao fazer o anúncio de sua aposentadoria, o campeão é insultado e desafiado por Clubber Lang, o então 1º do ranking, que ansiava por enfrentar o campeão. No dia da luta, durante uma discussão entre ambos, o treinador de Rocky, Mickey, acaba tendo um ataque cardíaco. Rocky fica muito abalado e sofre uma derrota humilhante para o brutal Clubber Lang. Depois da luta, Mickey morre e Rocky entra em depressão. Contudo, seu antigo rival Apollo Creed oferece-se para ajudar Rocky e o convence a treinarem juntos, a fim de que ele retome o título de campeão mundial. Nem sei por qual motivo escrevi a sinopse deste filme. É obrigação de qualquer ser humano assisti-lo. E vibrar com Eye of the Tiger durante o treinamento de Rocky e Apollo. Aliás, a título de curiosidade: Eye of the Tiger foi a música que utilizei em minha formatura na universidade.

Pois quase uma década após o estouro mundial do olho do tigre, um felino homônimo cruzou o caminho do Grêmio. E não estamos falando da Tigre, a Torcida Independente Gremista, uma das torcidas organizadas que frequentava o Olímpico até o início dos anos 90. Logo após sagrar-se como o campeão da primeira Copa do Brasil, em 1989, o tricolor fez no ano seguinte uma campanha onde liderou durante quase todas as rodadas do Campeonato Brasileiro e pontuou mais que o campeão. Mas acabou parando no São Paulo de Telê Santana, naquele que seria durante os dois anos seguintes o maior time do futebol brasileiro.

Só que 1991 parecia ser o ano onde aquele pequeno revés seria corrigido. O técnico Evaristo de Macedo havia deixado o comando e o time gremista iniciava a Copa do Brasil daquele ano capitaneado pelo conhecidíssimo Cláudio Duarte, que havia erguido o troféu de campeão do mesmo torneio pelo Grêmio dois anos antes. Na primeira fase, duas vitórias sobre o Auto Esporte, da Paraíba (1 a 0 fora e 2 a 0 no Olímpico). Na fase seguinte, já então oitavas-de-final, encarou o Fluminense de Feira de Santana, coincidentemente vencendo com os mesmos placares da fase anterior (1 a 0 fora e 2 a zero no Olímpico). Nas quartas-de-final, o técnico já não era mais Cláudio Duarte. Dino Sani assumiu a casamata e enfrentou de cara o primeiro adversário tradicional no torneio, o Corinthians. No jogo de ida, um empate em 1 a 1 no jogo de ida no Pacaembu. Na volta, 2 a 1 no Olímpico. Nas semifinais, um empate no jogo de ida no Couto Pereira, contra o Coritiba, em 1 a 1. No jogo de volta, vitória simples por 1 a 0 e a classificação para a final contra o Criciúma. O clube, carinhosamente chamado por seus torcedores de tigre, entrava na história do Grêmio.

Na Copa do Brasil daquele ano o tricolor sempre decidiu a vaga em casa, com o segundo jogo ocorrendo no Olímpico em todas as fases. Pois justamente na fase final a partida decisiva seria na casa do adversário. Algo que talvez não assustasse, não fosse o comandante do tigre catarinense o maior especialista em mata-matas da história: um tal de Luiz Felipe Scolari, que até então não havia ganho ainda o apelido de Felipão. O gringo armou uma retranca violenta em Porto Alegre e achou um gol logo aos 15 minutos do primeiro tempo, montando a partir daí um ferrolho até o fim do jogo. Só aos 38 do segundo, e apenas através de um pênalti, é que o Grêmio empatou. Mas aí Felipão fez aquilo que mais sabe e que consagrou-o muitas vezes: jogou com o regulamento embaixo do braço na final em Criciúma. Botou os 11 jogadores na frente da área e não permitiu que o placar fosse aberto, o que garantiu até hoje o maior feito da história do futebol catarinense e a participação do Criciúma na Libertadores da América. Era o tigre aprontando pra cima do tricolor.

Mas nesta terça-feira a história é outra. De diferente, apenas que o Criciúma não saiu daquele único título conquistado. Já o Grêmio ganhou tudo e mais um pouco depois daquilo. Na própria Copa do Brasil, onde acabou tornando-se o maior vencedor e o clube com o maior número de finais disputadas. Muito disso na base do olho do tigre, a famosa raça, alma, imortalidade ou qual seja o nome que muitos chamem. Alcunhas à parte, nada mais é do que a vontade de vencer e a indignação em cima de um resultado adverso. O tricolor ficou conhecido por ter times que não admitiam perder. Muito disso veio através do próprio Felipão, que havia mostrado já daquela vez, quando foi campeão em cima desse mesmo Grêmio, e depois replicou estes princípios por aqui.

E hoje, na casamata gremista, está um discípulo e ex-jogador dele. Roger devolveu ao clube uma entrega de jogo que muitos haviam pensado que se perdera na poeira do tempo. Mas não, ela esteve sempre ali. No pé da trave, na marca da cal, no concreto da arquibancada. No barro do calção, no sangue da camisa, no couro da chuteira. Só faltava alguém abrir os olhos dos incautos e mostrar para todo mundo que o Grêmio estava de volta. A casa agora é a Arena. Mas o espírito está voltando a ser igual ao do velho Olímpico.

O adversário desta terceira fase da Copa do Brasil é o mesmo Criciúma que mostrou lá em 1991 como vencer este torneio. É o mesmo tigre que deu a Felipão seu primeiro grande título e abriu as portas para que, pouco depois, ele desembarcasse no tricolor e vencesse tudo, tendo Roger como seu comandado durante todo o tempo. Novamente, o primeiro jogo será aqui e o segundo será lá em Santa Catarina. Parece até que estamos tendo que voltar ao princípio para recuperar aquela fome que já tivemos. E, desta vez, o tigre que nos desculpe. Assim como Rocky, teremos de bater sem dó e tomar de volta o que é nosso por direito. O olho do tigre é nosso. E o deles vai ficar roxo.

Saudações Imortais