9 de julho de 2015

Avalanche Tricolor: derrotas acontecem, algumas sob controle; outras, nem tanto

Por Milton Jung

Chapecoense 1 x 0 Grêmio
Brasileiro – Arena Condá/Chapecó (SC)


Desta janela, na Via del Corso, em Roma, assisti ao Grêmio, em Chapecó
Desta janela, na Via del Corso, em Roma, assisti ao Grêmio, em Chapecó

As coisas nem sempre saem como programadas. Em meio às minhas férias, os dois últimos dias estiveram reservados a Roma. Chegamos na quarta-feira pela manhã, pouco menos de duas horas após deixar Ansedonia de carro, por uma estrada de qualidade aquém da esperada para a fama europeia, apesar de ser muito melhor do que a maioria das que costumamos andar no Brasil. Verdade que pela quantidade de obras em andamento, o que também nos atrasou no trajeto, logo o piso estará devidamente recomposto.

Na capital, que já conhecemos de cima à baixo, pois a Itália é nosso lugar preferido nas férias de meio de ano, fomos muito bem surpreendidos com os quartos de um hotel butique em plena Via del Corso, no centro comercial da cidade. Dali, sem precisar andar muito, encontramos restaurantes com comida farta e bebida, idem. Nos deparamos ainda com lojas das mais famosas marcas de roupas e bolsas. Certo, também, que algumas estavam fechadas e em reforma. Não sei explicar se isso é o sinal de um país empobrecido ou em recuperação. Torço pela segunda opção.

A passagem por Roma foi especial como sempre, a despeito do programa agendado para a madrugada italiana. Com a diferença de horário, aqui estamos cinco horas à frente do Brasil, o Grêmio entrou no gramado do estádio em Chapecó pouco depois da meia-noite no meu relógóio. Na tela do meu Iphone, fiz as conexões necessárias para assistir ao jogo pelo aplicativo do Premier, que havia funcionado razoavelmente bem na partida anterior, contra o Santos. Mas, como escrevi na abertura desta Avalanche, nem sempre as coisas saem como programadas.

O sinal de internet não estava lá essas coisas, o que fez com que as imagens transmitidas do Brasil travassem muito. No primeiro tempo até que foi possível ver a partida sem muitos transtornos. Foi preciso “ligar” e “religar” poucas vezes. No segundo, a coisa desandou e exigiu muita paciência deste torcedor-internauta. Quase uma metáfora do que foi o Grêmio em campo quando teve boas chances de vencer no primeiro tempo, e produziu pouco no segundo, além de ter vacilado na marcação. Estávamos naquela noite (madrugada por aqui) em que, por mais que nos esforçássemos, nada daria muito certo. Duas bolas na trave na sequência é um bom (ou mal) sinal disso.

Apesar de tudo, o placar final não foi suficiente para estragar meu ânimo. As férias seguem por mais alguns dias, antes de chegar em São Paulo, e o Grêmio terminou a rodada na mesma posição em que começou, graças a combinação de resultados. Teve um, inclusive, que pouco mexeria na nossa classificação, mas, certamente, deixou muito conterrâneo de cabelo em pé – e outros tantos felizes da vida.

Já havia escrito na Avalanche anterior que, em uma competição tão longa e disputada como o Brasileiro, as derrotadas aconteceriam aqui e acolá. Devem servir, inclusive, para ajustes no time. Só não podem se repetir nem permitir o distanciamento dos que disputam o título conosco.

Sábado que vem, ainda em férias e, espero, com melhor desempenho da internet e do meu time, teremos a oportunidade, em casa, de reafirmar nossa boa performance.