28 de março de 2016

Avalanche Tricolor: Pedro Rocha estava lá mais uma vez; e o Grêmio, também.

Por Milton Jung

Grêmio 3×0 Lajeadense
Gaúcho – Arena Grêmio


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Pedro Rocha a caminho do gol, em foto de Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Convidado pela ESPN, tive o prazer de entrevistar o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, no programa Bola da Vez, gravado na quinta-feira passada e ainda sem data para ir ao ar. Meus colegas de bancada queriam saber se com o dinheiro que entrará no cofre gremista, a partir da assinatura do contrato do clube com a TV Globo, seria possível fazer grandes contratações para as próximas temporadas. Eu disse que, por mim, não precisava contratar muita gente, não. Já ficaria feliz em ver quatro dos nossos jovens craques mantidos no elenco: Luan, Lincoln, Walace e Everton.

“Cinco”, corrigiu-me Bolzan, “tem o Pedro Rocha, também”. Cheguei a ponderar que Rocha costuma ser alvo de críticas do torcedor por seus altos e baixos, seus gols perdidos e tropeções durante a partida. “Mas ele está sempre lá”, retrucou o presidente, demonstrando sua confiança e admiração por esse garoto de apenas 21 anos, que surgiu no time ano passado, chegou a ser titular e depois foi perdendo espaço na equipe principal.

Bolzan tem razão ao fazer a ressalva. Seria uma injustiça não colocar Pedro Rocha na lista dos valores a serem preservados. Com a retomada da temporada e as disputas de três competições simultâneas, Roger obrigou-se a aproveitar maior número de jogadores e Pedro Rocha voltou a aparecer com mais frequência no ataque gremista. Ainda perde alguns gols que consideramos fáceis, dá uma tropicada aqui e outra ali, mas, como diz o presidente do Grêmio: “está sempre lá”.

Neste domingo de Páscoa, Pedro Rocha esteve lá, novamente. Tentou uma, tentou duas, passou a terceira, tropeçou na quarta, mas em uma “tabela” com o zagueiro adversário apareceu com velocidade diante do goleiro e foi precioso no toque que deu para desviar a bola para dentro do gol. Com esse quarto gol, é um dos goleadores gremistas no Campeonato Gaúcho, ao lado de Luan e Bobô.

Ao fim e ao cabo, o que se espera de um atacante é que marque gols. Ao menos que os busque de maneira insaciável. Pedro Rocha é assim, incansável. Só não aumentou (ou teria perdido?) a goleada desta tarde porque seu colega de ataque, Lincoln, acreditou que seria capaz de fazer o dele, também, e, em lugar de passar para quem estava mais bem posicionado, no caso Pedro Rocha, preferiu chutar a gol, quase no fim da partida.

Bobô abriu o placar e Batista, outro menino que chega ao grupo, com apenas 20 anos, completou a vitória tranquila do Grêmio, que nos mantém líder a duas rodadas do fim da fase de classificação. Ou seja, não é só Pedro Rocha que “está lá”. O Grêmio, também.

Aliás, de volta a entrevista na ESPN, Bolzan disse que acredita que ganharemos ao menos uma das quatro competições importantes que disputaremos esse ano. Sendo assim, é bom que sejamos líder agora, pois esta meta ficará mais próxima de ser alcançada se decidirmos na Arena as partidas da etapa seguinte do Campeonato Gaúcho.

E se queremos manter nossos jovens craques no time, nas próximas temporadas, é importante que os títulos comecem a chegar logo. É isso o que mais desejamos.