Grêmio 3×2 Santos
Brasileiro – Arena Grêmio

Marcelo Hermes comemora o terceiro gol em foto de LUCAS UEBEL/GrêmioFBPA
Do jeito que o diabo gosta.
A expressão pode não ser a mais apropriada, se levarmos em consideração que muitos de vocês, caros e raros leitores gremistas desta Avalanche, devem ter se agarrado às crenças e santos.
Lá pelos lados da casa do pai, na zona sul de Porto Alegre, tenho certeza de que a imagem de Padre Reus foi sofada, apertada e muito solicitada.
Se não me engano, ele mesmo já contou, aqui neste blog, sobre a imagem do padre alemão do qual é devoto. O pai costuma mantê-la ao seu lado, enquanto assiste aos jogos do Grêmio. E é nela que se segura para pedir ajuda divina sempre que a situação se complica.
Confesso a vocês que eu tendo a não misturar as coisas: religião de um lado, futebol do outro. Imagino que, antes de ficar atendendo as minhas preces por gols, vitórias e títulos, Deus tenha coisas bem mais importantes para resolver na vida.
Mesmo assim, não encontrei outra expressão para definir meu sentimento diante do jogo desta noite: foi do jeito que o Diabo gosta.
Até parecia que, finalmente, teríamos um resultado tranquilo, daqueles de lavar a alma, principalmente depois de duas derrotas seguidas, coisa rara desde que Roger chegou ao Grêmio.
Após dois minutos de marcação intensa, sufocando o adversário dentro da área dele, Everton driblou seus marcadores, chutou forte, o goleiro não conseguiu segurar firme e Giuliano apareceu para completar na rede.
Verdade que demoramos para marcar o segundo gol e o adversário teimava em manter a bola em seu domínio. Porém, a forma compacta como nossos jogadores marcavam o time deles, dava a entender que o risco do empate era mínimo.
Por isso, não me surpreendi ao ver, aos 44 minutos, o segundo gol que surgiu de lance muito parecido com o primeiro. Everton arrancou, driblou, chutou e o goleiro soltou. Desta vez, era Douglas quem estava bem colocado para explodir a bola na rede.
A partir daí, o Diabo entrou em campo. E, com o perdão do trocadilho, foi um Deus nos acuda daqueles.
Pelo alto e na cobrança de escanteio levamos o primeiro e em um vacilo na marcação tomamos o segundo. Não bastasse isso, um jogador caía aqui machucado e o outro caía logo ali. Sem contar as trapalhadas do árbitro.
A impressão era que a chance de disputar a liderança seria mais uma vez desperdiçada.
Foi, então, depois de alguma insistência em errar passes, que o time encaixou um contra-ataque, Giuliano foi esperto ao perceber que Marcelo Hermes entrava com velocidade e passou a bola para o nosso lateral esquerdo desviar do goleiro, aos 44 do segundo tempo.
Tivemos ainda mais quatro ou cinco minutos de acréscimo para sofrer diante da TV e manter a promessa de não pedir a Ele nada que se refira ao futebol. Preferi depositar toda minha confiança em Roger e seu time que tinham demonstrado uma garra incrível para chegar aos três pontos.
Mas que o Diabo se divertiu às nossas custas esta noite, não tenho dúvida. Pior para o Santos!
heraldo · 454 semanas atrás
O que falei para alguns GREMISTAS : Prazer,sou o GRÊMIO
Wilson · 454 semanas atrás
Com isso nos livramos de Bobô para a tristeza do Roger.
humbertosm 102p · 454 semanas atrás
Matheus Tricolor · 454 semanas atrás
Carlos · 454 semanas atrás
G Vermes · 454 semanas atrás
heraldo · 454 semanas atrás
Grohe-Hermes - jailson -Walace -Guilherme -terminou
Foram usados 8 pias da base. Fazia tempo.
Para aqueles que não se interessam na gestão da ARENA,eu vejo o futuro.
Paul Kersey · 454 semanas atrás
Matheus Tricolor · 454 semanas atrás
Ancião Imortal · 454 semanas atrás
G Vermes · 454 semanas atrás
Marcos Tricolor · 454 semanas atrás
gremiocampeaomundial · 454 semanas atrás
Tenho um amigo que diz que a "tiriça do futebol" começa perto dos 10 e vai até os 12, talvez 13 anos de idade (depois disso a "tiriça" é pelo sexo oposto). Época boa, de viver e respirar futebol, jogar bola com garrafinha de Coca-Cola 600 e levar figurinha do campeonato pra bater na escola. Comecei a jogar mesmo e me ligar nesse assunto lá pelos 9 anos. Bem nessa época, outro tio meu aproveitou a deixa pra me levar com frequência ao Olímpico. Pelos meus cálculos, era primavera de 1994. No início ia de sangue doce, afinal, do outro lado sempre haviam times como Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Em pouco tempo, não havia mais resignação. Porque aprendemos algo que não conhecíamos bem à época: o potencial do Grêmio.
Comandado lá de cima por Fábio Koff e orquestrado em campo sob a batuta de Luis Felipe Scolari, transformamos adversários temidos e recheados de estrelas em meros coadjuvantes, e era a ver de eles temerem a nós. Não tínhamos Viola, Evair, Edmundo ou Romário, mas tínhamos uma razão pra justificar o temor: nós éramos O Grêmio. As musiquinhas de torcida da época - hoje batidas - afligiam qualquer incauto lembrando-os de quanto seus caros jogadores eram importentes contra nós. "Otário, quem tem Jardel não precisa de Romário". E por aí vai.
Perdi a conta de quantas vezes, fazendo outra coisa em alguma tarde de sábado, perguntávamos o placar do jogo e ouvíamos o revés parcial. Entoávamos o mesmo coro: "no intervalo o Felipão vira". Missão dada, missão cumprida. Se não sempre, quase sempre. Na mais memorável dessas, perdíamos por 2 x 0 para o Flamengo de Edmundo e Romário, lá no Rio, e já estávamos com um jogador a menos. Terminamos com dois jogadores a menos... e com um empate em 2 x 2. "Tem time que não sabe jogar contra dez" - Luis Felipe Scolari.
Vivi isso tudo durante praticamente toda a "tiriça do futebol". Sorte minha, já que os anos subsequentes não seriam a mesma coisa. Mesmo tendo ido muito ao Olímpico, o jogo mais incrível a que assisti lá dentro foi a final em 1996. Mesmo acreditando, diante das adversidades desde antes do jogo, aos quase 40 do segundo tempo a aflição era compreensível. Até o tempo parar, no gol de Aílton. Inefável, seria impossível descrever.
Aí eu entro num blog "do Grêmio", frequentado em tese por gremistas, e sou taxado de "corneteiro" a menos que concorde com absurdos do tipo "sem dinheiro não podemos fazer nada", ou "o Roger é um baita treinador, com esses atletas ninguém daria jeito". Sim, ninguém em que uma mente comum e medíocre consiga pensar. Quando o Grêmio foi campeão em 1993, Cassiá saiu e Koff achou Felipão. Se fosse outro presidente teria trocado pelo Roth da época, seja este quem fosse. Sempre tem algum.
Por tudo isso que acabei de falar, que me desculpe o Algoz, mas não dá pra fingir que está tudo certo. Eu já vi tudo certo - e tinha talvez menos dinheiro que hoje - e não é assim. Comemorar a vitória, OK. Reclamar que o primeiro comentário foi corneta, vá lá (apesar de eu não considerar críticas fundamentadas como sendo corneta, mas OK). Agora "Pollyanismo" não! E a única babaquice que eu ODEIO mais do que essa é a cantilena do $$$ (môneibol)! Graças a Deus eu não nasci palmeirense, que até hoje lambe o saco da Parmalat. Nasci GREMISTA e vi o grande Grêmio dos anos 90! POBRE e CAMPEÃO, COMENDO O RABO DOS "ELENCOS GALÁCTICOS" da época!
P.S.: Ontem o Roger não ajudou mas também não atrapalhou. Gosto de ser justo portanto fica aí o registro. Só que pra mim isso é POUCO! Quem está satisfeito assim, OK.
Fabio · 454 semanas atrás
historiaquestionada 89p · 454 semanas atrás
Eu espero que apareçam mais jogadores de empresário como esse rapaz, ainda gostaria de vê-lo jogando como meia, sem ter que se preocupar tanto com a marcação.
Gilberto Rezende 106p · 454 semanas atrás
2) Agora querer colocar o Jailton no lugar do Lincoln, do Miller, do Douglas ou do Giuliano na meia, ISTO SIM É INCRÍVEL;
3) pela bolinha de sagu que andam jogando tanto Maicon como Walace, já dá para ter uma certa curiosidade de como se sairiam Kaio E Jailton como a dupla de VOLANTES do Grêmio;
alexandre · 454 semanas atrás
Gilberto Rezende 106p · 454 semanas atrás
Wilson · 454 semanas atrás
Já não basta essa naba tomar o lugar do Hermes, agora pretende tomar do bom Jailson no carteiraço?
Esse bruxismo do Roger ja passou dos limites.
halfed · 454 semanas atrás
Expliquei que se dava pelo bruxismo com o alahuakbar.
Mas agora que eu me dei conta de que o Roger havia sacado o Thyere pra colocar o Hermes! Claro, o alahuakbar não saiu, foi pra zaga...Foda.
Tinha esquecido disso, provavelmente por causa das brejas...:)
meh · 454 semanas atrás