11 de junho de 2016

Daniel Matador - Com essa arbitragem, empate foi lucro

Fluminense 1 x 1 Grêmio



Caros

O time de Roger viajou ao Rio de Janeiro para jogar no acanhado estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, contra o Fluminense. A cancha na terra da siderurgia (por conta da existência da CSN) comporta em média 20 mil torcedores. Para se ter uma ideia da expectativa de público que o tricolor carioca esperava, principalmente depois da saída de seu principal nome, o centroavante Fred, que reforçou o Atlético-MG. Mas o esquadrão gremista não tinha nada a ver com isso e precisava somar pontos para continuar no G4 e, se possível, continuar na luta pela liderança do campeonato.

Sem poder contar novamente com Grohe e Walace, que estão na seleção, e Luan, que levou o terceiro cartão amarelo na última rodada e cumpria suspensão, Roger repetiu a escalação de Grassi no gol e Ramiro no meio de campo, optando também por colocar Bobô como companheiro de Éverton na frente, modificando a característica do ataque. O restante da escalação foi a mesma que havia vencido a Ponte Preta no jogo anterior. Na realidade, contanto com todos os desfalques (inclusive Miller, que está na seleção equatoriana), eram 11 jogadores indisponíveis. Complicado, mas é do jogo.

Primeiro tempo
Fluminense 0 x 1 Grêmio

Logo no início, aos 4 minutos, o Fluminense já assustou com um chute cruzado e rasteiro que foi pela linha de fundo. Aos 10, Douglas deu grande passe para Bobô, que acabou concluindo para boa defesa de Diego Cavalieri. Aos 16, um chute de fora da área desferido pelo time carioca que não chegou a levar grande perigo. O Grêmio seguia na mesma toada de sempre, tocando a bola sem pressa. Aos 23, Grassi fez um verdadeiro milagre ao defender um chute à queima-roupa de Cícero.

Aos 25, Henrique meteu de forma clara a mão na bola dentro da área e o árbitro se fez de cego e mandou o jogo seguir. A famosa GARFEADA! Mas a coisa não parou por aí. Aos 34, Edílson levou um carrinho criminoso por trás e o árbitro nada marcou. Ramiro foi cobrar uma posição e foi expulso!!! Mas os deuses do futebol não estavam descansando e viram que a roubalheira estava demais. E aos 40, após receber uma bola por seu lado por conta de uma boa trama de Giuliano e Bobô , Marcelo Hermes livrou-se do marcador e deu um toquinho sutil por cima do goleiro, abrindo o placar para o tricolor! Aos 46, Gustavo Scarpa emendou um perigoso arremate de fora da área. E logo em seguida acabava um primeiro tempo onde o Grêmio, mesmo sendo escandalosamente ROUBADO, vencia parcialmente a partida.





Segundo tempo
Fluminense 1 x 0 Grêmio

Os primeiros 10 minutos foram de movimentação, porém sem riscos de ambos os lados. O tricolor, justamente por estar em desvantagem numérica, tentava cadenciar o jogo, algo que consegui fazer com certo sucesso. Aos 13, após cruzamento da direita, Jonathan cabeceou para fora. Aos 18, Bobo saiu para a entrada do garoto Jaílson. O Grêmio não conseguia avançar e repelia as jogadas dentro de seu campo de defesa. E o árbitro continuava invertendo faltas, escanteios e afins.

Aos 28, Éverton saiu para a entrada de Tilica. No minuto seguinte, após receber uma bola alçada na área, Marcos Júnior dominou a bola COM A MÃO e empatou o jogo para alegria carioca e principalmente do árbitro, que tanto esforço fez para que isso acontecesse. Aos 30, após cobrança de escanteio, outro lance de muito perigo para o tricolor do RJ. Aos 34, Douglas saiu para a entrada de Bressan. Aos 41, o Fluminense perdeu a chance de virar o placar após rebote de jogada de Magno Alves. Aos 42, quase que Tilica faz o crime, mas Cavalieri estava atento. O árbitro marcou jogo até os 50, quando apitou o final da partida e encerrou esta grande roubalheira.




Como jogaram:
Grassi: boas intervenções e uma defesa muito importante no primeiro tempo. Sem culpa no gol. Nota 7
Edílson: tomou conta da lateral direita. Boa presença defensiva, apesar de não ter contribuído no apoio como das outras vezes. Nota 7
Geromel: a segurança de sempre, apesar de que poderia ter coberto melhor no lance do gol. Nota 7
Wallace: até o momento, tem feito boa parceria com Geromel. Não compromete. Nota 6
Marcelo Hermes: fez bem a lateral e, ainda por cima, marcou um belo gol quando o time já contava com um jogador a menos e poderia abalar-se no jogo. Nota 8
Ramiro: vinha fazendo o feijão com arroz no meio de campo, até ser expulso de forma muito estranha. Nota 5
Maicon: fez uma partida regular, sem muito brilho, porém também sem comprometer. Nota 5
Douglas: vinha bem até o time ficar com um a menos, quando não conseguiu mais explorar o ataque com suas assistências. Nota 5
Giuliano: movimentou-se bastante e teve papel no gol que abriu o placar. Afora isso, não fez nada de muito especial. Nota 5
Éverton: muito apagado, não soube explorar sua principal qualidade, a velocidade. Até ajudou a recompor quando o time estava com um a menos, mas é pouco para um atacante. Nota 3
Bobô: muita vontade, apesar de não ter tido grandes chances. Participou da jogada do gol de Hermes. Saiu antes da metade do segundo tempo para a entrada de Jaílson. Nota 4

Jaílson: entrou no lugar de Bobô com a missão de recompor o meio de campo. Nota 4
Tilica: entrou no lugar de Éverton para fazer o que o Cebolinha não fez, porém sem sucesso. Não aproveitou a chance que teve ao final do jogo. Nota 3
Bressan: entrou no lugar de Douglas para tentar dar uma melhor composição defensiva ao time. Nota 4

Roger: montou uma boa estratégia no início do jogo, a qual foi desmontada com a expulsão de Ramiro. No intervalo, não conseguiu remontar uma composição que evitasse a pressão do Fluminense, apesar de que é sempre complicado jogar com um a menos. Botou Bressan no segundo tempo, uma substituição sem explicação. Nota 4

Arbitragem: Andre Luiz de Freitas Castro (GO), auxiliado por Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Eduardo Goncalves da Cruz (MS). Logo no início, notava-se que o árbitro já estava mal-intencionado, tanto que deixou de marcar duas faltas claras sofridas por Éverton. E deixou de apontar um pênalti escandaloso cometido por Henrique, que meteu clamorosamente a mão na bola dentro da área. Deixou de marcar várias outras faltas, além de um carrinho por trás em Edílson e ainda expulsou Ramiro na sequência, aparentemente de forma arbitrária. Para coroar sua atuação patética, não viu Marcos Júnior dominar a bola com a mão no gol de empate do Fluminense.

O público em Volta Redonda foi ridículo, cerca de 3 mil almas. O Fluminense não merece mais do que isso. E a torcida gremista que lá compareceu também não merecia ver a roubalheira escancarada que ocorreu no Raulino de Oliveira. Uma vitória seria um resultado fantástico. Um empate, dadas as circunstâncias, acabou sendo razoável e manteve o time no G4. Na próxima quarta-feira, outro jogo fora de casa, desta vez na Arena Condá, contra a Chapecoense. Mais uma chance de continuar na ponta do campeonato.

Saudações Imortais

P. S.: na tarde de hoje, ocorreu Gre-nal pelo ruralito Sub-17, no CT Hélio Dourado. E o placar foi o já característico 5 x 0, outra SARANDA na coloradagem. É bom para a gurizada red aprender desde cedo como é que funciona o negócio e já ir curtindo o lombo para as sovas que virão.