O futebol é uma atividade maravilhosa, digna de grandes momentos. São incontáveis as histórias de sucesso e superação que esse esporte nos proporciona. Seguidamente, ficamos frente à frente com episódios que nos emocionam e trazem lufadas de esperança. É bem verdade, que a toda hora presenciamos atitudes pouco louváveis e que desmerecem o nosso respeito, como violência, brigas de torcidas, corrupção, manipulações, negociatas e por aí afora. Até perdemos o fio da meada, de tantas falcatruas que batem na nossa face como ondas de um mar agitado. Em certos momentos, nos sentimos como os bobos da corte e somos tomados pela revolta. No auge da irritação, muitos pensam até em abandonar tudo e se afastar do futebol.
Mas por algum motivo, talvez teimosia ou preservação da sanidade, prefiro direcionar minhas energias para coisas positivas, que agreguem valor à minha existência. E quando vejo, lá estou eu envolvida sentimentalmente com coisas que elevam meu espírito e me fazem crescer como ser humano.
Não dou o braço à torcer, de jeito nenhum. Até me aborreço por um par de horas, mas logo esqueço e já estou pegando em armas para voltar à batalha. Sim, porque a vida é uma batalha sobre a próxima.
Depois do episódio da Piratinha Tricolor e da demonstração de dignidade e carinho do atacante gremista Hernán Barcos, fenômeno de popularidade, deparei-me neste domingo com uma matéria no Jornal O Estado de São Paulo sobre o meia gremista Zé Roberto. Fiquei tão impressionada e feliz com aquilo que li, que julguei importante dividi-la com a torcida gremista leitora deste blog. Já era grande admiradora do jogador pelo seu total profissionalismo e dedicação, mas a partir de agora passo a admirá-lo ainda mais e a sentir um grande orgulho de tê-lo vestindo a camiseta sagrada do meu time.
Esse cara é a pessoa certa para continuar no clube após aposentadoria e ajudar a orientar os meninos que seguirão carreira no futebol. Ele é perfeito para a função!!!
Abaixo, reproduzo a matéria completa do Jornal O Estado de São Paulo.
Desejo uma ótima leitura a todos!
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“Veterano, Zé Roberto esbanja um preparo físico invejável aos 38 anos "
Como a gente faz para ter esses “gominhos” na barriga? Essa foi a pergunta que Zé Roberto ouviu de seus colegas depois de ter tirado a camisa em sua apresentação oficial no Grêmio em junho do ano passado.
No caso de Zé, quem vê cara (e os gominhos) vê o coração. A exemplo do abdômen, o camisa 10 do Grêmio também cuida do espírito. Foi assim desde a infância sofrida na Vila Ramos, zona leste de São Paulo.
Zé Roberto: driblando a vida. Profissionalismo acima de tudo. |
A casa de Zé Roberto e seus cinco irmãos era a única que não tinha portão e as janelas tinham remendos com pedaços de madeira. O telhado era um zagueiro que não dava conta das habilidosas pingueiras. De dia, os meninos catavam lata, cobre e papelão para vender no ferro-velho e, com a renda, compravam bolachas. O almoço era arroz com ovo, o máximo que a dona Maria Andrezina da Silva conseguia colocar na mesa com os dois empregos. Uma vez, um dos irmãos queimou a boca ao tentar comer gengibre pensando que pudesse substituir uma batata. O pai? Bebia. E, quando bebia, ficava violento. Fogos de artifício imaginários explodiam na cabeça do menino quando um dos amigos o convidava para ir para casa. Sabia que conseguiria filar a boia. O próprio meia reconhece que foi por milagre que não virou assaltante, viciado ou traficante. Era o futebol que o fazia esquecer da vida.
SEM MISTURA
Dona Andrezina começou a ouvir as pessoas falando que Zé jogava bem e resolveu fazer o gosto do menino. Tirou o dinheiro da mistura para pagar a passagem de dois ônibus e metrô para o menino treinar no Pequeninos do Jockey, clube amador que alcançou grande prestígio no futebol europeu graças aos títulos nas categorias juvenis na década de 90 e que tenta entrar no Guiness por causa dos 220 troféus. “Hoje, ainda me emociono com os sonhos de algumas mães”, conta Zé.
A medida da importância de Zé Roberto para o Pequeninos está na saudação do fundador e presidente José Guimarães Junior. Antes de mais nada, ele manda. “O Zé faz aniversário no dia 6 de julho”, diz o septuagenário, com a memória nos trinques. E a língua também. “Ele é um dos orgulhos da minha vida.”
Com o dinheiro das rifas que a mãe organizava e dos empréstimos a perder de vista feito com familiares, o menino treinava, mas sabia que o futebol estava na corda bamba. Aos 16, desistiu e foi cortador de carne e office boy. A mãe foi mais insistente que ele e arrumou duas peneiras, uma delas na Portuguesa. E o resto já está na enciclopédia do futebol.
Participou do melhor time da história do clube, vice-campeão brasileiro em 1996 e está na seleção de todos os tempos escalada pela própria Lusa. Em 1997, voou para a Europa e jogou oito anos na Alemanha, no Bayer Leverkusen e no Bayern de Munique. Virou ídolo. Em 2007, voltou ao Brasil e foi campeão paulista com o Santos. Resistiu aos apelos da diretoria para renovar o contrato e foi para o Hamburgo. É o segundo estrangeiro que mais atuou na Bundesliga (o primeiro é o peruano Claudio Pizarro).
“Muitos veículos de comunicação pedem entrevistas. Na semana passada, pediram um depoimento sobre os 50 anos do Campeonato Alemão pela importância que eu represento para essa história. Fico orgulhoso”.
ESCRITOR
Faltou falar do livro. Sim, o jogador já virou escritor. Sua vida virou o livro Um sonho para a vida na Alemanha. E, no Brasil, virou Colhendo frutos em terra seca, cujo título foi sugestão da mulher, Luciana.
Quando a reportagem do Estado foi adquirir o livro, em uma loja especializada no centro de São Paulo, o volume estava com 80% de desconto. “Eles imprimiram bastante”, explica a atendente, justificando os seis mil volumes da primeira edição.
“A publicação foi importante para a Central Gospel, porque o livro apresenta uma linda história de superação. Seu testemunho tem causado grande impacto de fé”, afirma o gerente editorial Gilmar Chaves.
A terra seca não parou de dar frutos. Depois de ter sido reserva de Roberto Carlos na Copa de 1998, foi protagonista em 2006 como o único brasileiro da seleção daquele Mundial, feita pela Fifa. Zé confessa que não fica na expectativa pelas convocações da seleção e só pensa jogo a jogo.
Só para recuperar um fio que ficou solto lá atrás: os amigos contam que o inevitável acerto de contas com o pai, que tentou se reaproximar, aconteceu recentemente. Zé Roberto montou uma carpintaria para o pai, mas não quis tentar reatar a amizade.
Zé Roberto é evangélico fervoroso, mas está atento às “coisas do mundo”. Seu filme preferido, por exemplo, é À Procura da Felicidade, aquele em que Will Smith come o pão que o diabo amassou - não gengibre - como um pai solteiro que chega a dormir na rua como o filho, mas não perde a esperança. “Ele consegue o objetivo sem passar por cima de ninguém. É preciso valorizar isso. Por ser uma história real, também nos dá esperança de ir atrás dos nossos sonhos”, analisa o craque.
Zé entregou o final do filme com Will Smith, mas isso é o de menos: quando ele fala, mostra que não é só abdômen que foi bem trabalhado nesses anos e anos de carreira...
J.Zart · 626 semanas atrás
jbighead 96p · 626 semanas atrás
Parabens ao Zé! FORÇA GRÊMIO !!!!!
Imortal Passo Fundo · 626 semanas atrás
Regis · 626 semanas atrás
Vemos muitos e muitos garotos se perderem quando viram profissionais. Muitos, infelizmente, nem com o exemplo do Zé vão aprender. Mas que a contratação dele poderia ajudar outros tantos, ninguém duvida!
BetoImortalTricolor · 626 semanas atrás
Grande de Zé 10, que neste ano voçê erga a taça da LA 2013, e na consecutivo da mundial e quem sabe o Brasileirão anda é impossível pois nos Gremistas sempre acreditamos.
Nessas histórias que vemos o quanto o sofrimento não é problema e sim Deus pede para nós nos superarmos e muito mais com AMOR em tudo.
Concerteza segue de exemplo para o guris da base e do mundo.
Força GRÊMIO.
Alento e Gremismo sempre.
Abraços.
Gustavo · 626 semanas atrás
Parabéns ao grande Zé da Arena.
Josue Antonio · 626 semanas atrás
Sem duvidas eh o jogador que mais admiro do elenco atual.
Lembro que quando era pequeno, tinha como idolo o Rivarola pela entrega em campo, agora que sou pai tambem, eh bom ter jogadores que possa apontar e mostrar para meu filho (futuro meia do Tricolor hehehe) que esse cara eh demais. E o Ze, que fique no Gremio pelo tempo que quiser.
Sócio Brasília · 626 semanas atrás
Neemias · 626 semanas atrás
CarazinhO · 626 semanas atrás
Tiago · 626 semanas atrás
jbighead 96p · 626 semanas atrás
Roberto - Sócio · 626 semanas atrás
Pelo que contou o problema do MM9 não seria apenas sair para balada...fosse só mulher e um trago eventualmente estaria tudo certo! O problema, infelizmente, parece ser bem pior (nem vou comentar).
Fiquei chateado, pois o Marcelo Moreno é um cara bacana, que sempre demonstrou respeito e atenção para com os torcedores (ainda que o pai seja um idiota) só que, por outro lado, entendo a direção: não dá para fazer caridade ao custo de R$ 400 mil/mês...se ele esqueceu que é um atleta e que o corpo é a sua ferramente de trabalho....que vá obter seu sustento de outra fonte.
Pe sc · 626 semanas atrás
... agora trocando de assunto, as vezes entro nesse blog: http://www.gremioacimadetudo.com.br/2013/03/gremi... , e confesso que sempre fico muito preocupado, e ai pessoal que voces acham?
Josué Antonio · 626 semanas atrás
Por exemplo, o Grêmio poderia firmar um contrato de 4 anos com o clubinho de São Paulo. Seria uma espécie de patrocinador do clube e promoveria peneiras nas periferias de São Paulo. Sempre com um olheiro ligado ao clube acompanhando. O garoto treinaria durante 1 ano no clube de São Paulo, disputaria torneios de base lá e, caso interessasse ao Grêmio e ao garoto, no final do período de 1 ano poderia ser "transferido" para Porto Alegre, sendo que qualquer lucro em caso de futura venda do talento (mesmo sem vínculo de contrato profissional entre moleque e Grêmio, creio que haja como "apalavrar" juridicamente um acordo entre os dois clubes) seria dividido 50%-50% entre os clubes formadores.
Quem sabe não surgiria um Zé Robertinho?
E ainda ajudaria a promover a marca do Grêmio em um estado de população imensa como é o de São Paulo.
Antonio Hoefel · 626 semanas atrás
Antonio Hoefel · 626 semanas atrás
Diogo · 626 semanas atrás
Diogo · 626 semanas atrás
Gustavo · 626 semanas atrás
Manda pra ele: ajudeokoffapensar@gremio.net
ArthurJ · 626 semanas atrás
Mas enfim:
Tem que parar com estes discursos anti-Arena, ou criticando o negócio, ou fazendo terrorismo como aquele tal de Chiele. Ao menos pra discurso externo.
A Arena é ducaralho! É foda! É um baita estádio, a acústica é incrível, tu fica próximo do gramado e tudo mais. Temos todos que abraçar a Arena (e a direção tem que fazer um marketing forte, trazer o torcedor junto!). Por exemplo:
- Por que até agora não foi implementado um sistema pra que o sócio possa disponibilizar sua cadeira qdo não vai? Certamente teríamos vários ingressos disponíveis e num setor muito mais barato (o anel superior). E o melhor de tudo: essa renda iria só pro Grêmio, afinal, ele já "pagou" pelas cadeiras dos sócios à Arena POA (e não à OAS). E seria um incentivo pra quem é sócio-torcedor (teria 50% de desconto nas cadeiras superiores).
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A direção tem, sim, que cobrar da Arena POA:
- Perfeição nos acabamentos e na obra como um todo.
- Finalização das áreas comerciais/loja do Grêmio/museu
- Restaurantes/lancherias pela Arena.
- Maior interação com a gestão dos jogos (ou deixar isso à cargo do Grêmio de uma vez).
Com isso, o torcedor chega cedo pro jogo, curte a Arena, passeia pela esplanada, come um lanche, vai na lojinha, etc. Tem que ter isso!
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Fazendo uma crítica:
Uma coisa que me assustou foi passar pela calçada da fama: fica todo mundo passando ali por cima dos "pés", e alguns estão até rachados! Depois de todo o cuidado pra remover lá do Olímpico, a colocação me parece ter sido feita sem o mesmo cuidado, ou então, não pensaram muito bem que teria um contingente enorme de pessoas passando em cima. Acho que o mais correto teria sido colocar uma proteção de vidro (ou colocar dentro do museu)
nelsongz 67p · 626 semanas atrás
ArthurJ · 626 semanas atrás
O mais correto é estabelecer um paralelo ao Olímpico:
- Qual era o lucro líquido com bilheteria no Olímpico? Como é hoje na Arena?
- Quantos sócios tínhamos com o Olímpico? Quantos temos hoje?
- Qual é o saldo do que recebemos dos sócios com o que tem que ser pago à Arena POA?
Só assim pode-se ter uma noção exata do negócio.
Além do mais, não foi sempre dito que a principal fonte de receita do Grêmio eram, nessa ordem: TV, Venda de jogadores, sócios e por último bilheteria?
MARCELÃO · 626 semanas atrás
Marcio Grêmio · 626 semanas atrás
heraldo · 626 semanas atrás
Al Denis · 626 semanas atrás
Al Denis · 626 semanas atrás
Bruno · 626 semanas atrás
@jonasbsilveira · 626 semanas atrás
O Grêmio abaixando a cabeça pra FGF... Que vergonha. Toma o WO e dá os três pontos pro Cruzeiro, que tá até precisando, estamos praticamente classificados! Eles que mudem o horário do Interzinho, por que só o Grêmio se fode com horários, calendários, datas? É um absurdo.
Esse "então tá, tudo bem" é manifestação de fraqueza. Ano após anos somos usados e roubados pela federação, agora cada vez mais desprezados pela BM. É hora de reagir publicamente: esvazia o campeonato, coloca o juvenil ou larga de mão de vez, abandona. Deixem essa coloradagem falando sozinha.
Não dá pra aturar tanto fogo-amigo no Grêmio e nada sobrando pros inimigos.
Tiago · 626 semanas atrás
Pra mim esse cara já é um ídolo e não é de hoje.
joao jose ruas · 626 semanas atrás
PiticaGremio 113p · 626 semanas atrás
Marcão 1903 · 626 semanas atrás
O Grêmio perde sim a soberania sobre sua torcida. Perde muito dinheiro... claro que para ter um estádio destes e sem ajuda de ninguém haveria um preço a ser pago, mas não houveram consultas adequadas, coisas foram feitas às pressas.
O principal é que está sendo DIFICÍLIMO DIMENSIONAR o que irá acontecer. Esta névoa não pode existir. O contrato é complicado e o clube não pode aceitar e assinar, decretar o próprio destino às escuras.
Gostaria que o clube pedisse a nulidade do contrato justamente pq não é possível concordar com algo que não se sabe o que será mais a frente. Também acredito que deveriam ser inegociáveis questões do patrimonio e soberania. O negócio deve envolver a construção do estádio e não a identidade do clube.
Não estou aqui pregando pessimismo ou coisas negativas. Estou tentando entender o que se passa com o clube que amo e não quero que seja feito um negócio prejudicial só pq uma dúzia de cabeças decretou que era bom na época.
Até quando todos os torcedores continuarão a ter que bancar afobações. É possível, inclusive, desconfiar da lisura e honestidade deste contrato. E quem sabe existam, nisso tudo, brechas para algum ganho excuso por parte de alguns desta dita elite que fez tudo correndo e PISOTEANDO o bom senso.
Agora a batata quente está com o sr. presidente não duvido muito que com os 10 milhões de torcedores que provavelmente terão que lutar para evitar o pior. Não é fácil ser Imortal, além de tudo existe o fogo amigo.
Marcão 1903 · 626 semanas atrás
Apenas o clube não pode assumir custos e responsabilidades que custem a ele próprio. Ele, o clube, não pode sumir nessa poeira. O Grêmio (1903) não pode fazer um negócio de certezas e números instáveis que balançam ao sabor dos ventos.
Isto tudo me lembra aquele repórter do consumidor cujo jargão era " estando bom para ambas as partes". O contrato não pode ser ruim para uma das partes, senão é lesivo, o acordo não pode ter obscuridades, coisas difíceis de prever que irão acontecer. Lembrem-se que o Odone disse que para dar certo o Gremio precisará ter 200.000 sócios.
COMO É QUE ASSINAM UM CONTRATO LEVANDO EM CONTA QUE TEREMOS QUE TER 200.000 SÓCIOS ??
Para qualquer juiz do consumo e bem intencionado este contrato morreu na casca.