4 de setembro de 2013

Balde de gelo e lições da derrota

O jogo de ontem foi como um balde de gelo sobre a cabeça em manhã de inverno. Daqueles que dá paralisia cerebral e o sujeito perde o rumo. Não foi nada bom o desempenho da equipe do Grêmio frente ao Goiás. Faltou aquele algo mais que sobrou nas últimas cinco partidas. Mas para mim, duas coisas ficaram bem claras:

a) Rodholfo é insubstituível. É soberano e absoluto. Ele é o maestro na zaga que emana sensação de solidez e segurança aos outros dez. Duvido que Walter fizesse o que fez na sua presença.

b) Riveros é peça fundamenta na equipe, pois oferece tranquilidade e equilíbrio ao meio-campo. Sob sua experiência e visão de jogo, os outros crescem e esbanjam confiança.

Mas a derrota de ontem fora de casa não é motivo para desespero e nem execração de jogadores. Eu já esperava que isso fosse acontecer em algum momento. Não vou citar erros de um e outro, pois considero que todos devem ser conscientes de sua existência e saber lidar com isso. É claro que a derrota estaria no nosso caminho. Não existe a possibilidade de vencer todas em um campeonato tão longo. O importante é que a equipe e a comissão técnica saibam extrair as lições da derrota para sanar os erros cometidos fazendo que elas se repitam o menor número de vezes possível.

Na minha opinião, para ser vencedora uma equipe madura deve saber identificar sua deficiências e trabalhar para que elas sejam minimizadas já que campeão não é aquele que acerta sempre, mas também é aquele que erra menos. Devemos saber identificar nossos pontos fortes e fazer todos os esforços para que eles se solidifiquem. Extrair lições de um mau resultado é peça chave para o sucesso. De todos os comentários sobre o jogo, selecionei um que traduz mais ou menos aquilo que penso sobre o jogo de ontem.

nelsongz 

"Hoje foi ruim, muito ruim, mas um dia tinha que acontecer, não era possível ganhar sempre.
Ao que parece ninguém lembra que o time vem jogando de 72 em 72 horas, hoje jogou sem Rhodolfo e Riveros, que vinham jogando todas, além de Vargas. Quanto ao Zé Roberto, entrou em campo, mas não jogou. Assim, os secadores oportunistas somaram-se aos descontentes com o esquema e a corneta está forte, muito mais do que devia.

Gremistas, nos últimos seis jogos do brasileirão o aproveitamento é de 83%. Quem acha pouco? Se vencermos a Portuguesa sobe para 88,88%.

A atuação foi ruim, eu também achei, mas gostei da entrevista do Renato ao final do jogo. Retomou o discurso da união do grupo, do trabalho, do empenho. Acho que no próximo sábado vamos retomar o caminho das vitórias, uma nova série de vitórias.

Vamos ser campeões? Não sei, mas acho que estamos no caminho. Um tropeço é normal."



Acho que o momento é de apoio ao time e presença maciça da torcida na Arena nos próximos jogos. O Grêmio é clube de torcida forte e tradicionalmente mete medo no adversário quando o jogo é na nossa casa. Não tem nada de se mixar diante de um mau resultado. Clubes vencedores passam por cima de qualquer adversidade.Inclusive do salto alto quando as vitória tornam-se rotina (esse salto alto é um perigo). Peço aos jogadores e comissão técnica muito cuidado com a soberba. Ela pode ser traiçoeira e matadora.

Para a torcida um recado: o momento de mostrar a força é agora. Vamos todos para cima, acreditando no trabalho que está sendo feito. E dá-lhe, Grêmio!!!!!!
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Observação: O post original foi deletado inadvertidamente.