Depois das lambanças extra campo, voltemos ao gramado.
O futebol tem coisas engraçadas. Todo mundo dá seus palpites e sempre pensa que sabe mais que os outros todos. Na minha opinião, é exatamente isso que torna este mundo particularmente interessante, pois nunca há unanimidade em nada a respeito da equipe, do técnico, do esquema, da direção, da imprensa...
Enfim, sempre haverá aquela voz discordante para dar um "sacode" no ambiente.
Isso é salutar, pois não?
A estatística nos mostra que o Grêmio do 3-5-2 tem quase 80% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro (79% para ser mais precisa). Com três zagueiros na equipe, o índice de aproveitamento é altíssimo. Um belo número, de encher os olhos.
Porém, ainda há muitos torcedores e analistas de futebol que torcem o nariz para essa escalação, segundo eles, exageradamente defensiva. Eu gosto muito. A equipe encorpou-se e demonstra mais segurança com essa formação. Acho que o nó da discórdia, seria o meio, com muitos volantes. Renato tem optado pela escalação de jogadores com características mais defensivas. Confesso que aí eu já penso diferente. Acho que ao invés de três volantes, deveríamos ter no máximo dois e mais um meia criador.
Todo mundo aqui no blog sabe de minha profunda admiração pelo Zé Roberto. Adoro esse jogador, o considero o exemplo mais bem acabado de um profissional nota dez, e até o quero no Grêmio depois da aposentadoria ajudando nas categorias de base. Mas é com muita tristeza no peito que tenho de dizer: Zé, infelizmente, não é o jogador agudo e criativo do meio que precisamos. Na minha opinião, o lugar de Zé é onde joga Riveros. Os dois teriam de disputar a posição? Infelizmente, acho que sim. Na verdade eu gostaria muito dos dois no time, mas já deu para ver que isso não irá funcionar. Porque precisamos urgentemente de um meia de verdade, daqueles que coloca o time dentro da área adversária.
Não sei se estou certa, muita gente irá discordar, mas são só algumas impressões após assistir a todo o primeiro turno do campeonato e ainda sentir falta daquele algo mais. Daquele toque de midas, que transforme as jogadas em oportunidades incontestáveis de gol e que dê ao ataque tricolor uma ferramenta mais efetiva na hora de atacar.