31 de agosto de 2014

Vitória depois e apesar da tempestade

Grêmio 1 x 0 Bahia

Primeiro tempo: 0 x 0



Pará e Werley foram esquentar o banco. Uma boa notícia nesta semana de histeria, sacanagem e desesperos.
O Grêmio começou o jogo como se estivesse anestesiado pelos acontecimentos de quinta-feira. Um pouco indolente. Sem vibração.
Aos 12 minutos o primeiro lance mais agudo. Giuliano bateu de fora da area. Fraco para a defesa do goleiro. Aos 13 minutos Dudu quase fez. A bola saiu para escanteio.Ramiro deu grande passe para Barcos que bateu na rede pelo lado de fora. Eram 17 minutos.
Dudu errou de novo aos 20 minutos. O Grêmio não conseguia se impor e o Bahia começou a gostar do jogo.
Depois de 10 minutos sem atacar o Grêmio chegou. Alán Ruiz deu uma bomba para a lateral. O i$ento da RBS pediu para a torcida vaiar.
Fellipe Bastos bateu uma falta forte para defesa do goleiro aos 33 minutos.
Dudu aos 35 minutos mostrou mais uma vez que é um desastre nas conclusões. Isolou para fora do estádio da entrada da área.
Aos 37 minutos o Bahia chegou com perigo. A bola foi para a linha de fundo.
E foi isto. O primeiro tempo terminou sob vaias.

.....
Se foi a derrota para o Santos. Se foi o episódio que continua repercutindo fortemente em todo o Brasil. Não se sabe a razão real. Mas o time entrou sem alma. Apático. Mole.

E o primeiro tempo refletiu isto.

Segundo tempo: 1 x 0 


Biteco
voltou no lugar de Alán Ruiz e quase fez um gol aos 2 minutos.

O Grêmio forçava mais mas não conseguia criar. Aos 10 minutos Fellipe Bastos bateu de fora da área para fácil defesa do goleiro.
Aos 14 minutos, enfim, o gol. Barcos, depois de grande jogada de Giuliano, entrada raçuda de Dudu e oportunismo de centro-avante.
Aos 25 minutos Pará entrou no lugar de Matías
O juiz começou a castigar o Imortal. Inventava faltas e aos 30 minutos deu cartão amarelo para Barcos. Que está fora do próximo jogo.
Aos 33 minutos Zé Roberto deu uma bomba para defesa espetacular do goleiro.
Aos 44 minutos Felipão tirou Dudu e pôs Bressan. Nestas alturas o Bahia pressionava e empurrava o Grêmio para a defesa.
E o jogo acabou.
.....

O ambiente no estádio era de tristeza e de depressão. Pela derrota de quarta, mas principalmente pela campanha sórdida que está sendo feita contra o Grêmio.

O time enfrentou tudo isto. Não jogou bem, especialmente no primeiro tempo. Mas ganhou. O que era o mais importante.
Agora enfrentar a campanha hipócrita cheia de ódio.
E seguir em frente. 
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Como jogaram:

Grohe: Um primeiro tempo só de intervenções. E um segundo tempo igual.
Matías Rodriguez: Fraco no primeiro tempo, Levou um cartão amarelo estúpido. Saiu machucado e com o terceiro amarelo.

Rhodolfo: Firme.
Geromel: Firme. Não se entende porque foi sacado do time.
Zé Roberto: Bem na lateral de novo.
Fellipe Bastos: Não apareceu muito mas não comprometeu. Cresceu no segundo tempo.

Ramiro: Algumas jogadas medíocres. Mas a garra de sempre.
Giuliano: Não apareceu no primeiro tempo. Fez grande jogada para o gol de Barcos. Jogou muito bem no segundo tempo.
Alán Ruiz: Bem. Saiu no intervalo.
Dudu: Não sabe chutar e por isto tem a atuação muito prejudicada. Mas é um lutador.
Barcos: O melhor do time no primeiro tempo. E o melhor pelo gol


Matheus Biteco (Alán Ruiz): Entrou muito bem. Belíssima atuação.
Pará (Matias Rodrigues): Com a garra de sempre.
Bressan (Dudu): Entrou no final para segurar. E segurou.

Felipão: Mudou o time com a entrada de Biteco.
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Arbitragem: 
Péricles Bassols Cortez (Fifa-RJ) e Rodrigo Corrêa e Dibert Pedrosa Moisés (RJ) - Errou quase sempre contra o Grêmio

30 de agosto de 2014

Seu Algoz e Daniel Matador: Somos de todas as cores



Lupicínio: negro, autor do hino do Grêmio

O Grêmio jogou contra o Santos a melhor partida dos últimos tempos. Jogou como nunca e perdeu como tem sido a regra.
Um gol do Santos foi escandalosamente irregular.
Um pênalti para o Grêmio não foi dado.
O ataque do Tricolor mostrou a velha deficiência para converter em gol as oportunidades.
Os dois gols sofridos tiveram a participação de um zagueiro odiado pela torcida como nenhum jogador foi adiado nos últimos  dez anos, mas que mesmo assim teimam em escalar.
O juiz permitiu a cera escandalosa do Santos e, em especial do goleiro Aranha. A consequência, que não se justifica, mas se explica, foram os lamentáveis acontecimentos ocorridos no final do jogo.
O Grêmio tomou e está tomando todas as providências legais e políticas cabíveis. Identificou os agressores. Expulsou dois dos quadros sociais. Repudiou com nota oficial os atos desta minoria desequilibrada. Tudo certo.

Lara: longe de ter olhos azuis, é lenda no Grêmio.

Foi pouco, parece. Nada que o Grêmio fizer vai ser suficiente para satisfazer a sanha condenatória e raivosa contra esta instituição centenária e que deveria ser orgulho do esporte brasileiro.
Colunas e colunas, editoriais e editorias, linhas e linhas são escritas para condenar e pedir quase que o banimento do Grêmio do convívio dos "seres de bem".
Um ato, reprovável, sim, odioso, sim, asqueroso, sim, vergonhoso, sim, mas comprovadamente feito por menos de uma dúzia de elementos em um universo de 36000, está sendo reprovavelmente, sim, odiosamente, sim, asquerosamente, sim, vergonhosamente, sim, usado para atingir milhões de torcedores gremistas que não compactuam com o que aconteceu.
Deixe-se de lado a hipocrisia. Racismo existe em toda a sociedade e por consequência, em todas as torcidas. Por que os episódios de racismo em outras torcidas não atraem tanta ira e muito menos se busca culpar o clube?
Com que direito um ordinário de uma revista de esporte (A droga da Placar) chama o Grêmio de clube mais racista do Brasil? Qual a pesquisa que o irresponsável fez? Qual a base para dizer isto? Quais os interesses que ele defende para cometer esta calúnia?

Sinceramente, talvez apenas partindo para estudos antropológicos e psiquiátricos possamos buscar algumas respostas. Já não há mais qualquer explicação de cunho lógico para tal sanha perseguidora. Há muitas décadas atrás, quando o futebol brasileiro ainda engatinhava, praticamente TODOS os clubes tinham um cunho e postura que incitava o racismo. Negros não eram admitidos para praticar junto com os imigrantes europeus aquele esporte que havia sido concebido em terras inglesas. O próprio Grêmio, um clube fundado por imigrantes alemães, tinha uma cláusula em seu estatuto que dizia que o clube perderia seu campo, doado por alemães, caso aceitasse as chamadas “pessoas de cor” em seus quadros. Cláusula esta que acabou, naturalmente, sendo extirpada do estatuto. Só que esta não era uma exclusividade do Grêmio na época. Todos os clubes adotavam prática semelhante, incluindo em seus estatutos esta cláusula. A diferença é que muitos sequer condicionavam a mesma a alguma perda, como era o caso do Grêmio. Apenas não aceitavam por ser o racismo, na época, uma prática quase natural. Os clubes única e tão somente refletiam a sociedade em que estavam inseridos, mesmo que esta fosse injusta.


Everaldo, negro, um dos maiores da história tricolor.

O que mais espanta, contudo, em todo este caso, é o fato de que uma imensidão de pessoas faz coro para que o clube seja punido neste caso. Ora, pois, NÃO É E NEM PODE SER responsabilidade do clube atuar como feitor nestas situações! O clube não detém poder de polícia ou de magistrado para julgar ou punir quem quer que seja por atos praticados na esfera criminal. É uma obviedade tão grande que chega a dar asco ouvir as barbaridades proferidas por gente cujo único objetivo deve ser o de prejudicar a instituição. Que, como anteriormente citado, está envidando esforços dentro de seu alcance para contribuir com as autoridades. Cedeu imagens para identificar os autores, afastou do quadro social aqueles que conseguiu identificar e está prestando todo o auxílio para que esta situação seja resolvida. O mais triste é que tenho visto GREMISTAS fazendo coro às estapafúrdias palavras destes desmiolados! Sim, ouvi gremistas concordando e querendo que o clube seja punido! E depois há os que dizem que não devemos dar bola para a imprensa, que ela nada influencia no destino do clube e do futebol. Ledo engano, jovens, ledo engano. A vigilância deve ser mantida e as injustiças contra a instituição Grêmio devem ser combatidas SEMPRE!

Todo gremista consciente deve ter isso em mente. Há aqueles “torcedores” que prejudicam o clube com suas atitudes, isto é fato. A sociedade como um todo é prejudicada pelas ações de uma minoria. As autoridades não conseguem agir para impedir grande parte destas situações, basta ver o caos em que encontra-se a segurança pública. Portanto, não venham tentar incutir ao Grêmio a responsabilidade por isto. FAÇAM SEU TRABALHO! Punam quem deva ser punido, não todos! Nego-me a ter que obrigatoriamente assistir pela televisão um jogo que poderia ver na Arena por conta de meia dúzia de retardados! Sendo que estes mesmos retardados TAMBÉM terão o privilégio de assistir o jogo pela televisão caso não sejam devidamente punidos, em apurando-se sua culpa.

Por fim, fica aqui nosso desabafo e votos de que a justiça possa ser feita. Não através da punição do clube e dos demais torcedores. Não através de sanções à instituição por conta da incompetência das autoridades em fazer seu trabalho. Não através da odiosa e rasteira campanha promovida pela imprensa para incutir a pecha de “torcida mais racista” aos milhões de apaixonados por este clube. Não é preciso relembrar aqui Lupi, o negro que compôs o hino do clube. Sequer é preciso citar Lara, o craque imortal homenageado nesta mesma letra, o mestiço que escreveu seu nome na história. Nem mesmo Everaldo, o negro que está até hoje imortalizado na bandeira tricolor. Nem mesmo os tantos jogadores e torcedores de bem que repudiam esta situação. Somos azuis, pretos e brancos. Tricolores de todas as cores.

Saudações Imortais

29 de agosto de 2014

Avalanche Tricolor: só pode ser algum tipo de provação

Milton Jung


Grêmio 0 x 2 Santos

Copa do Brasil – Arena Grêmio

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 Começo esta Avalanche antes de a partida se encerrar, não porque tenha desistido do jogo. Jamais desistirei. E espero que o Grêmio não desista, também. A tarefa é difícil, mas não impossível. E mesmo que seja impossível, está é uma palavra que não está no nosso vocabulário. Veio para frente do computador, porém, porque estou tentando entender o que acontece. Há algum tempo não assistia ao Grêmio jogar bem, ter rapidez na troca de passe e intensidade no ataque como nestas últimas partidas. Está evidente que o time é melhor neste momento do que foi durante todo o restante do ano. Em textos anteriores já escrevi sobre alguns jogadores que encaixaram melhor no time, tais como Zé Roberto e Dudu. O próprio Barcos melhorou sua participação, sem contar Giuliano que cresceu em seu desempenho (e aí me refiro ao jogo de hoje à noite), após uma fase ruim. Sem contar Marcelo Grohe com defesas incríveis. Não quero porém me estender falando de indivíduos quando o que mais tem me agradado é o coletivo. E é isso que torna mais difícil entender o resultado desta noite. Por muito tempo, nosso time foi acusado de jogar feio, uma forma de desvalorizar vitórias sofridas que tivemos. Agora, produzimos mais, jogamos melhor. Mas o gol não sai, e quando sai não é o suficiente. Será que não estamos fazendo por merecer sorte maior em campo? Será que toda provação imposta a Luis Felipe com a malfadada Copa do Mundo não foi suficiente? Sim, Felipão pelo que fez, pelo que passou e pelo que, agora, está reconstruindo no Grêmio teria o direito de ser recompensado.

 Há outro motivo pelo qual decidi escrever esta Avalanche antes da hora, além da injustiça do placar diante do futebol produzido. Foi a injustiça imposta por um árbitro que não esteve a altura do posto que ocupa no quadro da Fifa (ou esteve). Permitiu jogada irregular na arrancada do segundo gol santista e impediu a nossa arrancada para a virada ao não marcar pênalti em Zé Roberto. Não bastasse a forma displicente com que agiu diante da indisciplina. Prejudicou claramente o Grêmio e com sua atuação desequilibrou o time, mais do que o adversário teria feito por seus próprios méritos (sem desmerecer a qualidade deste). Que fique claro, minha indignação com a injustiça do resultado e do árbitro, não é suficiente para me cegar diante de erros que cometemos. E gostaria muito de ver Felipão fazendo ao menos duas mudanças entre os titulares, porque há erros que têm se repetido com frequência acima da média, e escrevo isso pensando no lado direito da nossa defesa, e jogador que não têm sido capaz de entregar o que promete.
  
Chego ao fim desta Avalanche no instante em que a partida se encerra e, infelizmente, ficamos sabendo que algo mais triste do que o resultado e os erros do árbitro acontece no jogo. Idiotas voltaram a usar palavras e gestos racistas, uma gente que não merece vestir a camisa do Grêmio nem ocupar espaço naquela Arena. Deveriam ser extirpados do clube e mantidos afastados das nossas cores. Sinto vergonha do que fazem. E espero não precisar ouvir a voz de nenhum outro gremista defendendo este bando.

28 de agosto de 2014

Ele de novo ... E o ataque como cúmplice ... E o juiz

Grêmio 0 x 2 Santos

Primeiro tempo: 0 x 2


Com 30 segundos Robinho tropeçou sozinho e o ladravaz do deu uma falta na entrada da área. O bandeira corrigiu. Vai conseguir corrigir se acontecer de novo?

Aos 4 minutos uma bela penetração do Grêmio. concluiu fraco de fora da área para defesa do goleiro.
Barcos fez uma parede sensacional para Giuliano entrar área à dentro e chutar para fora. Chance claríssima de gol aos 7 minutos. A favor de Giuliano, ele estava desequilibrado.
Aos 10 minutos Giuliano errou outro. O Grêmio jogava muito. 
O Grêmio só chegou com perigo de novo aos 18 minutos. Barcos cruzou mas a zaga espantou para escanteio.
Na sequência o juiz inventou um escanteio para o Santos.
Aos 21 minutos uma grande jogada de Giuliano deixou Luan na cara do gol. O menino bateu displicente e deu tempo do zagueiro tirar no risco do gol. No escanteio, Zé Roberto deu de novo uma de ala tatu e bateu a menos de 20 cm do chão.
O Grêmio chegou muito forte mais uma vez aos 27 minutos. Dudu fez um carnaval pela esquerda e cruzou. Giuliano bateu da pequena área para defesa do goleiro. No rebote, o zagueiro tirou da risca do gol e no rebote do rebote Ramiro deu uma paulada que bateu na cabeça de um zagueiro fazendo-o desmaiar.
O 0 x 0 a esta altura era um crime hediondo.
O massacre continuou e aos 31 minutos Barcos bateu e a bola desviou para escanteio.
Aos 37 minutos, escanteio para o Santos, falha da zaga. Werley de novo? Gol do Santos. Primeira jogada. Um gol. Filme antigo, velho, enjoado, nauseante.
Aos 45 minutos, o jogador do Santos dominou com a mão. O juiz não deu. Surpresa? A bola foi cruzada, Robinho errou mas Werley, surpresa? ajeitou para ele marcar.
.....

Um primeiro tempo em que o Grêmio jogou a sua melhor partida em muito tempo, acabou perdendo por 2 x 0 e quase desclassificado. Graças aos erros do ataque e a um desgraçado que outros desgraçados insistem em escalar.

Segundo tempo: 0 x 0

O time voltou com Alán Ruiz e Biteco. E Werley. E sem Felipão, expulso por reclamação.

E logo perdeu um gol. Mais um.
Aos 3 minutos, Giuliano perdeu mais um gol. 
Aos 4 minutos, pênalti no Zé Roberto. Não marcado. Surpresa?O Grêmio voltou fazendo a mesma pressão que fizera no primeiro tempo. E perdendo gols.
Aos 17 minutos o canceroso perdeu um gol na área do Santos. Se fosse na nossa área, o desgraçado teria feito. Um minuto depois, Barcos entrou área a dentro e chutou para boa defesa do goleiro.
Aos 21, Alán Ruiz deu uma paulada em cobrança de falta. O goleiro mandou para escanteio.
Mais uma chance perdia e um twitter dizia tudo:
Aos 28 minutos quase gol. O goleiro santista aproveitou para fazer cera. Com o apoio do juiz. 
Matias Rodrigues entrou no lugar de Zé Roberto.
Aos 34 minutos, Rhodolfo errou o gol que erra sempre. Sozinho na marca do pênalti cabeceou para fora.
Grohe fez um milagre aos 39 minutos, um uma das duas únicas vezes que o Santos foi para o ataque no segundo tempo.
Aos 42 minutos deu confusão do goleiro do Santos com a Geral. Só o que faltava para completar a tragédia.
Aos 45 minutos Grohe fez outra defesa espetacular.

.....

Um jogo em que o ataque abusou de perder gols e aquele zagueiro desgraçado se superou. Resolveu falhar no atacado.

Culpa dele? Não só. Culpa de quem escala e de quem não obriga estes perebas imundos a aceitarem propostas do exterior.
Um segundo tempo em que o filme se repetiu. Muita insistência e nenhuma consequência.
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Como jogaram:

Grohe: Por incrível que pareça sem trabalho no primeiro tempo. Duas grandes defesas no segundo tempo. Nenhuma culpa no resultado.
Pará: Bem.
Werley: Tem certa gente que não deveria ter nascido.
Rhodolfo: Bem.
Zé Roberto: Muito bem.
Ramiro: Bem.
Wallace: Muito bem. Foi considerado culpado pelo Felipão e não voltou para o segundo tempo.
Giuliano: Errou dois gols imperdíveis no primeiro tempo que deslustraram sua bela atuação.
Luan: Displicente, errou um gol quase dentro do gol. Ficou no vestiário no intervalo.
Dudu:Um belo primeiro tempo. Mas atacante que não faz gol não merece perdão.
Barcos: Muito bem na movimentação, mas só conseguiu fazer uma conclusão a gol. E não fez gol em partidas decisivas mais uma vez.


Alán Ruiz (Luan): Entrou muito bem.
Matheus Biteco (Walace): Entrou muito bem também.
Matias Rodriguez (Zé Roberto): Sem tempo.

Felipão: Ninguém escala um pereba lazarento desgraçado impunemente. Ele tem um caminho a escolher. Ou ouve a torcida e recupera o respeito, ou vai morrer abraçado com este jogadorzinho de merda que entrega todas as decisões.
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Arbitragem: 
Wilton Pereira Sampaio (GO), Kleber Lucio Gil (SC) e Carlos Berkenbrock (SC) - O desgraçado mostrou aos 20 segundos que tinha vindo para roubar. E roubou. Gol em jogada irregular. Pênalti não marcado. Contemporização com as pancadas e com a cera do Santos. E deu 6 minutos quando deveria ter dado 15 de acréscimo, pelo menos.

27 de agosto de 2014

De segredos, eleições e copa

A Pitica me intimou. Não vais escrever sobre o rolo do timinho? Pois é.
Que rolo? O mais desatento perguntará.
Eu que fico bem atento também tenho dificuldade para falar disto. Afinal, o que sei é que houve uma reunião quase secreta na sede campestre do cocô-irmão que foi até quase as duas horas da manhã.
Parece que os assuntos foram uma condenação por plágio em que terão de pagar R$ 2 milhões para uma empresa e mais um outro rolo.
Por exaustão não discutiram o que seria mais engraçado de ver: a relação com a AG.
Mas claro que nada disto é importante para sair com destaque na imprensa gaúcha.
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Dada a largada para as eleições do Grêmio.
Mais do mesmo.
Gente que fez parte da gestão do Guerreiro falando em renovação. Pois é. E rapidinho mostrando ao que vieram.
Em relação à isto recomendo vivamente a leitura do Blog do Mosqueteiro, neste link aqui.
Antes de mimimi, é claro que eu quero que o Presidente Koff concorra e ganhe. Se ele não puder, que concorra e ganhe alguém da gestão atual. Se os resultados de campo ainda não vieram, os avanços na gestão e na negociação da Arena foram notáveis. Não podem sofrer descontinuidade. Especialmente se a gente já sabe o que esperar do outro lado.
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Amanhã será um jogo terrível. O Santos é um time imprevisível. O que não tem de craque tem de luta.
Primeiro jogo em casa é complicado.
Sair para resolver ou cuidar para não levar gol?
Se não levar gol é espetacular. Mas se levar e mesmo assim ganhar o jogo, não é ruim.
Felipão está escondendo o time.
Tenho a impressão que, na ausência do Fellipe Bastos ele irá de Pará. Por que? Porque Wallace, o provável substituto ainda não é totalmente confiável para fazer a cobertura atrás. Como Pará marca mais do que Mathias Rodriguez, ele pode optar por mais segurança defensiva.
Mas mais importante do que a escalação será a atitude. Se repetir o espírito guerreiro de domingo tem muitas chances de seguir em frente.
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Eu torço pelo Maxi Rodriguez. Queria uma sequência para ele. Soube que foi bem na estréia no Vasco. Ontem já foi substituído no intervalo. Não vi o jogo mas os comentaristas disseram que não jogou nada.
Tomara que ele deslanche, mas talvez ele não tenha sido tão injustiçado assim no Grêmio.

26 de agosto de 2014

Avassalador, guerreiro e vitorioso

Tive a sorte de estar na Arena domingo e assistir a um jogo espetacular. Só pelo segundo tempo da partida, já valeu a presença. Contra um dos mais fortes do Campeonato Brasileiro, o Grêmio foi avassalador, eficiente, guerreiro e vitorioso. Agora dá para dizer com todas as letras: o Felipão voltou! Se a jornada se repetir, teremos momentos muito emocionantes pela frente. O Corinthians foi um rival muito difícil. Vendeu caro a derrota. Eles são velozes com um toque de bola certeiro e seguro. Envolvem o adversário com muita naturalidade.Fiquei especialmente surpresa com o bom futebol dos paulistas. Se o Grêmio conseguiu batê-los, então quer dizer que sim, podemos ter esperança de bons resultados daqui para a frente. Saí feliz e realizada da Arena.
A Copa do Brasil vem aí.

Marcelo Grohe - Um grande goleiro. Defesas espetaculares que garantiram a vitória contra o forte rival.

Matías Rodrigues - Quero que ele tenha pelo menos trinta partidas - contra as 150 do Pará - para dizer que não serve para o Grêmio. Deve crescer nas mãos do mago. Dois jogos, duas vitórias. E basta.

Werley - Falem o quanto quiserem, mas domingo foi muito bem. Parceiro à altura do xerife.

Rhodolfo - Xerifão. Por ali não passa nada. Muita segurança e moral.

Zé Roberto - Finalmente um técnico nos ouviu e o colocou na lateral. Grande jogo. Que permaneça por ali mesmo.

Ramiro - Incansável  e guerreiro. Muito bem no combate, mas precisa aperfeiçoar o passe. Quando erra, desfaz todo o esforço anterior de combate ao adversário.

Fellipe Bastos - Um grande achado. Sem o mesmo brilho das duas partidas anteriores, mas ainda assim muito importante para o time. Sua postura me lembra vagamente o velho Dinho Cangaceiro. Acho que nasceu para jogar no Grêmio. Poder de indignação e personalidade até para meter a boca no Pirata.

Giuliano - Não jogou absolutamente nada. Só participou dos dois lances de gol. Para mim está ótimo. Que continue não jogando nada e arquitetando muitos gols.

Luan - Boa técnica e velocidade. Mas tem que ficar mais ligado e prestar atenção na hora de passar aos companheiros. Carregar menos a bola e levantar a cabeça para enxergar o jogo.

Dudu - Um dos destaques do time. Encarnou o espírito tricolor de muita luta. Não desiste nunca. Muita energia e velocidade. Assusta o adversário ao investir para cima da defesa. Ótimo desempenho.

Barcos - Perfeito na sua função. Fez os gols da vitória e saiu aclamado de campo. Já é o vice goleador do Campeonato e o estrangeiro que mais marcou gols pelo Grêmio.

Felipão - Fez o crime para cima dos paulistas que o apedrejaram após o fiasco na Copa. Nasceu para comandar o Imortal Tricolor. Por isso seu lugar é aqui.

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Gremista desde o berço

Patrícia, Nina e Minwer.

Os orgulhosos e felizes papais gremistas Patrícia e Minwer, levaram pela primeira vez a pequena Nina para acompanhar o Grêmio na Arena. Com apenas dois meses de idade, a pequenina torcedora se comportou como uma guerreira. Não se assustou com o barulho da torcida e não chorou em nenhum momento. Nem com o gol do Corinthias. Aguentou firme até o fim e até rezou para o Barcos acertar o gol de Cássio. Nasceu pé quente como eu.
Assim se forja o torcedor gremista desde o berço.
Na força e na raça.

Ajude o Barcos, meu anjo da guarda.

25 de agosto de 2014

Políticos sem base

No post de 23 de agosto, cujo título é "Ah, Muleque: Veni, Vidi, Vici - Constelação Mental", o leitor Ademir levantou suspeitas sobre a gestão das Categorias de Base do Grêmio. Poderíamos reproduzir o comentário na íntegra aqui. Não o faremos tendo em vista o uso intenso de expressões de baixo calão e xingamentos contido no texto. Em suma, são feitas acusações, baseadas em "uma reuniaozinha na minha cidade", na qual compareceram "...idolos antigos do gremio que estão na poilitica". Estes "me falaram que as categorias de bases estão entregues a JORGE machado e mais um que não lembro". O comentarista finaliza dizendo: "...de hoje em diante larguei de mão pode cair pra segundona que nem to ai ,pois é o que ira acontecer".

Explicamos lá a atual política das Categorias de Base. Porém, dada a relevância do tema e considerando manifestação de outro leitor (reproduzida abaixo), resolvemos fazer um post sobre o assunto.

Vamos por partes.
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A política para as Categorias de Base

Buscamos informações sobre a acusação de que as categorias de base estejam entregues a um empresário e as demais afirmativas do leitor. Obtivemos as seguintes informações:

a) o empresário citado é detentor de direitos econômicos de vários jogadores que já estão nos profissionais. Ou seja, atua junto às Categorias de Base do Grêmio há muitos anos. Ou seja, se os "ídolos antigos e atuais políticos" disseram o que o leitor afirma, estão com informações incompletas ou mutiladas por interesses de outra política;

b) quando a atual gestão assumiu, o Grêmio, um clube de futebol, detinha quase nenhum direito sobre jogadores oriundos da base. O volante Fernando era o único atleta com algum valor de mercado. Jogadores como Guilherme Biteco, para citar um exemplo já havia tido seus direitos econômicos negociados. Em tempo, conforme noticiado na imprensa, o empresário citado participa dos direitos econômicos de ambos irmãos Biteco, bem como de Mamute, entre outros.

c) a direção atual estabeleceu política que visa proteger o Clube na formação de jogadores. Sendo vitrine importante no cenário nacional, fixou como regra basilar não receber jogadores nas Categorias de Base, sem que o clube garanta o direito de deter, no mínimo, 60% dos direitos econômicos do atleta. Esta política contraria o interesses de empresários e agentes que gravitavam o Clube, usando-o como criatório de jogadores. O Grêmio arcava com todas as despesas e usufruia (quando usufruia) de parcela ínfima das receitas, na venda dos jogadores. Hoje, por exemplo, o Grêmio detém 70% dos direitos de Luan.

d) empresários que não concordam com a política definida têm o direito de não colocar os seus jogadores no Grêmio. Porém, inconformados, parecem estar usando ex-atletas para atacar um posicionamento que contraria os seus interesses de rapinagem.

Por fim, sugerimos que aqueles que quiserem ter mais detalhes sobre o assunto Categorias de Base, leiam a matéria divulgada no exemplar nº 2 da Revista 1903.
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Os direitos dos jogadores

O leitor que assina Jonasbsilveira postou o comentário abaixo.

"Na real, por lei, empresário não pode ter direito econômico de jogador. É sempre um acordo que se faz com o clube, um contrato que fica junto do contrato do atleta com o clube e só sobrevive além desse contrato por conta do velho "fio de bigode". 

Os clubes criam os empresários, basicamente... Se houvesse um sistema de transparência para esses investidores, evitando que alguns clubes se favoreçam disso enquanto outros perdem talentos lutando contra eles, seria muito melhor pros clubes."

Aqui, há confusão de conceitos. O futebol envolve dois direitos. O primeiro, é o Direito Federativo sobre o atleta. Este, só um clube pode deter: é o clube que registra o atleta na CBF e detém 100% do chamado Direito Federativo. O segundo, são os chamados Direitos Econômicos. Estes podem pertencer a múltiplos agentes: clubes, empresários, empresas e ao próprio jogador.

Poderíamos estender o assunto aqui. Porém, na internet há matérias capazes de esclarecer melhor o tema. Sugerimos, por exemplo, a leitura do artigo "Direitos Federativos x Econômicos", publicado no site Futebol e Negócio.

Avalanche Tricolor: A Avalanche Tricolor começou

por Mílton Jung

Grêmio 2 x 1 Corinthians


Brasileiro – Arena Grêmio

 Gremio x Corinthians

Todo jogo vale três pontos. Toda partida é importante. Todos os adversários têm de ser respeitados, temidos e vencidos da mesma maneira. Tudo isso é verdade, especialmente em competição tão longa e disputada em pontos corridos como é o Campeonato Brasileiro. Você, caro e raro leitor deste Blog, porém, há de convir: existem vitórias que se tornam especiais seja pelo momento seja pela forma seja pelo adversário. A desta tarde de domingo é especialíssima, pois atende a todos os quesitos.

Antes de continuar esta Avalanche, cabe uma explicação aos que me leem de Porto Alegre: eu sei que ganhar o clássico Gre-Nal é sempre importante para nosso histórico, contudo, desde que vim para São Paulo, vencer o Corinthians causa-me praticamente a mesma sensação. Não digo isso por comparar a rivalidade existente entre os clubes, apesar de Grêmio e Corinthians terem protagonizados clássicos decisivos que ficaram para a história do futebol brasileiro. Nossas rixas com o co-irmão gaúcho são mais intensas, sem dúvida. Porém, aqui em São Paulo, onde moro desde 1991, não tem uma esquina em que não se encontre um corintiano. Você pega o ônibus, para na padaria, chega no trabalho, olha para um lado, vira a cara para o outro, mas não tem como escapar. Na rádio CBN, onde trabalho desde 1998, eles ficam aguardando no corredor e quando vou ao ar, estão prontos para tocar uma flauta. É a Cátia Toffoletto, é o Márcio Atalla, é o Dan Stulbach, é o Zé Godoy, é deus e o diabo contra você. Ou seja, é vencer ou se aborrecer.

A vitória tornará a semana mais tranquila para os gremistas que moram em São Paulo, mas acima disso mostrou que o time que vinha sendo reconstruído por Luis Felipe Scolari começa a dar resultado. Na partida anterior, contra o líder Cruzeiro, já havia escrito da minha satisfação pela maneira com que jogamos na casa do adversário. Lamentava apenas a falta de um matador. Hoje, ele estava em campo e atendia pelo nome de Barcos, que se consagra como o maior goleador estrangeiro na história do Grêmio com seus 36 gols – sete no Brasileiro. O argentino se beneficia agora da excelente performance de Dudu, nosso jovem e atrevido atacante que inferniza os marcadores; e se precisarem dele para roubar a bola lá atrás, é só chamar. O time é bem mais do que os dois jogadores. No gol, Marcelo Grohe com 26 anos – um jovem, portanto – tem merecido todos os elogios do torcedor e foi emocionante vê-lo aclamado pelas arquibancadas ao fim da partida. Na defesa, Felipão se esforça para colocar em campo a melhor escalação: confia muito em Rhodolfo e resolveu muito bem e de maneira corajosa o lado esquerdo com Zé Roberto, que marca e chega ao ataque com a categoria de sempre. O técnico investe em dois ou três volantes, conforme a necessidade, e permite que talentos, como o de Luan, se sobressaiam. Mostra ao elenco que não basta ter nome para ficar no time; tem de jogar bem, acertar passe, dedicar-se ao máximo, marcar e atacar quando possível.

A volta para o segundo tempo, neste domingo, foi avassaladora, com o primeiro gol em menos de 30 segundos e o segundo, em seguida. Sinal de que o trabalho no vestiário foi competente. É o velho Felipão de volta, disposto a provar que ainda tem muito carvão para queimar (e claro que isso me enche de satisfação pois sou, aqui em São Paulo, quase um torcedor solitário deste treinador que teve seus méritos esquecidos desde os maus resultados do Mundial). Mas disse, lá no primeiro parágrafo que, além da forma e do adversário, há vitórias especiais porque chegam no momento certo. Com apenas duas rodadas para a virada da competição e alguns adversários diretos tentando escapar na frente, era preciso uma reação logo, apesar de entender a dificuldade de se reconstruir uma equipe em pleno campeonato. A vitória neste momento, com muito futebol e suor, marca a arrancada que eu chamo de avalanche, Avalanche Tricolor.

24 de agosto de 2014

Mazá Grêmio véio. Táca-lhe pau

Grêmio 2 x 1 Corinthians

Primeiro tempo: 0 x 0

Mathias Rodrigues foi a novidade. Giuliano e Barcos voltaram ao time. Este foi o time que foi a campo diferente do que jogou em Belo Horizonte.

Dez minutos e nada aconteceu, afora uma sucessão de passes errados. Já o careca ladrão mostrava ao que vinha. Não dava faltas para o Imortal e dava para os mulambento.
Aos 17 minutos Luan chutou a primeira bola a gol. Um balão ridículo. O Corinthians? Não fazia nada também.
Aos 21 minutos uma boa jogada pela direita. Dudu cruzou e o zagueiro mandou para escanteio. Na cobrança, o elemento aquele, cabeceou para fora.
Aos 24 minutos Luan sofreu falta quando ia ficar na cara do goleiro. Era para vermelho, mas o careca ladrão deu amarelo. Zé Roberto foi bater e isolou.
Aos 39 minutos o Curintia chutou a primeira bola a gol. De forada área para fora.
Aos 44 minutos, um ataque do Grêmio quase foi gol do Curintia. Bobeada na frente deu contra-atauqe. Por sorte o cara bateu fraco de longe qunado podia avançar mais.
Na sequência Barcos perdeu uma boa chance. No último minuto Fellipe Bastos bateu forte para fora. E o primeiro tempo terminou com Fellipe discutindo com Barcos.
.....

Um primeiro tempo muito disputado sem chance clara de gol para ninguém.

O Grêmio mostrou muita luta e pouca inspiração.


Segundo tempo: 2 x 1

O segundo tempo começou igual. Igual? Não. Começou 1 x 0 pro Grêmio. Barcos aos 16 segundos. Um belo gol. De oportunismo.
A torcida ainda comemorava quando Dudu cruzou da esquerda e, adivinhem? Barcos marcou o segundo. Eram 3 minutos 3 27 segundos.
Aos 6:52 segundos Luan recebeu um doce de Barcos mas perdeu o gol. Logo depois Barcos perdeu da entrada da área.
Aos 8 minutos o Curintia resolveu apelar. Uma agressão em Barcos resultou em cartão para um mulambento e para o Rhodolfo. Este juiz é uma piada.
Aos 10:30  minutos Grohe fez uma defesa espetacular à queima roupa. Depois de uma nova cagada daquele ser que todos sabem quem é.
Aos 15 minutos o time maloqueiro perdeu mais uma chance.
O Grêmio ameaçava o terceiro. Mas o careca ladrão desgraçado armou um contra-ataque para os vigaristas de São Paulo e coneguiu o gol de desconto. Matias Rodriguez colaborou deixando passar fácil por ele.
Na sequência Grohe fez um milagre e o juiz inventou escanteio numa bola que deu na trave. Quase o empate.
Felipão resolveu mudar o time e fez Alán Ruiz entrar no lugar de Giuliano.
Aos 27 minutos Dudu ameaçou fazer um golaço mas errou o passe para Luan.
O jogo estava quente e perigoso. Alán Ruiz entrou para tentar esfriar o jogo.
Felipão resolveu reforçar o meio e tirou Luan para entrar Matheus Biteco.
Enquanto isto o careca ladrão fazia de tudo para ajudar o time dos maloqueiros de São Paulo. Amarelava os jogadores do Grêmio por qualquer coisa.
Aos 26 minutos a bola bateu no travessão de Grohe.
E Felipão resolveu reforçar mais ainda o meio. Tirou Barcos e pôs Walace.
Aos 47 minutos Alán Ruiz cavou a expulsão de Guerrero.
O jogo terminou elétrico. No final em contra-ataque, Zé Roberto ao invés de meter no gol sem goleiro tentou passar. E terminou.

.....

Um primeiro tempo sem jogadas.
Um segundo tempo com início fulminante e dois gols.
Depois foi a luta e a dedicação para manter o resultado.
Aos poucos vamos crescer na tabela. Jogo com a cara de Felipão.
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Como jogaram:

Grohe: Nenhum trabalho no primeiro tempo. Grandes defesas no segundo tempo.
Mathis Rodriguez: .Nada acrescentou na frente. Falhou no gol do Curintia.
Werley: Não comento.
Rhodolfo: Muito bem.
Zé Roberto: Assumiu a lateral com autoridade de um velho que sabe o que faz.
Ramiro: Bem.
Fellipe Bastos: Não repetiu o brilho dos jogos anteriores mas foi bem. Mandou Barcos tomar no cu. E Barcos respondeu com dois gols. Que repita.
Giuliano: Um primeiro tempo completamente ausente. Saiu na metade do segundo tempo sem ter entrado em campo.
Luan: Parece não ser o que prometia ser.
Dudu: Um primeiro tempo de peladeiro. Participou dos lances de gol no segundo tempo.
Barcos: Não fez nada no primeiro tempo. Fez os dois gols no segundo tempo. O melhor do time pelos gols.


Alán Ruiz (Giuliano): Entrou para segurar. Não conseguiu muito.
Matheus Biteco (Luan): Entrou para segurar. Não conseguiu muito.
Walace (Barcos): Entrou para segurar. Não conseguiu muito.

Felipão: Aos poucos mostra mais uma vez quem é ele e seu estilo.
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Arbitragem: Hebert Roberto Lopes - Bem que tentou. Mas não conseguiu ganhar do Imortal.

23 de agosto de 2014

Daniel Matador: Na técnica, na força e na sorte

“Não é suficiente eu ter sucesso. Todos os outros devem falhar.”

Frase atribuída ao comandante do maior império de sua época, Gengis Khan.



Caros

Dá para contar nos dedos. Desde que a Arena foi inaugurada, raros foram os domingos em que um jogo de futebol ocorreu às 4 da tarde no mais moderno estádio da América do Sul. Com razões que vão desde o calendário até o privilégio dado a outras equipes na tabela de jogos, a torcida gremista tem ficado privada de poder desfrutar do mais nobre horário do futebol. Boa razão para que todos aqueles que podem compareçam ao Humaitá neste dia.

O resultado do último jogo pelo  Brasileiro, disputado contra o líder do campeonato em seus domínios, não espelhou o que foi produzido pelas equipes no decorrer do jogo. Mas uma das mais óbvias frases do futebol já diz que ele é bola na rede. E neste ponto o Cruzeiro foi mais competente. Lógico que futebol é muito mais do que apenas bola na rede. Futebol também é marcação, tática, estratégia, estado anímico, ambiente, força e sorte. Sim, por mais que muitos façam cara feia, futebol prescinde demais da sorte. “Ah, Matador, a sorte ajuda os bons.” É, em boa parte dos casos, pode-se dizer que sim. Mas o que tem de time chinelo tendo uma sorte desgraçada nos últimos tempos não está no mapa. É goleiro tomando frango, é zagueiro fazendo gol contra e mais uma série de outras situações que jamais poderiam ser creditadas na conta da competência.

Neste quesito o Grêmio ainda padece de um pouco mais de felicidade. Aquela bola marota que bate na trave e entra, ao invés de sair pra escanteio. Aquele desvio meio sem querer do zagueiro tosco que acaba entrando e anotando um gol a favor. Até mesmo aquela lesão leve, que faça com que o melhor jogador adversário desfalque o time e acabe ajudando o tricolor a vencer. Que fique bem claro que competência, planejamento, estrutura e todo o rol de quesitos importantes para que um time vença e seja campeão não estão sendo desprezados, sequer colocados em segundo plano. Apenas que nem sempre a conjunção de tudo isto é suficiente para ganhar.

E o motivo é muito simples. Como já ressaltava Gengis Khan, não basta que um time tenha sucesso. Todos os outros devem falhar. O atacante do Cruzeiro marcou o gol no último jogo não apenas por mérito seu, mas também por falha do Grêmio. Um centroavante que jogue contra um zagueiro com atuação perfeita conseguirá marcar seu gol? Um volante que jogue contra um meia perfeito conseguirá barrar a passagem deste? As respostas serão sempre as mesmas. Sim, desde que o outro tenha alguma falha. O objetivo maior de uma equipe que pretenda conquistar algo é justamente minimizar suas falhas. E contar com alguma falha da equipe adversária para vencer. Só que isto não é tão fácil assim.

O time do Grêmio neste domingo, por conta das ausências por lesão de Riveros, Lucas Coelho e Edinho, deve entrar no gramado da Arena com Grohe no gol, tendo a primeira linha de defesa formada por Pará, Rhodolfo, Werley e Zé Roberto. Do meio para a frente, a formação deve ter Ramiro, Wallace, Felllipe Bastos, Luan, Dudu e Barcos. Isso se Felipão não promover alguma modificação para testar algum jogador ou uma nova formação. A presença de Pará e Werley não dá muito ânimo. Lucas Coelho estava em um bom momento e lesionou-se na pior hora. Como Ronan sentiu a estreia, a volta de Barcos acaba sendo necessária. Zé Roberto tem desempenhado um papel na lateral esquerda com eficiência  superior aos jogadores anteriormente ali testados. E Fellipe Bastos é uma grata surpresa, sua titularidade hoje é inquestionável.

Veremos o que este domingo reserva para a torcida tricolor. É dia para fazer aquele churrasco mais cedo e depois partir para a Arena. E quem está longe juntar sua torcida a quem lá estiver. O adversário é o Corinthians, que ocupa as primeiras posições da tabela e vem de uma vitória maiúscula sobre o Goiás. Com um pouco de técnica e força, aliada a uma boa dose de sorte, a vitória pode chegar.

Saudações Imortais

"Ah, Muleque: Veni, Vidi, Vici - Constelação Mental"




É, talvez música e futebol não tenham nenhuma relação,  mas eu acredito que ouvir a mesma música que eu ouvi quando escrevi este texto faça com que compreendam melhor o que eu quis dizer. Música é capaz de mexer com nosso humor, com a nossa "vibe", e portanto ler ouvindo rock e ler ouvindo axé é completamente diferente.  Proponho que leia ouvindo esta música

Ouvi uma vez de um amigo que se tu queres atingir um resultado diferente, deves buscá-lo de uma forma diferente. Assim, num certo tipo de paráfrase a Machado de Assis, inicio este texto pelo fim:

Minha relação com o Grêmio hoje se assemelha muito àquela guria que tu gostaste, foi conversar com ela e logo em seguida viu que não era o que tu imaginavas, ou seja, não te atrai mais. Digo isso por que não só devido à falta de tempo, mas também de vontade pouco tenho visto dos jogos do tricolor. Com um retrospecto negativo nos últimos jogos, e mais ainda no campeonato, fica difícil se empolgar com o time. Mas basta a contratação de um velho ídolo e uma ponta de esperança reaparece. Chega fazendo mudanças no esquema, dando oportunidade a quem as merece, substituindo jogadores "insubstituíveis" e, mais do que isso, dando uma perspectiva de que um amontoado de nomes pode se tornar um único: Grêmio. Antes tarde do que nunca! Dou as boas vindas ao Scolari e ao Grêmio. Bem-vindos de volta.

Dito isso...
O time do Grêmio vive um marasmo, uma inércia, uma falta de tesão pelo futebol. Entram em campo alucinados e 20 ou 30 minutos depois....nada...simplesmente acaba... se esvai... Ou pior, fazem uma partida excelente do início ao fim mas uma falha individual compromete a equipe. É difícil entender o que se passa na cabeça de um atleta. Difícil imaginar quão grande é a pressão de estar em um time que precisa mais do que todos outros vencer, mais difícil ainda estar em um grupo que precisa quebrar um jejum de treze anos sem títulos. Talvez esteja faltando aquela química,  aquela sensação que se tem quando o jogo é sério que te torna parte da disputa, que une a tua alma à competição. Uma vibração estranha que faz o ambiente externo sumir, que faz sentir como se o mundo parasse e só aquele instante permanecesse em movimento. Não é habilidade que falta aos nossos jogadores, tampouco acredito que falte dedicação ou vontade de ganhar, mas falta atitude, falta aquela competitividade que te faz passar o dia todo pensando por que perdeu, e o resto do mês trabalhando pra que não se repita. E o Grêmio se coloca nessa situação simplesmente por que aceita estar nela.

Nessas últimas semanas foi organizado no cursinho onde eu estudo um campeonato de sinuca. Sem dúvidas sinuca não é meu grande talento, mas em uma competição as circunstâncias mudam. Pressão,  palpites e criticas alheias,  força do adversário,  nada disso interessa. O foco é a vitória.
Na fase de grupos: vencemos o primeiro - de uma série de 6 jogos - e no segundo tínhamos pela frente simplesmente a dupla mais forte do grupo em um dia em que estavam inspirados. Em determinado momento do jogo tínhamos 6 bolas na mesa  - são no total 15 bolas, 7 para cada equipe mais a bola 8 - a outra dupla apenas uma. Na vez do meu companheiro jogar ele mirou em uma bola nossa que estava na "boca" da caçapa e eu perguntei:
"Cara, o que tu vais fazer?"
"Vou fazer uma bola pelo menos pra derrota não ser tão feia" , respondeu ele.
Ai falei:
"Não, não faz isso. A gente só perde o jogo quando eles fizerem todas as bolas deles. Ajeita essa outra aqui, o jogo não acabou!"

Moral da história: conseguimos igualar a partida e perder por uma diferença mínima. Desistir nunca pode ser uma opção. Talvez seja isso que esteja desaparecendo para grande parte dos jogadores de futebol brasileiros hoje, COMPETITIVIDADE - aquele sentimento que faz com que tu coloques teu nariz entre o chute do atacante e o gol. Aquilo que os uruguaios e argentinos conhecem tão bem, as "ganas" de vencer  . Precisamos aprender a reconhecer nossos defeitos, e não só no campeonato nacional, mas também em nossa seleção buscar inspiração com uruguaios e argentinos a dar o sangue pela camisa. Voltou Felipão,  resta torcer e esperar que coloque ordem na casa, que seja capaz de transformar trinta jogadores em um único time.