Quanto mais futebol eu vejo, menos entendo os altos salários pagos aos jogadores nos dias atuais. Não sei de quem foi a idéia de supervalorizar essa mão-de-obra tão pouco qualificada. Raramente se consegue ver um jogo bem disputado, com jogadas e lances bonitos e bem trabalhados. A pobreza técnica dá até uma angústia no expectador que se presta a ficar em frente à TV para saborear o suposto espetáculo. Antigamente, nem tão longe assim, a Seleção Brasileira metia fácil e brincando seis ou sete numa seleção como essa de Honduras. Mas vejam só: 40 minutos do segundo tempo e a canarinho vence com as calças na mão num escore pobre de 1 x 0.
E por falar em futebol, passam os dias e o nosso Grêmio ainda não trouxe os reforços prometidos. Isto é, até trouxe, mas não com a qualidade esperada pela torcida. Será que o presidente Romildo está esperando se resolver o imbróglio da Arena para saber com que grana poderá contar? No momento em que o Grêmio tomar posse da administração total do estádio, a situação será outra. As rendas se multiplicarão. Mas enquanto esse dia não chega, nós torcedores vamos chuleando para ver se desembarca algum nome que venha a dar o toque de qualidade que precisamos.
Agora, poucas vezes vi um jogador fazer tanta diferença em um time de futebol como esse Walace tem feito no time do Grêmio. Contra o Corínthians ele foi soberbo. Combateu na sua função e distribuiu o jogo como se fosse um meia qualificado. Organizou o meio campo e deu outro status à equipe. A falta que fez ao time no confronto com o São Paulo foi de impressionar. Para mim, o maior motivo para o fraco desempenho do Tricolor em São Paulo foi a ausência de Walace. Está se desenhando o surgimento de um grande jogador de futebol. Roger pode cravar: Walace e mais dez. Ele seria a grande referência técnica do time e a liderança que falta dentro de campo. Talento para isso ele possui. Geralmente quando um time conta com alguém acima da média, a tendência é elevar o nível do futebol da equipe como um todo.