Por Milton Jung
Corinthians 0x0 Grêmio
Brasileiro – Arena Corinthians
Foi oxo mas foi bom, meu amigo!
Foi bom porque vimos o Grêmio marcando alto e pelo alto, quase sem nenhuma falha. Nossos atacantes não se furtaram de impedir que o adversário saísse jogando com tranquilidade ao pressionar a saída de bola. Enquanto a turma que ficava na nossa área foi testada o jogo todo com cruzamentos e bolas lançadas por cima. E, amigo, digo sem pestanejar: nossa turma lá de trás passou no teste.
Foi bom, também, porque, ao contrário do que um dos jogadores deles disse ao fim da partida, não fomos (ou viemos) a São Paulo na retranca. É curioso, meu amigo, como ainda tem quem entenda ser retranqueiro o time que marca bem e no campo todo. O Grêmio marcou bem e no campo todo. E não foi retranqueiro. Foi eficiente.
Foi bom, ainda, porque vimos Roger investir em nova escalação com dois jogadores que atuam mais avançados: Bobô e Bolaños. Tinha ainda Luan, Giuliano e depois Everton (sem contar Henrique Almeida), que também gostam de jogar próximo da área do adversário. E, saiba amigo, mesmo com esta gente toda acostumada ao ataque, Roger conseguiu dar consistência na marcação, graças a intensa movimentação e dedicação deles.
Eu sei, amigo, que poderia ter sido melhor: se aumentasse a precisão do passe, especialmente quando nos aproximamos da área adversária; se Luan atuasse à altura do futebol que lhe é peculiar; se nossos atacantes acertassem o pé no chute final.
Mesmo assim, insisto, foi bom. Até porque você não tem ideia da quantidade de amigo corintiano que me cerca no trabalho, aqui em São Paulo. Um tropeço contra eles e a vontade que tenho é de sumir no dia seguinte. Porque você sabe, quando o assunto é futebol, os amigos não perdoam.
Portanto, digo e repito, meu amigo: foi oxo, mas foi bom!