5 de maio de 2016

Daniel Matador - Sem comentários

Rosario Central 3 x 0 Grêmio

Caros

Depois de um post pré-jogo chorumelento do Seu Algoz que tirou toda a esperança da torcida tricolor, o Grêmio entrou em campo no Estádio Gigante de Arroyito para reverter o resultado negativo da partida de ida das oitavas-de-final da Libertadores da América frente ao Rosario Central. O mesmo estádio onde o Grêmio já havia batido este Rosario em 1979, quando sagrou-se campeão do Torneio Cidade de Rosario, com o lendário Manga defendendo pênalti roubado e tudo. Uma época em que o futebol era outro e o Grêmio idem.

Grêmio vence o Rosario na Argentina e ergue mais uma taça internacional.

Mas o jogo era pela Libertadores e a história correu de outro jeito. Geromel recuperou-se da caxumba e retornou ao time titular. No mais, a estrutura seguiu a mesma da partida anterior. A dúvida que havia era entre a escalação de Marcelo Oliveira ou Marcelo Hermes na lateral esquerda, sendo que o alemão venceu a disputa com o barbudo. Mas só a mudança de atitude poderia operar o feito de vencer na Argentina.

1º Tempo: Rosario Central 2 x 0 Grêmio

Nem dois minutos haviam passado e o Grêmio já chegava na área do Rosario, mas Douglas não cruzou bem. Aos 3 minutos, Miller fez grande jogada pela direita e cruzou, mas o goleiro auri-cerúleo interceptou. Até que, aos 4 minutos, no primeiro ataque do Rosario, o cruzamento achou Marco Ruben às costas da marcação e ele, como centroavante que é, não perdoou e abriu o placar ao desviar de primeira. Grohe até tentou defender, mas não foi possível. Aos 18, primeiro grande lance do Grêmio. Ramiro fez grande cruzamento e Giuliano cabeceou para o goleiro do Rosario salvar e espalmar para escanteio. Mas, aos 24, Hermes fez pênalti que Marco Ruben cobrou de forma indefensável, ampliando o placar para os argentinos. Aos 35, Fred bateu boa falta, mas o goleiro defendeu. Aos 42, Hermes pegou uma sobra na grande área e chutou de primeira, com a bola passando ao lado da trave esquerda.




2º Tempo: Rosario Central 1 x 0 Grêmio

O time voltou para o segundo tempo com Pedro Rocha no lugar de Douglas. E, logo em seu primeiro lance, ele deu um tapa na bola com tanta força que não conseguiu alcançá-la. O time seguia errando passes aos borbotões. Aos 7, Walace deu um bago de fora da área que passou longe. Até que, aos 12, após uma cobrança de escanteio, Sosa cabeceou e anotou o terceiro. Aos 17, Mille saiu para a entrada de Bobô. Aos 21, Luan cobrou uma falta que o goleiro defendeu com muita facilidade. Aos 24, outro lance de perigo do Rosario, após uma cobrança de falta e desvio para o gol de Grohe. Aos 27, Grohe saiu da área para interceptar uma bola. Na sequência, Marco Ruben tentou cruzar para Herrera (sim, aquele mesmo) bater sem goleiro, mas Fred cabeceou para escanteio. Aos 32, na melhor chance do tricolor no jogo, Maicon chutou cara a cara com o goleiro e ele defendeu para escanteio. E o jogo foi pachorrentamente andando até um lamentável final, quando o árbitro soltou o apito derradeiro.




Como jogaram:

Grohe: teve participação no gol do Rosario. Nota 4
Ramiro: um dos poucos que tentou algo de produtivo. Nota 6
Geromel: sua ausência durante o período de caxumba custou muito caro ao time. Desta vez, nem seu retorno proporcionou uma virada de ânimo. Nota 6
Fred: falhou no gol do Rosario. A bola foi alçada às suas costas. Nota 4
Marcelo Hermes: claramente sentiu o jogo. O cruzamento para o primeiro gol saiu em seu setor e ele também provocou o pênalti que originou o segundo gol adversário.
Walace: errou mais passes do que o normal. Nota 4
Maicon: a braçadeira que enverga pareceu ser apenas parte do fardamento, pois não fez jus a ela nesta partida. Errou um gol na cara do goleiro. Nota 3
Douglas: não conseguiu nem mesmo auxiliar com a bola parada. Saiu no intervalo para a entrada de Pedro Rocha. Nota 3
Giuliano: deveria ser decisivo, mas não foi. Aliás, só jogou um jogo de forma diferenciada durante este ano (contra o Juventude) e, mesmo assim, não adiantou nada. Nota 3
Luan: um dos raros que salvaram-se no jogo. Tentou construir e, via de regra. só era parado com falta. Ainda assim, mostrou sua costumeira displicência em alguns lances. Nota 6
Miller: teve uma recuperação impactante, considerando a gravidade da lesão a que foi acometido. Mas aparenta carecer ainda de ritmo de jogo. Visivelmente está fora do compasso, apesar de sua inegável qualidade. Saiu para a entrada de Bobô. Nota 4

Pedro Rocha: entrou no lugar de Douglas para dar mais velocidade e poder de conclusão ao time. Não conseguiu nem uma, nem outra. Nota 3
Bobô: entrou quando faltavam 25 minutos para o final do jogo e o time precisava de "apenas" 4 gols. Aí é brabo. Nota 3

Roger: técnico pode dar-se ao luxo de ficar observando o jogo na casamata quando o time está jogando o fino da bola e goleando. Caso contrário, uma atitude como esta demonstra resignação. Teve uma semana para preparar o time e não conseguiu apresentar nada de novo. Nota 1 (com boa vontade).

Arbitragem: o trio paraguaio formado por Enrique Cáceres, auxiliado por Carlos Cáceres e Dário Ganoa (todos da Phipha) não comprometeu e apitou de forma correta.

O gol marcado logo nos minutos iniciais jogou um balde de água fria nas pretensões gremistas mas, como a necessidade de marcar dois gols permanecia, ainda havia um fio de esperança. Mas ele desmoronou quando Hermes fez o pênalti convertido por Marco Ruben. E a tampa do caixão foi fechada no segundo tempo com o terceiro gol. Terminava a participação do Grêmio na Libertadores. Mais não falaremos porque não há o que falar. Soltem o verbo nos comentários aí.

Saudações Imortais