16 de maio de 2010

Uma grande interrogação

Qualquer menino sabe que o mais importante é o jogo da quarta-feira, quando se decide a passagem para a finalíssima da Copa do Brasil. Todos sabemos que o Brasileiro é um campeonato longo e que há tempo para recompor o desempenho.

Mas existe algo que se coloca como uma interrogação permanente neste ano de 2010. Afinal, o nosso time é ou não é confiável? Será que temos as coisas sob controle e essas derrotas fazem parte de um processo de "administração" de calendário?

Tenho dúvidas muito sérias. Receio que estejamos desconstruindo uma força que se cristalizara como algo acima de qualquer dúvida nos últimos 3 anos: a de que jogar no Olímpico é uma missão muito árdua para qualquer adversário.

Há apenas 4 dias atrás, assombramos mais uma vez o país, com um estonteante 4 x 3, diante da "namoradinha da imprensa do Brasil". Hoje, porém, para quem ainda não se apercebeu, perdemos o terceiro jogo em casa, num período de míseros 39 dias. Sim, após ficarmos 572 dias sem perder no Monumental, estamos navegando numa sequência média de 1 derrota em casa a cada 13 dias.

Esta é a interrogação que cresce em ciclos eclipsados por conquistas, como o título gaúcho e a retumbante vitória contra o Santos. Estará sendo forjado no Olímpico um time que encara com naturalidade tropeços em casa?

Alguém dirá que, no jogo de hoje, era um time misto. Rebato dizendo que, no ano passado, por conta da Libertadores, também disputamos inúmeros jogos com times desfalcados, mas soubemos fazer valer sempre o fator local, a força do nosso estádio.

A dúvida que me assalta tem intensidade inversamente proporcional à determinação mostrada pelo time em campo, na busca do triunfo. As exceções, como na última quarta-feira, parecem apenas confirmar a regra.
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Grêmio x Corinthians

Foi um jogo ruim este de hoje. Quase sem situações de gol. Nosso time deixou muito a desejar. Dos jogadores, Douglas foi, uma vez mais, caricato e Bergson, a cada jogo, referenda a opinião de que não pode vestir a camisa tricolor. Enquanto isso, Mithyuê, que vinha tendo boas atuações, não é mais aproveitado. Isso, desde que mostrou descontentamento por ter sido excluído da relação dos concentrados para o fatídico jogo contra o Pelotas, em favor de Leandro.

Ninguém mereceu destaque positivo neste jogo. Os que não atuaram mal, jogaram sem brilho, no campo e nos olhos.

O Grêmio atuou, muito mal, com Victor, Joílson, Mário Fernandes (Fernando), Rafael Marques e Bruno Collaço; Willian Magrão, Fábio Rochemback, Douglas (Jonas) e Hugo (Maylson); Leandro e Bergson.



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Momentos do jogo