7 de abril de 2016

Avalanche Tricolor: gols cedo e inteligência para jogar

Por Milton Jung 

Grêmio 4×1 Brasil-Pelotas
Gaúcho – Arena Grêmio


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Festa em mais um gol  na foto de Richard Ducker/Framephoto/Divulgação

Em dois minutos de jogo, Geromel já havia marcado o primeiro gol. Fizemos outros depois com Bobô, Giuliano e Pedro Rocha; tomamos um, também. Mas quero focar nossa conversa, agora, nesse gol inicial. Pois, para mim, sinaliza um padrão de comportamento.

Com forte intensidade e marcação na saída de bola, o Grêmio tem feito gols logo cedo. Sem forçar a memória, em todas as últimas partidas deste campeonato começamos a construir o resultado antes dos primeiros 15 minutos.

Contra o Juventude, marcamos aos 3; contra o Passo Fundo, aos 6; e contra o Lajeadense, aos 13 minutos. Se você pesquisar um pouco talvez encontre outras partidas em que os gols saíram no início do jogo.

Verdade que nem sempre isso significou vida fácil, haja vista o que assistimos no fim de semana passado. Mas, certamente, o Grêmio de Roger tem demonstrado um jeito interessante de ser em campo.

E neste futebol qualificado, outro aspecto me chama atenção: a inteligência na forma de jogar. A maneira com que se cadenciou o jogo, logo após o susto no início do segundo tempo, mantendo o domínio da bola e trocando passes na tentativa de se livrar da marcação adversária, foi um dos sinais dessa inteligência.

Na partida desta quarta-feira, outros lances ratificam esta minha percepção: no segundo gol, o drible de Giuliano e a calma para permitir a chegada de Bobô; no terceiro, o passe incrível de Lincoln no que, antigamente, chamamos de ponto futuro, muito bem aproveitado por Marcelo Hermes; no quarto, a visão de Luan fez com que Pedro Rocha surgisse livre diante do goleiro, e o próprio Pedro Rocha foi inteligente o suficiente para apenas “dar um tapa” na bola.

Com intensidade, gols marcados cedo e inteligência, o Grêmio segue em frente no Campeonato Gaúcho, onde já está na semifinal, e arruma as malas para mais uma decisão na Libertadores.

Comentários (11)

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Isso mostra o trabalho de treinador que o Roger está fazendo. Deixando um pouco de lado as peças que ele escolhe e pensando somente no funcionamento do time se vê que o Grêmio não está mais dependente de gols na sorte como foi nos últimos anos.

Quanto as escolhas de titulares e reservas é outra história, mas não tira o mérito dessa parte tática e estratégica. No entanto é claro que se insistir em quem não dá retorno, dificilmente pesará na balança esse outro lado.
GRANDE NOTÍCIA da hora de almoço !!!
Fernandinho foi retirado do avião na viagem para o Equador, vai para o Flamengo...
Menos um cascudo para o Roger escalar...
Mais espaço para Lincoln, Everton e Pedro Rocha...
3 respostas · ativo 466 semanas atrás
Será que ninguém quer levar o Douglas e o Edinho?
Com o salário que devem ganhar, quem se atreveria?
Esse Fernandinho é forte de empresário.
Roger, menos cascudos e mais velocidade e vontade. Com mais razão, ainda, na altitude.
1° Lincoln no lugar do Douglas;
2° Luan e Pedro Rocha no ataque.
Fora Douglas e Edinho!!!!
sempre cobrei a iniciativa, o jogar para vencer, o martelar, a velocidade... independente da cancha... nunca esqueço o nosso GRÊMIO de 77: era difícil ir para o intervalo sem ter marcado ao menos um gol... tanto é que foi marcado gol mais rápido da história dos GREnada, o dos quatorze segundos... com os piás na frente, sai da frente!

FORÇA GRÊMIO !!!!!
NOTA da AJFRG:

"Ai que emoção.
Deus (opa, anão fala-fina) fez seu primeiro gol no River.
Nós,viúvas, estamos deveras emocionadas."
O Grêmio de 95, no qual o Roger jogava, era assim. Saia com tudo para cima do adversário, não deixava eles respirarem. Quando queriam botar a bola no chão, já estavam perdendo o jogo. Estes dias me lembrei disto e tracei este paralelo entre o Roger jogador e o treinador. Esta iniciativa ele deve ter trazido daquele time do Felipão.
Agora, contra a LDU, na altitude, ele vai ter que mostrar que é treinador mesmo. Sem Maicon, suspenso, ainda perdeu Ramiro, que seria importantíssimo naquele jogo, seja na lateral ou na volância. Tem o Walace, que não sabemos se estará a 100%.
Chegou a hora da onça beber água, Roger.
Wallace eh dúvida para o jogo decisivo contra a LDU.
Roger disse em entrevista, que caso seja necessario, Fred pode quebrar um galho de volante.
Com isso, fico pensando, em uma suposta ausência de Wallace, seria Roger capaz de escalar Fred e nãoédinho no meio campo?
Acho que não, nem Roger chegaria a tanto, seria caso de internaçao imediata em hospital psiquiatrico.
Se Wallace ficar fora, a opçao mais adequada eh Kaio, aquele jogador que Roger menosprezou nesses joguinhos do noveletão para acomodar seus bruxinhos.

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