6 de abril de 2016

Daniel Matador - Começou o ruralito


"Não é a vontade de vencer que importa, todo mundo tem isso. O que importa é a vontade de se preparar para vencer."
Paul Bear Bryant (técnico de futebol americano)

Lincoln e Bobô foram gratas surpresas nos últimos jogos da equipe.

Caros

O ruralito finalmente começou. A fase classificatória era apenas para cumprir tabela. Até os quero-queros da Arena sabiam que o Grêmio classificaria-se entre os primeiros colocados. Mais do que isso, o time foi o líder absoluto do campeonato até agora. Só que isso não veio de graça. Aconteceu depois de muito suor e críticas. O time trocou peças que, se não eram as melhores, já estavam encaixadas no estilo de jogo do técnico Roger. E nem sempre as peças substitutas conseguem encaixar-se rapidamente. Vieram derrotas que puseram em dúvida a real capacidade da equipe, ao menos entre aqueles que desconhecem o trabalho que é realizado antes das partidas.

Mas o tempo serviu para consolidar algumas certezas e outras boas apostas. Lincoln surgiu de forma fulminante, mesmo tendo apenas 17 anos. Fred começa a mostrar que Geromel finalmente tem um parceiro mais confiável, após a fracassada experiência com Kadu (que foi emprestado para a Ponte Preta). Ramiro mostrou que pode ser polivalente, atuando até mesmo na lateral direita. Bobô fez gols e entendeu como poucos a forma como o time joga. E estamos recém iniciando o mês de abril. O ano ainda promete muito.

Mas nesta quarta o jogo já é decisivo. Por conta da viagem para enfrentar a LDU pela Libertadores, a data e o horário da partida tiveram de ser antecipados. O Brasil de Pelotas, clube gaúcho com a melhor posição nacional após a dupla, por estar na Série B do Brasileirão, é sempre um páreo duro. Rogério Zimmermann é um treinador matreiro e já mostrou sua competência, tanto que dirige o xavante há anos (um feito notável, considerando-se a frenética troca de treinadores no futebol brasileiro). Não pensem que será fácil.

Ao mesmo tempo em que tem de lutar para garantir sua classificação para a próxima fase, o Grêmio também tem de tomar todos os cuidados para não sofrer mais nenhuma baixa na equipe. A Libertadores sempre foi a prioridade do ano. Já perdemos Bolaños e Walace em jogos menores (este último havia lesionado-se contra o Coritiba e retornou recentemente). Que não sejamos mais punidos por abrilhantarmos este certame viciado.

Hoje não é mata-mata. É somente mata. Um jogo só. Não tem recuperação. É matar ou morrer, seguir em frente ou despedir-se. E não basta apenas a história entrar em campo. Fosse assim, ganharíamos todos os confrontos. Preparar-se com vontade para vencer é primordial. Que Roger possa incutir isso na mente do grupo tricolor e possamos partir para o Equador com uma carga extra de confiança. A disputa de verdade começou somente agora. E temos de vencer.

Saudações Imortais