26 de julho de 2013

Daniel Matador: Nós somos campeões da América


Caros

Desde que o mundo foi criado, ele tem passado por uma série de mudanças. Desde a época dos dinossauros ocorrem situações que nos fazem rever os conceitos anteriormente praticados. Mudam civilizações, mudam comportamentos, mudam conceitos. Com o futebol não é diferente. Desde que foi criado, o mais fascinante esporte do planeta tem sofrido mudanças. Algumas para melhor, outras para pior. De um jogo praticado pela elite, acabou adotado pela plebe. E hoje está presente em todas as classes. Posso ser um nostálgico ou mesmo crer que nasci na época errada. Mas o futebol de antigamente aparenta ser tão mais fascinante que o que vejo hoje não me atrai da mesma maneira. Nem tanto por um anormal jejum de grandes conquistas do Grêmio, mas sim pelo que tem ocorrido de alguns anos pra cá.


Hoje em dia qualquer um tem um carro, algo que em minha época de guri era reservado apenas aos mais abonados. Comer carne não é mais um privilégio, coisa que há umas três décadas atrás ocorria, por incrível que pareça. Um telefone não custa mais o preço de uma motocicleta e todo mundo tem celular, algo impensável no passado. Que bom que tudo isto mudou, pois foi uma mudança para melhor. Por mais que ainda tenhamos seres com atitudes discriminatórias que acreditem que um pobre deva ser pobre a vida inteira. Ainda existem alguns que sentem asco ao ter que dividir o mesmo espaço com pessoas de menor classe econômica ou cultural.


Entretanto, confessarei que, no tocante ao futebol, sou um discriminador. Sou tomado por um vil sentimento que não me permite aceitar certas liberalidades que invadiram o esporte bretão. Me acusem do que quiserem, me chamem de saudosista ou qualquer adjetivo que o valha. Mas sou de um tempo em que a Libertadores da América era um certame talhado para poucos. Um portão por onde apenas alguns tinham passagem. Uma arena na qual somente aos gladiadores mais fortes era permitida a entrada. E um olimpo onde raros possuíam o direito serem chamados pela alcunha de campeões. Tão seletiva era que havia a Supercopa dos Campeões da América, um torneio que reunia os campeões da América e mais ninguém. Um clube privado no qual não bastava pagar para entrar, era necessário ter linhagem nobre para lá ser aceito.


Por mais que todos fiquem contentes com a ascensão de clubes menores e sem tradição neste torneio, eu mantenho minha aristocrática posição de desprezo. Não me interessa que montaram o melhor time, só isto não basta. Transformaram o Cirque du Soleil no Circo Garcia. Abriram o Waldorf Astoria para o pessoal que se hospedava no Hotel Roma. Deixaram o cara que só bebia pinga degustar Dom Pérignon, por vezes repetindo a dose num copo de requeijão. Quando equipes do naipe do Once Caldas e outras semelhantes a sucederam na conquista da Libertadores, o brilho da taça ficou menor. Sua importância ainda permanece e o desejo de reconquistá-la se mantém. Mas quando vejo clubes que nada conquistam em quarenta anos simplesmente chegando e erguendo o troféu, penso como devem ficar sentidos aqueles que verteram sangue para vencê-la no passado.


Neste último final de semana pude recordar um pouco disso. Assisti à pré-estréia do filme “Nós Somos Campeões da América”, idealizado pelo grande gremista Gustavo Turck. Com depoimentos de ídolos tricolores do naipe de Mazaropi, De León, China, Tarciso e Valdir Espinosa, foi montada uma obra magnífica sobre a primeira conquista da Libertadores da América pelo Grêmio, a qual fará 30 anos neste próximo domingo. Recapitulando todos os jogos daquela grandiosa campanha, onde não bastava apenas jogar. Era necessário deixar a alma no campo. E ali percebia-se que, naquela época, aventureiros não se criavam nos campos do Prata ou nas montanhas colombianas. Não bastava querer entrar no grupo. Era necessário encarar os adversários com sangue escorrendo pelo rosto. E mostrar que o sangue era azul.


Ao ver e emocionar-me com este belo trabalho, fiquei com um sentimento não apenas de nostalgia. Também fiquei esperançoso de que o Grêmio possa inspirar-se em seu passado vencedor e voltar a protagonizar as conquistas no Estado, no país, no continente e no mundo. Mesmo sabendo que talvez tenha de aguentar agora a presença de meia dúzia de chinelões que entraram de penetra na festa.

Saudações Imortais

Comentários (85)

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meninos, EU vi ! e acredito, piamente, que breve tornaremos a erguer este e tantos outros canecos!
(estamos trabalhando para isso)
domingo, temos de entupir a Arena e comemorar os trinta anos com uma bela vitória!

FORÇA GRÊMIO !!!!!
Essa ideia de que "Libertadores da América era um certame talhado para poucos" é o mais puro retrato do que o Grêmio se tornou: um velho ressentido achando que o passado era o que valia a pena. A partir daí, a culpa é de todos: do juiz (lembrando em assustadora maioria dos posts deste blog), da imprensa (que aqui também é estrela), do Odone e até de parte da torcida, sobretudo a parcela que não acredita que o Koff, o Renato e eteceteras sejam a solução (e que se não solucionam, é por culpa do juiz, da imprensa e da outra parte da torcida). temos feito merda, meus amigos, o futebol e a vida são assim mesmo, mas se os "menores" estão sendo maiores que nós, mais digno e honesto é olhar pro próprio umbigo, ao invés de cuspir no prato pelo qual amanhã ou depois vamos fazer e comentar posts exaltando a importância. Sejamos dignos ao menos do nosso passado, por favor. Ou isso ou boa sorte, e que sejamos felizes com o álbum de figurinhas.
1 resposta · ativo 609 semanas atrás
hsuahusahsa que recalque velho
O Grêmio é clube que vive do passado , estamos a mais de 30 anos sem um titulo de relevância, administrações equivocadas, brigas internas, é muito tempo sem nada, todo ano a história se repete , entra ano sai ano , brigamos por vaga e nada mais, perdemos a vocação pela vitória , as ultimas libertadores que participamos , só fiascos , o ultimo fiasco foi com o Sr .Luxemburgo , agora veio o Renato , que não é nada mais do que um motivador , taticamente um desastre , outro que não treina , é só rachão , não se vê uma jogada ensaiada, é tudo na superação , no sacrifício, brigam com a bola , vem muito sofrimento pela frente, vamos aproveitar a visita do papa e orar , é o que nos resta .
2 respostas · ativo 609 semanas atrás
Numa neblina de fogos entrava em campo meu tricolor, um canto que ecoava em todos os cantos do monumental, um hino para fazer o adversário tremer na base, pois sábia que além daquela torcida fanática enfrentaria um time com uma vontade épica, uma garra incomum, de quem realmente quer ganhar e vai ganhar, assim via meu Grêmio entrar em campo em 95, um time com amor com garra que até hoje tanto tempo depois lembro da escalação, Danrei, Arce, Rivarola, Adilson, Roger,Dinho, Goiano, Carlos Miguel, Adilson, Paulo Nunes, Jardel...Libertadores ganhada na raça na entrega...não esquecendo do comandante Felipão que até hoje assombra por sua liderança e sua inteligência tática.
Vivo na esperança que amanhã será melhor, e será, nunca vi uma camiseta do Grêmio ser queimada nem uma bandeira, não como nosso cocôirmão na semifinal da copa do Brasil contra o Juventude onde além do chocolate a torcida colorida queimou camisetas e bandeiras, ainda deve ter em algum vídeo pela internet “não perco tempo olhando isso”, mais lembro da final da libertadores contra o Boca onde perdendo a torcida cantava como se fosse campeão, por isso e outras que não caberiam aqui, sou gremista e me orgulho pois o que esse clube me proporcionou até agora e ainda tem o futuro que tenho certeza que vai ser de glória e títulos...
Não posso concordar. Seguindo a lógica do texto, nós éramos os penetras chinelões em 83, contra os (acreditem) todo-poderosos uruguaios... Não adianta, o mundo é dinâmico. O futebol imita a vida, ou o contrário. Temos uns 12 grandes clubes no Brasil, e todos, cedo ou tarde, chegam lá. Nem que apanhem um século até aprenderem (inter), mas chegam lá. Não adianta. Tentar diminuí-los não diminui a conquista deles. Eu nunca gostei muito do ditado: a sorte ajuda os bons. Mas ponho-me a refletir... quando o Grêmio viveu sua fase de ouro (1994-2001) os colorados adoravam dizer que era sorte, e isso me deixava irado. O Schumacher foi heptacampeão e o Galvão perdeu a voz o chamando de sortudo. Hoje eu vejo tudo dar certo para o inter. Vou fazer o quê? Chamá-los de sortudos também? Sim! Sortudos e rabudos do raio que os parta!!! Vão ter sorte assim na PQP!!!!!!!!!!!!!!!
4 respostas · ativo 609 semanas atrás
Vale lembrar que o Grêmio estava na libertadores deste ano. O Atlético foi superior, no futebol e na raça, não só ao Grêmio, mas em relação a todos os outros times, e mereceu este título, não vejo razão de desprezá-los. Estamos realmente vivendo do passado ao invés de reescrevermos a nossa história.
Daniel, gosto muito dos teus posts. Acho-os lúcidos na grande maioria das vezes. E há pouco enquanto tomava banho uma nostalgia se apossou de mim ao recordar da copa dos campeões do mundo capitaneada pelo SBT em 95, lembra? O Renato jogou um tempo pelo Grêmio e fez até cruzamentos p/o Jardel!! Só Grêmio, Flamengo, Santos e São Paulo tinham credenciais para participar dele....Entretanto, tenho que concordar com os que dizem: O mundo é dinâmico! E espero que realmente estejamos trabalhando para recuperar nosso prestígio, isto é, para levantar taças novamente e não apenas ficarmos como velhos ressentidos rabugentos evocando um passado que... Passou! os títulos ficam, não perdem a validade, mas se não voltarmos a figurar entre os vencedores da atualidade vamos continuar como aristocratas que perderam a fortuna mas não perderam a pose!
4 respostas · ativo 608 semanas atrás
Seu Algoz, estão falando em trazer o Douglas de volta, pode ter opções pro grupo na B, tu que está mais perto pode nos dizer alguma coisa sobre o Márcio Diogo do Avaí? Me parece uma boa opção pra meia, é rápido, tem drible, visão de jogo e faz gol.
Abraço
Que texto mais infeliz, não é desta forma, amarga, ressuntida e enganadora que o Gremio irá reencontrar o caminho das vitórias. Em 1983 os colarados, cheios de inveja e ressentimentos, iqual ao que vejo neste texto, diziam que o título do Gremio não era recolhecido pela FIFA, que o Hamburgo era um time de segunda linha do futubal europeu, tanto é que nem tinha sido o campeão Europeu, que para eles o jogo não representou nada, pois nem um banco de reservas tinham e bla, bla, bla, mas o que importa é que Gremio foi lá e conquistou o maior titulo da sua história e é reconhecido como um legitimo campeão do mundo. Em 2006 foi a vez do SCI que após conquistar a LA sagrou-se compeão do mundo em cima do poderoso Barcelona, já naquela época uma máquina de jogar futebol, campeão da liga dos Campeões e considerado o melhor time do mundo. Resumo: foram duas magnificas conquistas, cada uma com suas caracteristicas próprias devido ao momento histórico em que ocorreram. O resto é amargura, ressentimentos e choro do perdedor da hora.
8 respostas · ativo 608 semanas atrás
Bem curtinha, Algum jogador Argentino deu certo no Gremio?Até quando vão trazer banco dos outros time?É isso que se ve no meu Gremio;
2 respostas · ativo 609 semanas atrás
Concordo com o pessoal aí de cima. Não adianta só ficar lamentando que a Libertadores mudou pra pior, ou que times que antes não tinham expressão internacional nenhuma começaram a ganhar títulos importantes, se o nosso time também mudou pra pior e deixou de ganhar esses mesmos títulos. Torci contra o Pilantra, claro, mas se o Atlético tivesse perdido aquela taça, a situação DO GRÊMIO não melhoraria em absolutamente nada.

Também não entro na onda dos corneteiros incondicionais que veem "desculpas" em tudo. Que acham que o clube tem que se apequenar, esquecer sua história e apanhar calado de todo mundo enquanto não ganhar um grande título. Pelo contrário, é se impondo que se ganha respeito, que se reforça uma identidade e se chega às conquistas. Foi assim com todos esses clubes que saíram do limbo nos últimos anos.

Vivemos um paradoxo: Pra voltarmos à grandeza, temos que ser campeões. Pra voltarmos ser campeões, temos que ter grandeza. O problema é que tentam resolver esse dilema pelo caminho errado: primeiro o título, depois a atitude vencedora. Isso sim é depender da sorte.
2 respostas · ativo 609 semanas atrás
__O Grêmio tem que mudar, promovendo a união de todos. A existência de mais do que 10 grupos políticos em torno de um clube de futebol é um absurdo. Há uns anos A. Preis comandou um planejamento estratégico. Foi seguido? A cada troca de gestão, troca de nomes e política . União e planejamento de longo prazo, colocando os interesses do clube acima dos pessoais é o caminho das conquistas.
1 resposta · ativo 609 semanas atrás
Não vi o Atlético MG jogar um futebol tão exuberante para merecer o título. O que eu vi foi muita sorte e o sr. Victor adiantando-se , e muito, nas cobranças de pênaltis. Jamais o juiz mandou voltar como fizeram com o nosso goleiro Eduardo Martini. Isso é sorte ou trabalho de bastidor? Se for trabalho de bastidores, não vejo graça nenhuma vencer assim. Alguém acha aqui que o Atlético ganhou com futebol sobrando? Ou foi tudo no desespero e no salve-se quem puder? Não se trata de inveja, mas não vejo um timaço como víamos nos vencedores de Libertadores em outros tempos. Veremos como se sairão no Brasileirão deste ano. Se mostrarem um grande futebol, aí darei o braço a torcer.
6 respostas · ativo 609 semanas atrás
Por favor, alguém sabe dizer como faço pra assistir o filme sobre a Geral?
Eu sei que vão me negativar,mas este teu post está exalando inveja.
6 respostas · ativo 608 semanas atrás
Muitas coisas mudaram nestes 30 anos que separam o dia em que, com 12 anos de idade, chorei pela primeira vez pelo meu grêmio...com os dias de absoluta desilusão que vivo hoje..

O futebol Uruguaio e Argentino, que eram os papões da COPA, empobreceu a tal ponto que o sonho dos jogadores platinos atualmente é ter salário de jogador brasileiro!

As regras e punições da PHIFA, que antes valiam para a parte do mundo que vivia acima do Equador...transformaram um esporte que é de contato em sua essência em uma espécie de balé, onde o espetáculo deve prevalecer! O famoso carinho, por exemplo, jogada que bem aplicada no início da partida deixava claro ao atacante adversário que ele não teria vida fácil nas cercanias da nossa área, em breve estará tipificado no código penal!

É engraçado, mas naquele futebol de outrora, com todas as adversidades (inclindo os salários modestos), surgiram Pelé, Garrincha, Rivelino, Newton Santos, Maradona, Zico, Renato e muitos outros craques genuínos que se jogassem hoje receberiam milhões por dia, já que atualmente qualquer Kleber Gladiador da vida acha que vale R$ 500 mil mês (ou uma she-Ha de tiara que ganha R$ 1 milhão/mês).

O futebol como paixão inexiste entre os "atletas" que o praticam, o que existe hoje é Business...e nesta visão puramente comercial, quanto maior o número de clubes que vençam as competições, maior a venda de produtos, maior o mercado consumidor para tudo relacionado ao futebol.

Todavia, algumas coisas não mudaram: para vencer é preciso ter TIME..e é isso tem faltado ao grêmio nos últimos anos (algumas vezes até temos vontade, gana, coisa que não vejo hoje, mas na hora H...falta bola, falta aquele jogador decisivo, um craque que decide uma partida em uma jogada)...

Não canso de dizer que somos os morangos dos anos 90, que tinham por principal adversário o Juventude..e que nem final de gauchão jogavam (qualquer semelhança com as nossas desclassificações para Palmeiras, Caxias, Milhonários, Santa-Fé e outros do mesmo quilate futebolístico não é mera coincidência).

Sou saudosista não das libertadores ganhas na porrada, mas de um grêmio que sempre queria algo mais...um grêmio valente, irresignado e que jogava muita bola! Aquele grêmio venceu outrora como venceria hoje, sem problemas...

Já esse time que temos hoje...não vence hoje como nem figuraria naqueles tempos onde a palavra covarde, amorfo, indolente...rimava com morango...jamais com tricolor.
10 respostas · ativo 608 semanas atrás
Teste.
Que a Libertadores do passado, principalmente dos anos 90 para trás, eram mais difíceis disso eu não tenho dúvida. Mas a nossa incompetência nesses anos todos sem título foi tão grande que conseguimos chegar a apenas uma final em que fomos atropelados, em um torneio em que São Caetano e CAP foram finalistas, sem contar os campeões alternativos. A culpa de tudo isso é do próprio Grêmio que mesmo tendo a fórmula vencedora nas mãos foi capaz de perdê-la e faz de tudo para não encontrá-la mais, deixando a impressão de que está gostando de viver na mediocridade dos acomodados sem ambição.
E é mais um gol do Weverson. E nós preferimos goleadores eficientes e baratinhos como Kleber e Barcos? E dizer que eu mesmo torci muito pela contratação deste último pelo Grêmio!?
1 resposta · ativo 608 semanas atrás
Saudades do Gremio guerreiro e peleador. Nosso time virou comum, não tem mais aquela bravura que mesmo com times limitados tecnicamente, atemorizavam os time do eixo RJ/SP.
http://www.espn.com.br/noticia/345074_renato-gauc...

Dois gols e uma assistência. Abre o olho, Barcos.
Pois é. Eu vi o ressurgimento do Grêmio desde 81. Aprendi, ali, conhecer futebol ganhador. O Grêmio estava p'rá ser rebaixado, com metade do campeonato já disputado quando o treinador Enio Andrade, ousadamente, mandou todos os cascudos para a reserva, com exceção de 2 ou 3 e promoveu a entrada de juniores. Foram 7 titulares de uma tacada só e mais 3 ou 4 reservas. A partir de então se via vontade em campo, garra, camiseta e ganhamos o título em cima dos "bambis", que na época era uma seleção. Esse time, com algumas mexidas, foi vice brasileiro em 82 e campeão da LA e mundial em 83.
A partir daí, todos os demais títulos do Grêmio vieram quando foram usados atletas vindos das categorias de base. Em 96, não foi diferente. Lembram de Carlos Miguel, Arilson, Emerson, Danrlei, Roger, só p´rá falar nos titulares.
Pois bem, agora quando vejo que o time é formado por mercenários, em detrimento aos relegados pratas da casa, concluo que tão cedo não seremos campeões. Concordo, plenamente, com o Francisco, sobre o conceito de nossos presidentes e treinadores.
Vivo longe do RS e não posso dizer como são os bastidores do Grêmio, a não ser pelo que leio nos blogs tricolores e alguma olhada de canto de olho na imprensa, pois desconfio de tudo que publicam. Mesmo assim não sou da turma que em tudo vê complô pra prejudicar o Grêmio. Se for assim, temos que acertar nossas dívidas com o capeta, ou porque tudo e todos seriam contra nós? Se temos a maior torcida, como é que "eles" dominam todos os espaços de poder, mídia, empresários e até dão conta de manter boas relações com Deus? Que miseráveis nos tornamos!

Bom, então não acredito muito nestas conspirações. Mesmo sem saber muito dos bastidores, acho que muito da nossa seca vem de nossas brigas de vaidades, disputas de poder e, não menos importante, de uma tremenda incompetência que nos acompanha há pelo menos uma década. Só pra citar um exemplo, não revelamos nenhum grande jogador do meio pra frente depois do Anderson (e isso faz uns OITO anos!). Isso é problema nosso, incompetência nossa!

Sobre a tal continuidade, em geral eu concordo que deve haver, mas na medida do razoável. Ou vocês acham que o Luxa deveria ter tido "mais continuidade"??? Então, quando defendemos uma ideia como essa, temos que explicar pra não ficar achando que "só a continuidade basta".

Sobre jogadores que saíram e se tornaram campeões em outros clubes, não sou estressado com isso porque, com exceção do Vitor que talvez fosse cobrado em exagero (mas lembrem que ele passou a ser cobrado em relação a ele mesmo, pois teve um tempo que a torcida gremista o elevou aos céus), mesmo assim pelo que sei ele não "foi saído", e sim optou por sair. Creio que tanto o Vítor quanto vários outros saíram por ver no Grêmio um ambiente ruim, conforme os itens citados acima. Então, não é (só) por culpa da torcida que eles saem. Quanto aos demais, Rever, Fábio Santos, Alessandro, Gilberto Silva, Douglas, etc. são todos jogadores médios a bons, que oscilavam de rendimento no Grêmio e as respectivas diretorias ou propostas que eles receberam os levou a sair. Não fico choramingando por isso. Se fosse pra ganhar títulos, o cara que pelo papel que cumpre em campo mais nos faz falta seria o Pilantra. Mas nem vale a pena entrar nesta seara. A defesa do Galo levou balaios de gol na Libertadores, mas fez o mesmo tanto ou mais e teve sorte nas disputas parelhas. Então, não foi tanto mérito do Vítor, Rever, G. Silva ou Rafael Marques (Deus e livre) que fizeram a diferença, mas a quatro jogadores bem ofensivos, rápidos e de qualidade e uma proposta de "agredir" o adversário. Coisa que a torcida do Grêmio não concorda muito, pois acha que temos sempre que priorizar a defesa. E só pra lembrar: se foram tantos jogadores bons, foram balaios de nabas embora também nestes últimos anos (nem vale a pena começar a lista). M. Moreno e outros, se lembram, foi por encrenca com o Luxa. Se tinha razão ou não, não sei. Só não venham culpar a torcida!

E finalmente, sobre ganhar Libertadores "sem sedimentar um caminho", acho que no caso do Galo teve muita sorte (um dia ela iria sorrir pro lado deles), mas também tem o mérito de montar um grupo sedento por vitórias (ou construir esta "sede" junto ao grupo) em um período de tempo menor. Pela lógica do Daniel, um caminho mais curto é mais difícil (pensando no Grêmio), mas se eles conseguiram então devemos reconhecer esta capacidade de fazer o mais difícil. Mas que eles tem uma aura perdedora, a isto tem. Resta ver de agora em diante se se contentarão em perder e dizer que "amar o galo é mais importante que as vitórias", como sempre diziam aos "raposas". Sempre vi nisso uma forma de desviar o debate sobre competir e vencer. Se a torcida do Grêmio é mais exigente, é porque experimentou o sabor de grandes conquistas anos atrás e sabe o quanto é bom vencer. Ainda bem que somos assim; jamais gostaria de ser igual a torcida do Galo: ter uma grande alegria em 42 anos. Toc toc toc!
Parabéns pelo Post. Daniel Matador.
A propósito alguém da direção poderia pedir pro Renato vestir a 7, para jogar nem que seja 10 minutos por jogo e deixar nosso time com 2 Tentos na frente do adversário? Fico imaginando se o Renato fosse mais novo o que faria, parabéns Santo tu é o Cara.
Somos campeões da América sim senhor e os primeiros e de quem lembramos na história sempre dos primeiros.
Que a data de amanhã marque nossa caminhada rumo as vitórias, e novas histórias ainda por vir.

Força Grêmio.
2 respostas · ativo 608 semanas atrás
Chapecoense liíder da série B com um jogo a menos ( 9V, 2E, 0D). Ainda quero ver o Gilmar Dal Pozzo treinando o Grêmio com um trabalho desde o início da temporada e com a mesma paciência que o torcedor teve com o mito Luxa.
1 resposta · ativo 608 semanas atrás
BATISTA LÊ AQUI: SEU FDP!

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