Eu aprendi que educação, ou se tem de berço ou não se tem.
Eu aprendi que ter palavra é uma das maiores virtudes de um ser humano. E obrigação, também.
Eu aprendi que fineza não se compra em farmácia.
Eu aprendi que malandro é a minhoca que não tem perna para não tomar rasteira.
Eu aprendi que cachorro que come ovelha só matando.
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O episódio dos ingressos para o GRE-nada de domingo separa bem duas categorias de gente.
A dos velhacos malandros e a dos homens com palavra.
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Os homens de palavra acreditaram que do outro lado havia também gente de palavra e fez um acordo. Mil e quinhentos ingressos para a torcida visitante nos dois GRE-nada.
Do outro lado havia velhacos que acreditavam serem malandros. Palavra? Não. Isto é para trouxas, pensaram. E então inventaram a porcentagem de ingressos sobre a capacidade do estádio.
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Pois então tá, pensou o homem de palavra. Vamos fazer cumprir a lei. E pediu 10 % da capacidade do estádio em ingressos, conforme o regulamento.
Isto obtido, o tapa de luvas final: "embora tenhamos direito a 2 mil ingressos, aceitamos os 1500 que foram acordados."
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E mais não disse porque não é necessário.
Os malandros continuam esperneando e se negando a dar os ingressos devidos. Correm o risco de acabar definitivamente passando da categoria malandro para otário. Até porque o mal do malandro, é achar que todo mundo é otário. E otário acaba sendo ele.