1 de outubro de 2012

O jogo que eu vi


Primeiro tempo de Grêmio X Santos: parecia que levaríamos o adversário de roldão. O time esteve perfeito. Pressão total ao embalo do Olímpico lotado. Lindo de se ver. Neymar, totalmente excluído do jogo, nada fez.
Equipe com pinta de campeã.

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Segundo tempo bisonho. O Grêmio voltou irreconhecível do vestiário. Podemos especular os motivos: a equipe teria acusado o cansaço da longa viagem ao Equador? É uma possibilidade. Ou atrapalhou-se com a expulsão de Neymar? Após a saída deste jogador , o Santos fechou-se de tal maneira que a área adversária ficou quase intransponível. E foi  num lance fortuito que conseguiu o empate. Frustração total. Muito pior para a alma do que ter de ouvir  "Ai, se eu te pego!" no metrô de Paris às 8hs de uma manhã gelada  de fevereiro.
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Conclusão: se conseguimos jogar como um campeão no primeiro tempo do jogo contra o Santos, porque  não poderiamos repetir a dose nos próximos?
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Tento apreciar o estilo trombador de Kleber, mas não consigo. Sei que é gladiador e tem o perfil do lutador com garra e que não se entrega nunca. Mas isso não está sendo suficiente. No máximo, tem conseguido me irritar. Causa-me calafrios vê-lo dominar a bola e se atirar para cima do marcador. Nessas disputas, invariavelmente, ele tem perdido. Parece despender uma usina de energia para um resultado pífio. Poderia deixar de segurar tanto a bola e tentar tabelar com o companheiro para se livrar da marcação. Algumas vezes arranca em velocidade rumo ao gol adversário com um clarão a sua frente, mas, inexplicavelmente, trava no caminho para buscar o confronto físico. Acho estranho. Parece um ritual que, na sua cabeça, tem de ser cumprido. Está preso a uma filosofia de jogo que criou para si próprio e dela não consegue se desvencilhar. Essa sua estratégia do combate corpo-a-corpo não está me parecendo uma boa escolha. Conseguirá mudar seu estilo? Penso que não.
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Sou uma otimista teimosa. Mais teimosa que o  Gladiador . Tipo uma Hebe tricolor. Quem curte chafurdar no pessimismo, que vá ler a coluna de Paulo Sant'Ana. Só atiro a toalha quando a situação for irreversível. Sou assim mesmo: não adianta espernear e cornetear . Não aprecio desânimos fora de hora e ainda não desisti da idéia do título. Cautelosamente, prefiro esperar pelas próximas três rodadas
Alguém vai ter de segurar o Fluminense. Mesmo porque, se esse time conseguir manter um aproveitamento tão alto e sem percalços até o final do Brasileiro... buenas, então será caso para os estudiosos do futebol se debruçarem.
 


 
Hebe era uma guerreira
que não se mixava  
por pouca coisa.
Era craque!
Flambava o inimigo
em fogo brando
com muita doçura.
E com ar triunfal,
driblava as adversidades.
 
 
 

E Werley, aos 24 anos, tem demonstrado grandeza.
Há tempos venho observando este jogador.
E gosto do que vejo:  vontade, discrição e eficiência.
Estará surgindo um grande zagueiro no Imortal tricolor?