Perdi a conta na mesma proporção que eu não perdia jogo. Com chuva, frio, calor, não importava. Lembro que um dia nevou em Porto Alegre. Não lembro se teve jogo do Imortal. Se teve fui.
Depois a vida me levou para outros cantos. Mas voltei.
Estou no Olímpico. Quem quiser me ver vai me encontrar na lateral esquerda da geral, quase na risca da grande área. Ou no meio da social. Ou mais para a esquerda das cadeiras sociais. Eu sou aquele cara com um olhar sorridente de felicidade e ao mesmo tempo com uma lágrima no olho. Eu sou aquele com a camisa de 1983. Entre todas as que eu tenho, foi a que escolhi para vir neste último jogo. Tirei do guarda-roupa e pendurei no varal para tirar o cheiro de roupa guardada. Ela é especial. Só é usada em ocasiões muito, muito, muito especiais. Usei no dia 28 de julho de 1983. Usei na noite mágica do mundial de Tókio. Usei em mais 2 ou 3 vezes. Porque ela é especialíssima.
Entrei agora no Olímpico. O fabuloso público do alentaço já foi. Foi recarregar a energia para voltar amanhã. Mas eu cheguei hoje. Engana-se quem pensa que estou sozinho aqui. Há milhares de pessoas sentadas por todo o estádio. Há outras milhares correndo na corrida do Olímpico.
Você que está em Cuiabá, Rio de Janeiro, Três de Maio, Sidney, Londres, Abu Dhabi, Iraí, Fortaleza, Los Angeles, Chapecó... , você está esperando o que para vir ao estádio?
Eu já estou aqui. Estou fazendo minha parte. O Olímpico está bonito. Lindo na verdade. Ele sabe que amanhã é um dia muito especial. Sabe que vai receber o carinho e o amor eterno de todos os gremistas. Do mais sereno ao mais alucinado. Do mais doce ao mais azedo. Do mais velho ao mais novo.
Ele está feliz porque sabe que é eterno. Ele tem esta vantagem sobre eu, sobre tu, e sobre tu e tu... Nós morreremos um dia. O Velho Casarão jamais morrerá. Ele já está na história da humanidade. Ele está na história do Universo. Ele está na história de todo amante do futebol. Ele está na história de todo o torcedor Imortal que venha a nascer e morrer. Só o Olímpico não morrerá jamais. Vai se aposentar e torcer pela Arena.
Eu já estou aqui e nem me importo com a chuva. O que tu estás esperando para vir?
Entrei agora no Olímpico. O fabuloso público do alentaço já foi. Foi recarregar a energia para voltar amanhã. Mas eu cheguei hoje. Engana-se quem pensa que estou sozinho aqui. Há milhares de pessoas sentadas por todo o estádio. Há outras milhares correndo na corrida do Olímpico.
Você que está em Cuiabá, Rio de Janeiro, Três de Maio, Sidney, Londres, Abu Dhabi, Iraí, Fortaleza, Los Angeles, Chapecó... , você está esperando o que para vir ao estádio?
Eu já estou aqui. Estou fazendo minha parte. O Olímpico está bonito. Lindo na verdade. Ele sabe que amanhã é um dia muito especial. Sabe que vai receber o carinho e o amor eterno de todos os gremistas. Do mais sereno ao mais alucinado. Do mais doce ao mais azedo. Do mais velho ao mais novo.
Ele está feliz porque sabe que é eterno. Ele tem esta vantagem sobre eu, sobre tu, e sobre tu e tu... Nós morreremos um dia. O Velho Casarão jamais morrerá. Ele já está na história da humanidade. Ele está na história do Universo. Ele está na história de todo amante do futebol. Ele está na história de todo o torcedor Imortal que venha a nascer e morrer. Só o Olímpico não morrerá jamais. Vai se aposentar e torcer pela Arena.
Eu já estou aqui e nem me importo com a chuva. O que tu estás esperando para vir?