30 de abril de 2015

Ofícios do ofício e outras humanidades


Em 13 de abril de 2015, a Escola Nacional de Arbitragem de Futebol da Confederação Brasileira de Futebol - ENAF-CBF, enviou às Comissões Estaduais de Arbitragem, árbitros e clubes que participam nas competições coordenadas pela CBF o Oficio Circular 017/CA-CBF/2015 (leia a íntegra aqui). Sim, o ofício também é regido por ofícios.

Nele, entre outras coisas, existem as seguintes orientações:

1) As recorrentes e acintosas reclamações, individuais ou em grupo, contra as decisões do árbitro e de qualquer oficial da arbitragem, tanto durante como após o encerramento das partidas, exigem adoção de medida disciplinar adequada, pois as regras do jogo o permitem e exigem.

2) A proximidade dos lances, critérios iguais para lances semelhantes, postura firme e destemida, o correto uso do apito e palavras firmes, mas respeitosas – nunca desafiando - são os meios mais eficazes para evitar atos dessa natureza.

3) Qualquer pessoa que, durante ou ao final da partida, se dirigir à equipe de arbitragem para aplaudir (de forma irônica), reclamar de qualquer marcação ou ofender a equipe de arbitragem deverá ser EXPULSA (se for jogador ou substituto) e EXCLUÍDO (se oficial de equipe), devendo o fato ser registrado fielmente e em linguagem clara e objetiva no relatório da partida.

No domingo, notou-se que Daronco não viu as orientações, posto que um certo jogador passou o jogo todo "orientando" o apitador sem que elas fossem postas em prática. Será que o Vuaden as verá até domingo? Ele que não viu este pênalti no Pará, no Gauchão de 2014?




E Barison, o bandeira, terá mais uma "atuação humana"? Vejam neste post do Corneta quão errare humanum est ele é.

Beijo Azul!

Siga Adri Rodrigues no twitter: @Adri_SROX
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Post escrito por Adriana Rodrigues.

28 de abril de 2015

Chico "Kadafi" Noveletto?

Em junho de 2011, quando foi eleito para mais 4 anos como presidente da FGF (a matéria neste link fala em 3, mas são 4), Chico Noveletto garantiu ao jornalista Mário Marcos que seria o seu último mandato à frente da entidade. E emendou: "Não quero me transformar em um Kadafi", fazendo referência ao ditador líbio que se manteve no poder de 1969 a 2011.

Nesta terça-feira, Chico Noveletto parece ter decidido incorporar o espírito de Kadafi. Declarou que irá concorrer à reeleição porque se sente "no direito de curtir mais um mandato" (vejam a matéria aqui).

Lá vamos nós, para a manutenção do feudo colorado na FGF. Aliás, as eleições de federações de futebol no Brasil são, talvez, as feitas com menos alarde no mundo. São silenciosas, muito silenciosas, porque barulho incomoda.

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Leia abaixo o post, muito bom, do Nícolas.

"Ah, Muleque: Ato 1: Da desilusão ao Êxtase"

Há cerca de dois anos , no dia 4 de janeiro de 2013, com um comentário despretensioso aqui no Blog Imortal Tricolor, sugeri que fosse dada uma chance para que um jovem também pudesse opinar nesse espaço e, sem querer, dei início a uma valiosa experiência escrevendo neste espaço. Hoje, em um momento completamente diferente e com um jeito novo de ver o futebol, é com essa mesma despretensão que volto a manifestar-me por aqui. 

2015 começou diferente de todos os anos anteriores. Novos projetos, nova administração, novos objetivos e, principalmente um pedido que era feito desde sempre sendo, enfim, atendido: que se aproveitasse os garotos da base em um time que mesclasse juventude e experiência.

Com a volta de Felipão, os jovens sendo integrados ao time principal, e finalmente com humildade para disputar todos os campeonatos com a mesma motivação, tudo se encaminhava para dar certo desde o início.  Mas não deu, e rapidamente a paciência da torcida se esvaiu. Perdemos para o Aimoré, para o Brasil de Pelotas e, como num piscar de olhos, uma plateia de milhares de gremistas viu a Epopeia¹ se reescrever em um Drama². Se no primeiro capítulo parecia que caminhávamos para voltar ao caminho das conquistas, logo a necessidade de reforçar a equipe surgiu e tão logo quanto, surgiram os reforços. Chegaram atletas experientes, o time foi reorganizado e aos poucos as vitórias começaram a surgir e a desilusão mais uma vez deu lugar ao vislumbre do êxtase. 

Todo bom filme, assim como toda boa peça, exige um momento em que as dificuldades parecem insuperáveis. Um momento em que a mais simples barreira pareça uma muralha intransponível, do contrário as conquistas não teriam valor algum. E foi assim que o ano começou: com um céu escuro que fez com que muitos torcedores desacreditassem de vez no time e o abandonassem quando ele mais precisava... ainda assim fomos capazes de superar as adversidades, e como muitos gostam de dizer “contra tudo e contra todos” chegamos à final. Talvez a velha citação de Batman Begins seja mesmo verdade: “É sempre mais escuro antes de amanhecer”.  Quem sabe não seja esse finalmente o amanhecer no Humaitá??

Assim como toda trama de sucesso exige o momento de tensão, o conflito central, também há sempre o clímax e o desfecho final. É fato que o Gre-nal 405 de domingo passado foi o grande clímax da história: um jogo que já carrega sozinho toda mística de um grande clássico que é, teve ainda toda sua atmosfera carregada com a hospitalização do Dr. Koff, a vontade do Grêmio e toda sua torcida de voltar a vencer o campeonato estadual e ainda ser a primeira final disputada por Felipão em sua volta. O clima foi de batalha do início ao fim do jogo e nos mostramos capazes de conter um adversário que jogou mais de metade do jogo com dois a mais. Não mostramos o melhor de nosso futebol, não conseguimos vencer e ainda complicamos muito a caminhada rumo ao título ao deixar a decisão para a casa do adversário. No entanto, é inegável que a vitória no Beira Rio poderá ser o êxtase do qual nossa torcida está tão carente – e quem sabe mais um capítulo da Epopeia de Felipão em frente a casamata tricolor.

PS: Também dois anos atrás, no dia 6 de Janeiro de 2013 meu primeiro texto vinha ao ar aqui no blog  (http://blogremio.blogspot.com.br/2013/01/ah-moleque-o-grito-do-guaiba.html). E desse texto relembro uma citação do Seu Algoz: “Como todo guri, ele tem que praticar bastante ainda redação, senão não vai passar no ENEM. Como todo pouca prática na redação, ele troca todos os pontos por vírgulas.” Queria dois anos depois deixar registrado que tirei 940 na redação do ENEM... e também agradecer ao Algoz, ao Daniel, a Pitica e a todos que de alguma maneira me criticaram construtivamente para que eu pudesse evoluir e escrever melhor....

  Um abraço e até a próxima semana!

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27 de abril de 2015

Avalanche Tricolor: fomos grandes quando ficamos menor em campo

por Milton Jung

Grêmio 0 x 0 Inter


Gaúcho – Arena Grêmio


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Jogamos bola enquanto tivemos condições; impedimos que se jogasse depois que ficamos em desvantagem. Verdade que poderíamos ter jogado um pouco mais do que jogamos; e segurado ainda mais quando não podíamos mais jogar. Apesar de tudo isso, vamos para final em plenas condições de conquistar o título gaúcho. Na última partida todos os empates nos favorecem, seja para decidir nos pênaltis seja para levantar a taça. Isso significa que o adversário vai ter de atacar.

O passe não funcionou tão bem quanto nos jogos anteriores, resultado da marcação mais forte que encontramos pela frente. Ou será que ninguém percebeu que o adversário entrou “fechadinho” (e depois o Felipão é que é retranqueiro)? Quando se tem pouco espaço, o pouco que se tem deve ser explorado de maneira efetiva, tem-se de chutar na primeira chance, aproveitar-se das faltas marcadas (quando o são) e finalizar com precisão.

A falta de um matador ainda é gritante, pois as chances foram criadas e a bola rondou o gol adversário. Mas não apareceu ninguém para empurrá-la para dentro. Quando aparecia, escapava do pé, saía por cima, pelo lado … desperdiçávamos oportunidades que fazem muita falta em uma decisão.

Fomos grandes, porém, quando ficamos menor em campo.

Marcelo Grohe cresceu no gol, fechou o que pode, nos fez respirar aliviado e parou o jogo sempre que necessário. Sabia que, naquelas condições, não levar gol em casa poderia fazer diferença no jogo final. Ele não levou gol e segurou a bola até onde pode.

Assim como Marcelo, toda a equipe soube se defender. Nossos laterais não fizeram feio lá atrás. Nossos zagueiros despacharam a bola o quanto puderam. E nossos volantes corriam para impedir qualquer perigo. Arriscamos até alguns contra-ataques, mas pecamos na finalização, mais uma vez.


Mesmo em condições adversas e com pouco tempo em campo, Cristian Rodríguez mostrou-se lutador e talentoso. Pode se transformar no ponto de desequilíbrio na partida final e, quem sabe, no companheiro capaz de dar a Braian a chance dele entrar para a história do Grêmio com um gol decisivo. Se não, podemos contar com Yuri Mamute saindo do banco para ser nosso herói.

Sim, eu sei … estou sempre esperando um momento épico, um fato extraordinário, o lance impossível cometido por aquele de quem menos se esperava. Quero sempre ser testemunha da construção de uma lenda. Fazer o quê? Foi assim que o Grêmio me ensinou a ser: crente e Imortal!




A foto deste post é do álbum oficial do Grêmio no Flickr

26 de abril de 2015

Vai ter de ser contra tudo e todos mesmo

Grêmio 0 x 0 Íter

Primeiro tempo: 0 x 0


O Grêmio sem surpresas. Os mazembados com o time titular.
Com menos de de um minuto Marcelo Oliveira caiu dentro da área. O marombado não deu nada.
Logo depois o marombado inventou um escanteio para o Íter.
Aos 4:33 minutos mais um bom ataque. O goleiro mandou para escanteio.

Os morangos batiam adoidados mas o marombado não dava cartão.
Daronco começou a cair na onda dos morangos e passou a marcar faltas contra o Grêmio sem fundamentos. E a dar cartão para os jogadores do Imortal. Maicon levou o primeiro.
Aos 16 minutos Marcelo Oliveira deu uma grande cruzada e Maicon errou um gol feito na frente do gol. Bateu por cima.
Luan ia entrar área adentro aos 20 minutos e sofreu uma falta a 1 milímetro da área. A cobrança deu em nada.
Aos 24 minutos o timinho chegou com perigo mas o jogador que bateu para fora estava impedido.
Aos 27 minutos o mazembado uruguaio fez uma falta absurda em Douglas e o juiz não pode evitar o amarelo. Na cobrança uma boa chance de ataque desperdiçada.
Douglas, aliás, que estava errando todas as bolas.
Braian cabeceou para fora uma falta cobrada por Douglas. Mas para variar estava impedido.
Aos 33 minutos Luan foi derrubado e o ladrão não deu cartão para o morango.
Matías Rodriguez cruzou da direita e Douglas deu de joelho raspando a trave. O segundo gol perdido para o Imortal. Eram 38 minutos.
Aos 40 minutos uma cruzada na área deu no braço do zagueiro mazembado, mas claro que na área deles não há pênalti.
Na sequência o desgraçado deu amarelo para o Geromel.
E o primeiro tempo terminou sem nenhum registro mais importante.

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Um primeiro tempo conforme esperado. Os morangos não queriam jogo e o marombado ajudando a atingirem o objetivo. O Grêmio teve 2 chances que desperdiçou.
Faltou maior chegada na frente. Braian foi apagado e Luan não criou nada. Douglas também foi mal.

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Segundo tempo: 0 x 0

Antes do segundo minuto um bom ataque do Grêmio que o bandeira achou que era impedimento.

Aos 3 minutos escanteio. Na cobrança Marcelo Oliveira dividiu com o cocolorado. Era escanteio mas o juiz deu tiro de meta.
Logo depois Braian tirou a bola sem falta mas o bandeira mandou marcar.
O segundo tempo prometendo um show da arbitragem.
O tricolor estava melhor mas não conseguia criar.
Aos 10 minutos Marcelo Oliveira cruzou mas o zagueiro salvou.
Aos 12 minutos o timinho chegou com perigo mas Grohe fez boa defesa. A primeira dele no jogo.
Luan deu uma bomba de fora da área aos 15 minutos. A bola saiu alta por cima do gol.
Marcelo Oliveira perdeu um gol feito aos 16 minutos. Douglas cruzou da esquerda e Marcelo Oliveira, sem goleiro, bateu para fora da entrada da pequena área.
Na continuidade do lance o juiz deu falta e expulsou Geromel. Ladrão operando o tricolor.
Grohe fez duas grandes defesas em sequência.
Um segundo tempo em que o tricolor estava melhor passou a ser heroico por conta de um juiz patife.
Com a expulsão o jogo virou meia linha. O Grêmio abdicou totalmente do ataque.
Cebolla e Wallace entraram mas o time não conseguia mais sair para o ataque.
Quando conseguiu um ataque, Luan recebeu um grande passe mas mandou pra fora da Arena. Ridículo.
Aos 43 minutos Giuliano fez a única boa jogada dele no jogo. Entrou na área driblando mas não conseguiu concluir.
Depois de cerca de 10 minutos de sufoco o tricolor conseguiu controlar o jogo.
E Daronco marombado deu 5 minutos de acréscimo quando não houve nenhuma paralisação.
Aos 49 minutos o jogador morango recuou para o goleiro que pegou com as mãos. Mas ninguém esperava que o safado marcasse a falta.
E para completar o ladrão terminou o jogo quando o Grêmio estava no ataque.

.....

O jogo foi muito igual até a expulsão do Geromel. 
Como se esperava, o juizinho marombado picotou o jogo para não deixar o Imortal jogar.
Caprichou em amarelar os jogadores do Imortal até expulsar um.
Diante das circunstâncias o empate até não foi ruim.
Mas tem de preparar o campo para domingo. Com o Vuaden no apito teremos de ser mais uma vez imortais.

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Como jogaram:

Marcelo Grohe: Olhou o jogo no primeiro tempo. Fez grandes defesas no segundo tempo. Nota 9 
Matías Rodriguez: Boa partida. Nota 7
Geromel: Muito firme na defesa. Foi expulso injustamente. Nota 8
Rhodolfo: Muito bem também. Segurou tudo atrás. Nota 9
Marcelo Oliveira: Quase não apoiou. Mas atrás não teve problemas. Nota 8
Fellipe Bastos: Faltou chegar mais no anão da fala fina.Nota 6
Maicon: Perdeu um gol no primeiro tempo. Atuação regular. Nota 6

Giuliano: Não apareceu com destaque no primeiro tempo. E nem no segundo. Nota 5
Douglas: Muitos passes errados no primeiro tempo. Não foi bem. Nota 5
Luan: Apagado.Nota 5
Braian Rodriguez: Muito apático. Não viu a bola. Saiu para Felipão recompor a defesa com a expulsão de Geromel. Nota 4


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Erazo (Braian):  Entrou muito bem. Nota 7
Cristian Rodriguez (Douglas):  Sentiu a falta de ritmo. Nota 6
Wallace (Maicon):  Entrou muito bem. Nota 8 

Felipão: Fez o que pode. 
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Arbitragem : Daronco Marombado - Abusou de amarelo para o Grêmio no primeiro tempo. Picotou o jogo. Expulsou injustamente o Geromel. Deu 5 minutos de acréscimo sem justificativas.

Uma péssima atuação. Mais um que parece que está preocupado em agradar o presidente mafioso.

Daniel Matador - A primeira batalha


"Acredite na vitória, Derfel! Se defrontarmos os Saxões como homens derrotados, eles darão os nossos ossos aos lobos. Mas se nós os defrontarmos como vencedores os ouviremos gemer."
Artur de Camelot, ensinando a Derfel Cadarn como se portar em uma batalha em "Excalibur", de Bernard Cornwell.

Caros

A primeira batalha pela retomada das conquistas será travada neste domingo. Quase vinte anos depois, Felipão disputa novamente uma final de campeonato pelo Grêmio. Para quem viveu os mágicos anos 90, parece que foi ontem. Se aquela época, por mais que seja impossível esquecê-la, já passou, uma nova era de conquistas se faz necessária. E ela pode estar iniciando a partir deste domingo à tarde, em uma Arena que estará tomada de camisas azuis, pretas e brancas.

Felipão é matreiro. Deu a entender que o time que iniciará o confronto será o mesmo que venceu o Juventude nas semifinais. Grohe no gol, com Mathias Rodriguez e Marcelo Oliveira nas laterais; Geromel e Rhodolfo na zaga, Fellipe Bastos, Maicon, Giuliano, Douglas e Luan fazendo o meio e Braian na referência de ataque. Mas, contra todos os prognósticos, relacionou também os até então lesionados Mamute e Cebolla Rodriguez. Poderia o velho Scolari estar aprontando das suas?



Detalhes à parte, o que importa é conseguir um bom resultado neste domingo para que o tricolor possa levar a vantagem para o segundo jogo e erguer a taça na beira do lago. Será, inclusive, o primeiro troféu do remendão. E para que possamos atingir essa conquista, mesmo que menor, é necessário mais do que futebol. É necessária a atitude dos vencedores. Entrar em campo com espírito vencedor. Quem é negativo, pra baixo ou está com pressentimentos ruins, faça um favor: nem compareça à Arena. Neste domingo, lá é lugar apenas para quem quer vencer. Para que possamos voltar a reinar.

Saudações Imortais

25 de abril de 2015

Porque é véspera de GRE-nada


(autor desconhecido)

24 de abril de 2015

Daniel Matador - #ForçaKoff

“Só existe um deus e seu nome é Morte. E sabe o que dizemos para o deus da morte? Hoje não.”
Syrio Forel, personagem criado por George Martin, em Crônicas de Gelo e Fogo - Livro Um: A Guerra dos Tronos

Caros

Reproduzi um trecho que já havia utilizado em uma coluna anterior porque era o que mais fazia sentido neste momento. Como acredito que todos saibam, o mais vitorioso presidente da história do Grêmio encontra-se hospitalizado e seu estado inspira muitos cuidados. Fábio André Koff já não é mais um guri. Tem 83 anos muito bem vividos. Não cabe aqui sequer citar todas as conquistas que amealhou em toda sua carreira como dirigente esportivo. Apenas que ele é, sem discussão, o maior dirigente de clubes da história do Brasil. E que todos os maiores títulos da história do tricolor vieram por conta de seu comando. Você, que bate no peito para dizer que é Campeão da Libertadores e do Mundo, deve sempre lembrar deste nome. Sempre.

Fábio Koff, em seu gabinete no Olímpico em 1983, com as taças da Libertadores e Mundial.


Rui Costa e César Pacheco comentaram ontem, durante a apresentação do recém contratado goleiro Bruno Grassi, a respeito da situação do presidente Koff. E ressaltaram que, se já havia motivos para que o Grêmio fizesse uma boa jornada nas finais do campeonato gaúcho, agora há mais um: ganhar por ele. Nas redes sociais a hashtag  #ForçaKoff  tem ganho cada vez mais adeptos.

Koff é um guerreiro. Um vencedor. Um mito. Todos o reverenciam, desde torcedores até mesmo desafetos. A simples menção de seu nome inspira respeito em todos os lugares. Já derrotou adversários no campo e fora dele. Sagrou-se campeão no futebol e na vida. Imortal que é, até hoje não foi vencido pela morte. E ele necessita, neste momento, de toda a força e pensamento positivo da torcida tricolor para que possa novamente olhar na cara do deus da morte e dizer-lhe: "Hoje não".

Saudações Imortais

23 de abril de 2015

Braian dará o título

Dependendo da situação tabus são bons. Tabus existem para serem quebrados. Exemplo: Grêmio não ganha do Cruzeiro em Minas há 15 anos. A vitória está a cada dia mais próxima.
Dependendo da situação, tabus são ruins. Exemplo: Grêmio não perde para o Cruzeiro em Minas há15 anos,
Pois Braian não faz gol há 10 jogos. Então se aproxima rapidamente o jogo em que Braian fará gol ou gols.
E algo me diz que ele voltará a marcar domingo.
Pensamento mágico? Não. Apenas uso de estatística e lógica.
Esta é a primeira vantagem que temos para as finais. O gol ou gols de Braian.
Há outras, mas a estas volto mais adiante.


22 de abril de 2015

A um passo da retomada

Semana que antecede Gre-Nal é sempre vivida com grande expectativa, ainda mais valendo título. Desde sempre a rivalidade foi forte e escancarada. Tensão, ânimos acirrados, fanatismo, nervosismo e todos os ingredientes que fazem parte de um grande evento.
Deixando os aspectos de rivalidade de lado, para mim esta decisão significa uma retomada do Grêmio à conquista de títulos.

A taça  deste gauchão seria o marco de uma retomada dos tempos vitoriosos. Estamos a um passo disso acontecer. O time está se fortalecendo, conquistando uma identidade e prestes a deslanchar nas mãos do técnico Felipão.

Por isso, uma coroação deste início de trabalho servirá para sinalizar o caminho a ser seguido daqui para a frente e injetar confiança à equipe nas competições que ainda teremos em 2015.
Este é um momento crucial. É o momento do  torcedor gremista dar o seu apoio lotando a Arena e incentivando 100% o time.
O momento vivido é bom e está existindo uma ótima sintonia entre o clube e o torcedor.
Vamos com força, vamos com raça...
Para cima deles!!!!!!
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Gre-Nal sempre foi sinônimo de disputa forte, confronto acirrado e bom futebol.
Um dos maiores clássicos do mundo. Privilégio para quem participa e acompanha.







21 de abril de 2015

Salvos pela Brigada

Foto: Eduardo Moura

O Regulamento Geral das Competições da CBF (e não o Estatuto do Torcedor, como alguns jornalistas erradamente divulgam) e, também, o Regulamento do Gauchão fixa em 10% o limite de ingressos que um clube pode requisitar em jogos regidos pelas entidades. Vejam abaixo, parte do Art. 67 do Regulamento do nosso campeonato.


Mas, por que a discussão, então? Lemos, ouvimos e pesquisamos tudo que encontramos sobre o episódio. Também conversamos com pessoas que transitam no meio. Isso posto, chegamos a uma conclusão e vamos dizer aqui o que ainda não foi dito de forma clara, por nenhum dos atores até o momento: o estádio que sediou a Copa do Mundo não possui estrutura para receber 5.500 torcedores visitantes. Este é o verdadeiro motivo para o "impasse". Repetimos: o estádio que sediou a Copa do Mundo não possui estrutura para receber 5.500 torcedores visitantes.

Ao dizer que não seria possível garantir 5.500 torcedores na Arena, a BM os salvou do vexame de terem que reconhecer este fato publicamente. Haveria demanda por reciprocidade e o estádio da Copa pagaria um mico. No intervalo para o almoço de segunda-feira, telefonemas pulverizaram os 5.500. Foi o que apuramos.

20 de abril de 2015

Não me azucrina com China!

Na entrevista coletiva, após o jogo de sábado, cuja íntegra pode ser ouvida neste link, nosso técnico, Luiz Felipe Scolari, ouviu a pergunta abaixo.

Repórter: O João Garcia, que é conhecido de todos nós, jornalista de grande credibilidade e nós sabemos que ele é muito próximo seu também, seu amigo, postou no twitter que você, depois do Campeonato Gaúcho tem grandes possibilidades de treinar a China. O quanto isso tem, se existe, você recebeu proposta? O que você pode falar para a gente?

A resposta de Felipão: Por enquanto, absolutamente nada. Eu recebo, praticamente, uma proposta por mês. China, Emirados, Arábia Saudita, Catar... Mas como eu disse, como eu tenho aquele pacto ainda com o Dr. Fábio, embora ele não esteja aqui presente, mas está no nosso coração e no nosso pensamento, eu, se tiver alguma situação em que eu pense em sair, eu primeiro tenho que estudar junto com a minha família. E eu sei que dentro da minha família eu tenho dois votos em contrário para sair do Brasil sempre. São os meus dois filhos. Então, se eu já tenho dois votos em contrário, vai ser difícil. Ou eu empato 2 a 2 ou perco. Então, provavelmente qualquer situação que possa acontecer no futuro, e tomara que o Grêmio não desista, é a minha permanência no Grêmio.

A resposta é uma sucessão de negativas à saída. Todas as frases contêm elementos que reafirmam a sua quase determinação em ficar. Em determinado momento, coloca na mão do Grêmio esta questão. É quando diz: “Então, provavelmente qualquer situação que possa acontecer no futuro, e tomara que o Grêmio não desista, é a minha permanência no Grêmio.

Ainda assim, talvez porque estejamos na reta final do campeonato, alguns jornalistas iniciaram “a onda da saída do Felipão”. Começou no sábado e atravessou o domingo. Passaram a comentar o assunto como se fosse algo iminente. Certamente, será pauta do início da semana Gre-nal. Como sempre, basta o Grêmio estar na disputa de algo para alguns começarem ações que visam desestabilizar o grupo, causar desconforto, incerteza. Desta vez, com o extra do componente Felipão. Afinal, o “superado”, o “ultrapassado”, aquele que não daria certo, que era apenas “pensamento mágico” está na luta para ganhar um título. Aliás, mais um na sua super exitosa carreira. Felipão arrumou o time e acreditem: um Felipão incomoda muita gente; um Felipão vitorioso incomoda muito mais.

Sobre a entrevista, digo apenas que eu acredito nos meus ouvidos. Eles ouviram o Luiz Felipe Scolari expressar o seu desejo de permanecer no Grêmio. O resto fica por conta dos efeitos que o fator Gre-nal exerce sobre alguns membros da banca. Conhecendo a aldeia, nosso técnico saberá passar aos jogadores a tranquilidade da qual precisam para fazerem uma final de muita luta e entrega. O Grêmio está com padrão de jogo. O vestiário está unido e focado. É com essa certeza que me preparo para acompanhar a disputa da final do Gauchão.

Beijo Azul!
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Post escrito por Adriana Rodrigues.

19 de abril de 2015

O "grande negócio" perde o véu

O relatório que acompanhou o balanço de 2014 do SCI foi integralmente divulgado na internet (vejam aqui). Caiu o véu. Afora o déficit de R$ 65 milhões, disfarçado de déficit de R$ 49 milhões, o documento contém dados interessantes sobre um aspecto pouco divulgado do "negócio Brio": o custo da reforma para o antigo proprietário do estádio, o SCI. Por que escrevemos "antigo proprietário"? Porque, usando-se a lógica utilizada por "isentos" para falar sobre a Arena do Grêmio, o estádio não é deles, conforme mostramos de maneira irrefutável, no post de 21/01/2014, "Mentira: braços longos e pernas curtas".

Mas, voltemos ao balanço. Numa sequência de notas explicativas, torna-se claro que o propalado e decantado "grande negócio" foi grande, sim, mas em CUSTO. O referenciado negociador e seus pares ocultaram o quanto puderam as reais condições da parceria. Finalmente elas vêm a público, com a divulgação do relatório.

As imagens abaixo são partes do documento referido. Ouçam o tilintar dos custos assumidos e pagos na Padre Cacique entrando como cash integral nos cofres da Andrade Gutierrez.
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Parcelas de custos 1 e 2 - R$ 14.481.354 e R$ 26.000.000 (página 42)

Como ocorreu: o primeiro valor foi pago à Construtora Tedesco, até 2011, por conta da demolição de parte do estádio. A AG não ressarciu este custo. O segundo valor, de R$ 26 milhões (oriundo da venda dos Eucaliptos), foi pago à SPE Holding Beira Rio S.A. (também conhecida como "Brio" e pertencente 100% à AG) em março de 2012, quando da assinatura do contrato de reforma.



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Parcelas de custos 3 e 4 - R$ 8.400.000 e R$ 18.036.639 (página 43)

Como ocorreu: Quando ainda imaginava realizar a reforma com recursos próprios, o SCI colocou à venda camarotes, ao preço aproximado de R$ 1 milhão a unidade. Conseguiu comercializar 25 suítes/camarotes, num montante de R$ 26.436.639. Quando da assinatura do contrato, pagou à Andrade Gutierrez os R$ 8,4 milhões já arrecadados, em 18 parcelas mensais de R$ 466.666,67. Os títulos de cobrança do saldo a receber dos adquirentes das suítes/camarotes (R$ 18.036.639) foram entregues à Brio/AG, que embolsou integralmente os valores. No relatório, o valor aparece como de "atividade descontinuada" (página 60) e "realização de aporte suíte" (página 25).




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Resumo do custo da reforma: R$ 66.917.993

Acreditem: afora abrir mão de partes consideráveis das receitas geradas pelo estádio (explicitadas no item 3 do tópico "Mais detalhes do negócio" do post "Mentira: braços longos e pernas curtas"), o decantado "grande negócio", conduzido por "grande negociador", custou ao SCI, em dinheiro sonante, a importância de R$ 67 milhões, a preços da época. O triplo do que o Grêmio pagou até agora à Arena Porto Alegrense para os seus sócios ingressarem em seu novo estádio.
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Uma observação sobre o déficit

Houve a divulgação de déficit de R$ 49 milhões. Porém, o relatório mostra também o valor de R$ 65,9 milhões. Usaram a roupagem de "Resultado abrangente" para o valor maior. É uma maquiagem feita por contabilistas criativos, os quais deixaram o valor de R$ 18 milhões dormindo em uma conta para ser revertido no futuro. Porém, esqueceram de alterar algumas páginas do relatório, onde ele aparecia considerado no resultado. Com isso, credores sumiram do balanço, nas dobras da tal abrangência (vejam imagens abaixo, obtidas nas páginas 25 e 53 do relatório).






18 de abril de 2015

Classificação no padrão Felipão

Grêmio x 1  Juventude

Primeiro tempo: 1 x 1

O Grêmio começou se impondo apesar da forte marcação da equipe do Juventude. Jogo muito estudado e cauteloso por ambos. Com muitas dificuldades para furar o bloqueio da defesa , até os 15 minutos o Imortal Tricolor fez algumas tentativas frustradas contra o gol adversário. Aos 20 minutos, em cobrança de escanteio, a bola bate na trave. Aos 22, o zagueiro Pereira é substituído por lesão. Logo após, Rhodolfo quase marca para o Grêmio depois de driblar dentro da área. Jogo muito difícil. Aos 26, Braian cabeceia fraco para defesa do goleiro Aírton.
Goooooooooollllaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaçoooooooooooooooooo!!!
Aos 29 minutos, Giuliano pega a bola e faz jogada de craque passando redondinha para Luan que manda colocado para o fundo das redes.
Logo depois, em outra jogada magnífica de Giuliano, Braian perde um gol frente a frente com o goleiro do Juventude. Aos 36, Braian desperdíça nova oportunidade. Um minuto depois, Douglas oferece um  merengue para Giuliano que chuta forte para defesa espetacular de Aírton. O Grêmio joga muito bem, domina amplamente o adversário e não ampliou o placar graças a excelente atuação do goleiro do Juventude.
Inesperadamente, aos 45 minutos, Douglas (Juventude) vence Geromel em altura e cabeceia direto para o canto do gol de Grohe. Resultado injusto pelo que se viu nos 45 minutos iniciais. Pela realidade do confronto, esse gol foi mais impossível do que acertar os seis números da mega-sena já que o Grêmio mostrou superioridade avassaladora sobre o time do Juventude.
Inacreditável!
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Segundo tempo: 1 x 0

Felipão mantém a mesma equipe para o segundo tempo. O time de Caxias volta mais afoito do intervalo e tenta atacar. O Grêmio não retorna tão bem como no primeiro tempo e deixa o Juventude mais à vontade para jogar. Finalmente aos 12 minutos, Luan faz bela jogada e quase marca. O jogo segue com a disputa se concentrando no meio de campo e sem finalizações. Felipão saca Braian do time e coloca Yuri em seu lugar. Aos 24, Geromel tenta o chute de longa distância, mas a bola passa alto sobre a goleira. Em jogada na lateral, Helder faz falta em Yuri mas o juiz não marca nada.
Douglas cobra escanteio e...goooooooooooooooooooooooolllllllllll!!!!!!!
Pedro Geromel se redime da falha no primeiro tempo e marca de cabeça.
Wallace entra no lugar de Douglas aos 35 minutos. O jogo cai em qualidade técnica mas cresce em emoção. Felipão mantém três volantes no meio para frear o Juventude nos minutos finais.
Yuri arranca rápido para o ataque e quase marca em jogada sensacional mas sente lesão e pede substituição. Lincoln entra em seu lugar. Os últimos minutos são nervosos e na raça. Luan dribla 19 jogadores do Juventude e quase faz um golaço. Os jogadores do Grêmio trocam passes esperando pelo final. Felipão pede calma. Geromel dá show em campo.
Classificação ao estilo Felipão.
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Como jogaram:

Marcelo Grohe: não teve culpa no gol. Assistiu a maior parte. Nota 6
Matías Rodriguez: defendeu bem. Nota 7
Geromel: zagueiraço.Cresce a cada jogo. Nota 8
Rhodolfo: firmeza e categoria de sempre. Nota 7
Marcelo Oliveira: muito seguro, sem brilhar. Nota 6
Fellipe Bastos: fez a sua parte.Nota 6
Maicon: muita qualidade e muito regular. Nota 7
Giuliano: o melhor do time. Nota 10
Douglas: muito bem no jogo. Nota 7
Luan: só abaixo de Giuliano. Jogou demais.Nota 9
Braian Rodriguez: abaixo dos companheiros. Perdeu gols. Nota 5.
Yuri: entrou muito bem de novo. Nota 7
Wallace: pouco tempo.

Lincoln: pouco tempo.

Felipão: a cada jogo, mostra o quão ultrapassado está empilhando vitórias. Nota 10.
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Arbitragem : Jean Pierre Lima, auxiliado por José Eduardo Calza e Marcelo Oliveira Silva. Deixou de marcar algumas faltas. Não comprometeu o resultado do jogo.

17 de abril de 2015

No balanço da imparSCIalidade

Vivemos dias de balanços. Empresas e, também, os clubes de futebol estão divulgando os seus números relativos ao ano de 2014. O assunto se presta às mais apaixonadas manifestações de clubismo, por barulho ou por silêncio. Quando os números ruins são do Grêmio, a banca aciona os berrantes e registra. Quando são do outro lado, a banca apaga e recebe. Quando dar manchete é imperioso pela natureza do veículo, não há como esconder a diretriz que pauta certas redações. Por exemplo, vejam o tratamento dado pelo Clic RBS para 3 eventos.
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Evento 1 - Balanço do Grêmio: déficit de R$ 31,6 milhões



Como se pode observar, o destaque é dado para o valor negativo.
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Evento 2 - Balanço do deles: déficit divulgado de R$ 49 mi e real de R$ 65 mi



Destaque para a aprovação. Na manchete, nenhum pio sobre o valor. Qualquer um deles (R$ 49 mi ou R$ 65 mi) muito superior ao nosso resultado. Aliás, há coisa importante ainda não dita sobre o conteúdo do relatório deste balanço. Se não for abordado na nossa querida imprensa, publicaremos aqui um número que surpreenderá a todos os admiradores do melhor negociador Phipha do mundo.
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Evento 3 - Balanço da Arena Porto Alegrense S.A.: déficit de R$ 101 milhões



Adivinhem o destaque? Se é negativo, destaque para o valor. Mas aqui há mais do que destaque, há imparSCIalidade em estado nojento. A Arena Porto Alegrense S.A. é uma empresa. O balanço é dela, não é da "Arena do Grêmio". Mas, é claro, havendo chance de vincular o nome Grêmio e do do melhor estádio particular do Brasil a algo negativo, esta não pode ser desperdiçada. E, assim, segue o jornalismo esportivo gaúcho, rumo à cova que cavou com a sua falsa isenção.

16 de abril de 2015

Avalanche Tricolor: insistente como a água, perseverante como nós!

Por Milton Jung

Grêmio 2 x 0 Campinense
Copa do Brasil – Arena Grêmio


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“A água mole cava a pedra dura”, escreveu Ovídio dois milênios atrás, frase que ganhou variações conforme a cultura, mas sempre para enaltecer o perseverante, virtude dos vitoriosos. As conquistas vem desse esforço às vezes incompreensível. Esta insistência que está atrelada a paciência tende a ser premiada ao final, desde que moldada pelo talento e inteligência. Aqui no Brasil, o provérbio criado no latim transformou-se no verso “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Ou, em bom português: insiste que dá. E não é que deu!

Foram necessários 63 minutos, mas nossa insistência em atacar, chutar e tentar foi premiada não apenas com um, mas com dois gols na partida de ontem à noite, pela Copa do Brasil. Fazia tempo que não via a gente se esforçar tanto para chegar ao gol. Jogadas bem construídas, troca de passe relevante, chegada de nossos alas na linha de fundo e nossos meias se aproximando dos atacantes na área: este somatório nos permitiu chutar pela direita, pela esquerda, por baixo, por cima, colocada, no travessão, nas mãos do goleiro , no peito do adversário … só não conseguíamos chutar na rede.

O futebol que nos levava na cara do gol, não parecia capaz de nos levar a fazer o gol. E isto é um perigo neste esporte sempre cheio de frases prontas a serem executadas. “Quem não faz leva”, logo passaram a lembrar alguns. E o pior cenário apenas não se desenhava porque o adversário não tinha competência para superar nossa defesa, mais uma vez bem posicionada. Escapou uma ou duas vezes, não mais do que isso. Mesmo com baixo risco, classificar-se à próxima fase da Copa só com um empate em casa seria frustrante.

Justiça se fez no segundo tempo. Primeiro no gol de Douglas, que curiosamente só marcou porque dois dos nossos desperdiçaram a jogada, na sequência; e depois no de Lincoln, já nos acréscimos. Mas, principalmente, no excelente futebol de Yuri Mamute, que entrou para desequilibrar a partida, novamente. Verdade que ele também perdeu seus gols e jogadas. Mas assim como todo o time não se desesperou por causa disso, apenas continuo lutando na crença de que seria recompensado. Ao deixar o campo, consagrado mais uma vez, nosso jovem atacante ainda teve tempo de demonstrar equilíbrio: “sou titular entre os 18”.

Mamute deve voltar ao banco no próximo jogo. Braian Rodriguez continuará sendo escalado como titular até porque ele, Luis Felipe e toda a torcida do Grêmio sabem que “un goteo constante puede erosionar una roca”. E nossa paciência é Imortal!

15 de abril de 2015

O jogo em que o juiz foi o melhor

Grêmio 2 x 0 Campinense


Primeiro tempo: 0 x 0

O jogo começou picado mas aos 2 minutos Giuliano entrou pela área e cruzou rasteira no meio. Douglas de frente para o gol, chutou em cima do zagueiro. Um gol feito perdido.
Braian recuperou uma bola perdida aos 6 minutos e serviu Giuliano que mandou no canto para o goleiro espalmar a escanteio.
Luan recebeu pela direita uma ataque rápido e tentou encobrir o goleiro, mas a bola foi para fora. Eram 10 minutos de jogo.
Aos 12 minutos outra boa jogada desperdiçada. E na metade do minuto seguinte a Campinense quase fez num chute de cobertura de longe. A bola caiu na rede em cima do travessão.
Felippe Bastos mandou uma falta de longe forte mas na mão do goleiro aos 14 minutos.
A pressão indicava que o gol era questão de minutos.
Mas o gol quase foi da Campinense. Uma falta bem cobrada fez Marcelo se esticar para mandar para escanteio.
Nesta altura já estava estava se repetindo uma velha história: jogo "ganho" é sempre uma droga para o time do Grêmio. Nunca soubemos jogar este tipo de jogo. O Grêmio só joga bem quando a corda está estendida. 
Giuliano perdeu outra chance aos 23 minutos chutando nas mãos do goleiro.
Em troca de passes rápidos Luan recebeu na entrada da área e bateu forte. A bola estourou no travessão e saiu. Eram 29 minutos de jogo.
Aos 30 minutos 3 gols perdidos em uma jogada. Braian chutou no goleiro, Giuliano bateu no zagueiro e depois outro zagueiro mandou para escanteio. Todos os chutes da risca da pequena área.
Braian não recebia bola aérea diziam para justificar sua falta de gols. Então aos 33 minutos Douglas deu um presente para ele. Deu um mumu. E ele, sozinho, cabeceou para fora.
Um belo ataque aos 42 minutos terminou com uma bomba de Marcelo Oliveira que o goleiro mandou para escanteio.
E o primeiro tempo terminou com um chute tosco do Felippe Bastos.

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Sempre que o Grêmio tem jogo contra timecos é um vexame.
Não está no DNA do tricolor jogar enfeitado e achando que pode fazer gol quando quer.
A história mostra que só ganhamos quando jogamos sérios e concentrados.
Um fiasco este empate de 0 x 0 no primeiro tempo.


Segundo tempo: 2 x 0

Yuri voltou no lugar de Braian e Walace de Felippe Bastos.
E Yuri bateu forte para boa defesa do goleiro aos 2:54 minutos.
Afora o chute do Yuri nada mais aconteceu no jogo, que mostrava ser ainda pior do que no primeiro tempo.
Aos 9 minutos uma bela jogada terminou com um cruzamento ridículo do Marcelo Oliveira.
Quarenta segundos depois Yuri bateu forte de fora da área mas a bola saiu para fora.
Aos 12 minutos, Yuri, de novo ele, foi para cima da marcação mas bateu mal pela linha de fundo.
A0s 14 minutos Giuliano errou cruzamento e perdu boa chance. E aos 14:51 Luan tentou meter de curva mas a bola passou raspando o ângulo.
O parto normal estava difícil de acontecer.
Então, aos 18 minutos, Yuri deu de calcanhar para Marcelo Oliveira que cruzou para a área. Giuliano furou mas Douglas não. Deu de chapa no ângulo direito. Um belo gol.
Aos 21 minutos outro bom ataque acabou com um chute muito tosco do Giuliano por cima, bem por cima do gol.
Yuri fez festa pela esquerda e deu para Giuliano que cruzou para ninguém completar.
Douglas deu boa bola para Luan que isolou aos 28 minutos.
Aos 30 minutos Walace foi atropelado mas o jogador levou só amarelo.
Lincoln entrou no lugar de Douglas aos 32 minutos.
Aos 42 minutos Giuliano errou um gol feito. No rebote Lincoln mandou para a rede mas estava impedido.
Aos 48 minutos uma bela jogada acabou com Lincoln mandando uma bomba de pé esquerdo no canto do goleiro. 2 x 0.
E terminou.

.....

Uma decepção para quem esperava, se não uma goleada, uma vitória com placar elástico.
Uma vez mais a comprovação de que com o Grêmio não há jogo ganho fácil.
O time da Campinense é extremamente modesto e se fechou direitinho. Saiu com uma derrota histórica de apenas 2 x 0.
Para o Imortal sobrou uma vitória minúscula que, ainda que suficiente, mais aumenta a desconfiança do que deixa a torcida otimista para o que vem pela frente.
O único consolo é que o Grêmio nunca soube jogar jogo jogado.
Pode ser pouco, mas é melhor do que nada.


Como jogaram:

Marcelo Grohe: Não encostou na bola no primeiro tempo. Muito menos no segundo. Sem Nota
Matías Rodriguez: Bem atrás e muito discreto na frente. Nota 5
Geromel: Pouco exigido não falhou. Nota 6
Rhodolfo: Algumas intervenções precisas no primeiro tempo. Não apareceu no segundo tempo. Nota 6
Marcelo Oliveira: Um bom chute no primeiro tempo e só. Nota 5
Fellipe Bastos: Fricotou à vontade mas não fez nada útil. Nota 4
Maicon: Outro que quando não tem função defensiva não sabe o que fazer. Nota 5
Giuliano: Boas jogadas no primeiro tempo. Outras no segundo tempo. Nota 7
Douglas: Errou um gol feito no primeiro tempo. Mas foi de novo participativo e fez o gol que deu tranquilidade. Um belo gol por sinal. O melhor do time. Nota 8
Luan: Não criou nada. Dois bons chutes. Nota 6
Braian Rodriguez: Errou 3 gols no primeiro tempo. Aí foi substituído. Nota 3

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Yuri: (Braian): Entrou muito bem de novo. Começou a jogada do gol. Nota 7 
Wallace: (Felippe Bastos): Voltou bem. Nota 6 
Lincoln: (Douglas): Poucas chances no pouco tempo em que esteve em campo. Mas fez um belo gol no último minuto. Nota 6


Felipão
ArbitragemWagner Reway (MT), auxiliado por Danilo Manis (SP) e Eduardo Goncalves da Cruz (MS) - o juiz dos sonhos de todo torcedor. Ninguém viu em campo. Nota 10.