9 de abril de 2015

Daniel Matador - A banca nunca quebra



Caros

Por mais tenebrosos que fossem os prognósticos em contrário, nesta quinta-feira o Grêmio entra em campo para disputar uma vaga na semifinal do ruralito como mandante e favorito. Por mais que o adversário tenha de ser respeitado, o histórico (inclusive o recente) é amplamente favorável ao tricolor na disputa contra o time do Novo Hamburgo. Mesmo que tenham uma equipe recheada de medalhões que já passaram de sua fase áurea, ninguém ousaria apontar probabilidades menores do que um dígito percentual para a equipe do Vale do Sinos na Arena.

Assim como em um cassino, no futebol também as probabilidades costumam funcionar. A famosa frase “a banca paga e recebe” até não está errada. A diferença é que a banca sempre recebe muito mais do que paga. Este inclusive é o fator de sucesso dos cassinos mundo afora. Pela lei das probabilidades, é impossível um cassino perder dinheiro na contabilidade final. A única forma disso ocorrer é quando alguém trapaceia. Por isso que normalmente os cassinos possuem diversos circuitos internos de monitoramento e seguranças parrudos prontos a “bater um papinho” com o jogador que estiver vencendo muitas partidas em uma mesa de carteado.

O time que Felipão deve mandar a campo pode sofrer alterações de última hora, visto que treinos fechados foram realizados e não se pode bater o martelo na escalação titular. Grohe é o goleiro, com Rhodolfo e Geromel na zaga. As laterais devem ser preenchidas com Matías Rodrígues e Marcelo Oliveira. Do meio para a frente é que as coisas encrespam. Considerando-se que Cebolla e Braian Rodríguez não estejam aptos, a tendência é o time ser escalado com Ramiro, Maicon, Douglas, Giuliano e Luan, com Mamute puxando o ataque.

O jogo é único, para matar ou morrer. Não há segunda partida. Por isso mesmo ele torna-se perigoso, pois há que dosar-se as investidas para que não sejamos surpreendidos. Que Felipão tenha a estrela que sempre o consagrou em disputas assim e possamos rumar para mais uma decisão. A arbitragem fica a cargo de Anderson Daronco, mais um dos apitadores cujo retrospecto, coincidentemente, não costuma ser favorável ao Grêmio. Mas, logicamente, nós somos paranoicos e estamos procurando chifre em cabeça de cavalo.

O que nos leva, invariavelmente, a citar o que aconteceu no outro jogo da rodada entre o time da beira do lago e o Cruzeiro de Cachoeirinha. O alvi-azul vencia a partida de forma justa por 2 gols de diferença dentro do remendão. Pois o árbitro da partida viu que aquilo não poderia ficar assim e marcou um pênalti para os ribeirinhos, o DÉCIMO já marcado a favor deles só este ano. Pois nem isso adiantou: o anão da fala fina tremeu e chutou para fora. Ah, mas a banca não deixa que um jogador venha até o cassino e esteja vencendo. O árbitro assinalou outro pênalti para a galera do estádio de lona. Não percam a conta, este foi o DÉCIMO PRIMEIRO!!! Só que, além disso, também expulsou o jogador do Cruzeiro, desmontando a defesa do time. Após a conversão do pênalti, um gol sofrido por estar em desvantagem numérica e a perda da passagem para a próxima fase decidida nos tiros livres diretos. Uma vergonha como poucas vezes se viu na história do futebol mundial. O próprio técnico do Cruzeiro, antes da partida, mostrava sua apreensão pela quantidade de pênaltis que já havia sido assinalada a favor dos reds no ruralito. O jogo serviu apenas para comprovar suas suspeitas. Muito triste isso. A banca continua recebendo muito mais do que pagando.

Saudações Imortais

Os amigos do blog Grêmio Libertador mostram que a campanha de marketing funcionou.