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| Foto: Edison Vera |
A torcida gremista já não esperava mais poder celebrar seu sucesso.
Os dias, semanas, meses e anos passavam e a eterna promessa não confirmava a expectativa criada. Acompanhando as manifestações nas redes sociais e o trololó que permeia o mundo do futebol, dava para afirmar, sem medo de errar, que a maioria não acreditava mais no seu nome. Já era corneteado, citado como moeda de troca, quando não ironizado por muitos.
- Não serve!
- É perna de pau!
- Mais uma promessa mal avaliada e fadada ao esquecimento como muitos que sucumbem ao ocaso em alguma equipe de terceira divisão.
Mas quando ninguém mais esperava, o roteiro foi mudado. Por que aquele menino que brilhava nas seleções de base não conseguia repetir as mesmas qualidades na equipe principal do clube em que chegou com 12 anos de idade? Poucas oportunidades? Timidez? Desentrosamento?
É difícil de saber.
Acredito que as coisas acontecem quando devem acontecer. Há uma conjunção de fatores. Oportunidade somada à sorte e ao momento. Algumas vezes falta oportunidade. Em outras, sorte.
Mas quando todos os fatores colidem, a probabilidade de o sucesso acontecer é muito maior.
No caso de Yuri Mamute, o MOMENTO foi um forte ingrediente nessa receita. O jogador soube como trabalhar mentalmente essa derradeira oportunidade que teria. Agarrou a chance com a mesma força que demonstra no embate corpo a corpo com os adversários em campo. Por alguma razão, soube que não poderia haver vacilo. Era a última bala que dispunha para abater o leão feroz que se apresentava à sua frente. Não teve dúvidas. Como um náufrago que precisa desesperadamente pisar em solo firme, ele foi guerreiro. Partiu para cima das inconstâncias da vida com muita gana e determinação.
As armas usadas foram a inteligência, a maturidade e a confiança. Justamente as qualidades que distinguem os vencedores na multidão.
Está vivendo o seu MOMENTO na hora em que recebeu a OPORTUNIDADE e CONFIANÇA da comissão técnica.
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| Foto Lucas Uebel/Divulgação Grêmio |
Mamute mostra que não está para brincadeira. Amadurecido, ele quer e está disposto a conquistar o seu espaço dentro das quatro linhas. A torcida se anima. Gosta daquilo que vê. Estará nascendo um novo ídolo? Surge um nome que irá acalentar os corações da massa tricolor?
Yuri parece sugerir que sim, ele está em busca do sonhado sucesso profissional.
Com sua força, raça e velocidade está caindo nas graças do torcedor e mostrando a cada jogo que pode sim, ser o jogador que sempre está na titularidade das seleções de base.
Nessa sua nova fase obtivemos pelo menos uma certeza: jogando como gente grande, Yuri Mamute tem a cara do Grêmio.
Ele nasceu para vestir a camisa tricolor.
E é essa que seguirá usando.
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IVI quando não quer ver e nem ouvir os podres dos mazembados.
