11 de abril de 2015

Daniel Matador - Quem é o mestre?



“- Muito bem, Leroy, quem é o único mestre?
- Eu sou!”

Mítico diálogo na luta final entre “Bruce” Leroy Green e o vilão Sho’nuff no clássico O Último Dragão.


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Neste domingo teremos, no clássico horário das 16 horas, o embate entre Grêmio e Juventude pelo primeiro jogo das semifinais do ruralito. Após uma passagem de fase complicada frente ao Novo Hamburgo (que poderia ter sido mais facilitada, não fosse o pênalti desperdiçado por Douglas), o tricolor chega com o moral fortalecido por conta da performance excepcional de Marcelo Grohe, que defendeu duas penalidades decisivas e garantiu a classificação gremista.

No dia 11 de abril comemora-se, entre outras datas festivas, o Dia do Kung Fu. Sim, por incrível que pareça, esta arte marcial tem um dia dedicado a ela. E os saudosistas dos anos 80 hão de lembrar de um dos mais míticos filmes reprisados na Sessão da Tarde que representou este gênero: O Último Dragão. Nele, o estudante de Kung Fu Leroy Green atinge o ápice de ensinamentos com seu professor, o qual diz que, para que ele possa ascender a um estágio superior do Kung Fu, deve procurar por um mestre que irá conduzi-lo. E o jovem Leroy passa a procurar pelo tal mestre em todos os lugares, sendo humilhado pelo vilão Sho’nuff nesse meio tempo, o qual lhe aplica várias surras. Até que percebe que o mestre estava no único lugar onde ele não procurou: dentro dele mesmo. E aí quem sofre o pênalti é o vilão. Quem não assistiu a esta pérola cinematográfica, não sabe o que está perdendo.

"Bruce" Leroy mostra para Sho'nuff quem é o verdadeiro mestre.

Pois o Grêmio vive, já há um certo tempo, uma fase onde tenta buscar alternativas nos mais variados lugares para voltar a ser o multicampeão que já foi. Muitos acham que a “culpa” pode estar em algum cântido entoado no estádio. Outros, em alguma atitude da torcida. Pois o último jogo mostrou-me que a solução está onde sempre esteve: dentro do próprio Grêmio. Marcelo Grohe mostrou que não precisamos de ajuda do além, de bola batendo na trave, de juiz ajudando ou o que quer que seja. O caminho para as conquistas passa por entender que o time que ali está veste a camisa do Grêmio e quem tem de tremer é o adversário. Seja durante o jogo ou mesmo durante uma decisão por tiros livres diretos.

O Juventude vem de uma classificação frente ao Ypiranga, que havia feito excelente campanha após voltar da segunda divisão. Mas isso, para o grupo gremista, não pode fazer diferença alguma. O time tem de entrar com o espírito da vitória. Felipão deve mandar a campo Grohe no gol, com Rhodolfo e Geromel na zaga.  Ramiro provavelmente ocupe a lateral direita, com Marcelo Oliveira na esquerda. Do meio para a frente, Fellipe Bastos, Maicon, Douglas, Giuliano e Luan devem compor o meio, com Yuri Mamute sendo a referência no ataque.

Que Felipão possa incutir nos atletas qual é o peso desta camisa. Vamos com força. Vamos com raça. Nós somos o Grêmio e quem tem de tremer é o adversário. Eles têm de saber que nós somos o mestre.

Saudações Imortais