4 de janeiro de 2013

A vida como ela é


Aqueles que circulam nas arquibancadas dos estádios e na frente dos pei per viu da vida, a maior parte das vezes não sabem como é o futebol por dentro. Imaginam que jogadores e dirigentes são fanáticos como eles, capazes dos maiores sacrifícios para levar o clube de coração ao topo.
Ledo que não é Ivo engano.

A paixão futebolística é absolutamente irracional. Não fora isto e eu já teria não só largado o blog como teria trocado o futebol por outra forma de lazer, mais saudável, mais limpa. Mas o clube apaixona. A visão da camisa do time vicia. Não tem como largar.

Já soube de casos de dirigente de um clube que passava na bilheteria em dia de jogo e saia com um maço de dinheiro. "É para pagar o juiz." Ele dizia.

São inúmeros e conhecidos casos de jogadores que perderam de propósito para derrubar treinador.
Jogador era escravo do clube, diziam todas as "pessoas de bem" do universo quando existia o passe. Aí veio o Pelé, que ouviu o canto da sereia mas errou o tiro.

E aí o passe dos jogadores continuou a existir. Só que ao invés de pertencer aos clubes pertencem aos empresários. E estes, em hipótese nenhuma são movidos por amor. Imagina paixão então? Preocupação com o torcedor otário que sofre com as derrotas e vai a loucura com pequenas vitórias? Bem capaz!

Pois estes novos donos do futebol estão se esmerando a cada dia mais. Agora não basta manejarem a carreira do atleta e ganharem com as transações, idas e vindas e com uma percentagem sobre o negócio. Agora estes senhores que "cuidam" da carreira do pupilo querem mais. Muito mais. Querem, por exemplo, também ganhar salários do clube durante a vigência do contrato de seu querido atleta. Sim querido leitor. É isto mesmo que leste. E este "salário", não pense que é coisa pequena de 20, 30, 50 mil reais.

Por que estou contando isto? Por nada não. Talvez para que uns e outros entendam que trabalhar sério hoje em dia nesta área não é muito fácil. Menos fácil ainda é não se entregar pros homens.