12 de janeiro de 2013

É fácil ser "isento" ou cabo eleitoral

A marcação de dois jogos do Gauchão para o Olímpico está agitando as redes sociais. O frenesi está uma loucura.
De um lado, agem os isentos baratos de sempre com a rapidez costumeira, cuja missão na vida (e na próxima encarnação) é criar e nutrir crises que atrapalhem e diminuam o Grêmio. Estes falaram besteiras a rodo como sempre e, como sempre, conseguiram adesão e eco inclusive de torcedores gremistas.
Vade retro, satanás!
Cito apenas 3 pérolas escritas, pois ilustram suficientemente o modus operandi:
1) "Se jogar no Olímpico, o Grêmio vai ter que pagar para a OAS";
2) "O Grêmio terá que pedir licença à OAS para jogar no Olímpico";
3) "Luxemburgo pediu para jogar no Olímpico e a Direção do Grêmio concordou".
E  ainda dizem, na cara dura,  que praticam uma profissão cuja finalidade é informar.
Qual o fato mais relevante neste episódio e que foi olimpicamente desconsiderado por eles? A Arena Porto Alegrense, empresa que administra o nosso novo estádio e pertence 100% à OAS, escreveu em uma correspondência oficial endereçada ao Grêmio: "...solicitamos seu auxílio junto aos órgãos competentes, no sentido de que estes dois primeiros jogos do Campeonato Gaúcho tenham seu mando de campo transferido."
Não é preciso ser especialista em interpretação de textos para entender que, citando o gramado como causa, a empresa encontrou um motivo mínimo e consistente para adiar o uso da Arena. Isso é uma necessidade, pelo gramado e por outras razões de engenharia que qualquer pessoa presente nos eventos havidos lá pode constatar. É evidente que o estádio não está pronto.
Ora, pois...
De outro lado, parte da torcida gremista divide-se em duas categorias:
1) os que se deixam levar pela onda e reproduzem as baboseiras;
2) os que estão à espreita e usam qualquer motivo para realizar o turno diário da eleição presidencial do Clube.
Lamento pelos primeiros. Os últimos, bem, esses não têm cura.
Uma vez que a OAS, através da sua subsidiária pediu, OFICIALMENTE, que o Grêmio não jogasse na Arena, o que caberia à Direção do clube fazer? As alternativas que me ocorrem, com a previsível repercussão que cada uma delas teria na conhecida agenda dos entes referidos acima, são:
1) Bater pé para jogar na Arena.
Repercussão junto aos imparSCIais e aos eleitoreiros: "com menos de 20 dias de mandato, a Direção do Grêmio já está brigando com a OAS."
2) Alugar outro estádio para jogar.
Repercussão junto aos imparSCIais e aos eleitoreiros: "Grêmio gasta meio milhão de reais para alugar estádio, tendo o Olímpico à disposição e diz que não há recursos para contratar. Ou, sócios serão prejudicados: pagarão mensalidade e não poderão assistir jogos em janeiro, pois estádio do Canoas (ou do Cerâmica, ou do NH) não tem capacidade para acomodar todos os sócios."
3) Usar o Olímpico.
Repercussão junto aos imparSCIais e aos eleitoreiros: o atual gritedo, dos ensaiados de plantão, que formam os grupos já citados.

Assim, caros leitores, segue a barca, sem novidades. Pelo menos para aqueles que enxergam os fatos com lentes livres de fumaça de churrascos ou de interesses políticos feridos.
Até já me perdi. Estamos no décimo sétimo ou décimo oitavo turno da eleição?
Haja paciência!

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Vade retro satana

Crux sancta sit mihi lux / Non draco sit mihi dux
Vade retro satana / Nunquam suade mihi vana
Sunt mala quae libas / Ipse venena b ibas 


Que a Santa Cruz seja a minha luz/ Não o dragão seja meu comandante
Afasta-te, satanás/ Nunca me tente com coisas vãs
Aquilo que me ofereces é mau/ Bebas teu próprio veneno