4 de janeiro de 2013

Eu Trago Comigo os Estragos da Noite!

O leitor Gustavo Rodrigues mandou um texto para publicar. Como reflete a ansiedade dele e de muitos achei pertinente.
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Foi no dia 13 de junho de 2012. O clássico Grêmio x Palmeiras nos proporcionava grandes expectativas. Nas cercanias do Olímpico, gremistas e palmeirenses por vezes se confraternizavam num ambiente de civilidade. Mais de 45.000 tricolores foram ao Velho Casarão para mais uma vez prestigiar e apoiar o seu time. O resultado contudo nos deixou com um gosto amargo na boca.

Meus caros, estamos atravessando uma noite densa. Na escuridão destes últimos anos, a única luz que temos visto é vermelha. Na informação que se respira, nessa total falta de formação, a parcialidade travestida tem feito seu trottoir. Uma imprensa que não para de cornetear, em contraste com o amadurecimento de uma torcida que não para de alentar. Todavia, toda via pavimentada por nossas direções tem se mostrado qual castelo de areia que tomba ao primeiro sinal de adversidades e que é reconstruído a cada ano que se inicia. A vontade que dá é a de escondermos o nosso rosto.

Porém, recentemente começou a bater um friozinho!




Quem já virou a noite sabe que frio é esse. É o frio da madrugada, quando a negridão da noite começa a ceder lugar ao azul do amanhecer.

Tratemos de lavar nossos rostos e de despertar desse torpor desconfortável. Chega de uísque, vamos tomar um cafezinho. Reflitamos: Quais serão os afazeres do dia que se aproxima?

Por fim, que cada um faça o que estiver ao seu alcance para que em breve ouçamos por uma segunda vez: "O Grêmio vai ser campeão do mundo! O Rio Grande do Sul e o Brasil vão viver uma madrugada que não terminará antes do sol nascer!"

E quando estivermos no próximo ciclo de títulos, haveremos de lembrar das noites que passamos lado a lado em solidão; noites de inverno, noites de verão; noites que viramos esperando amanhecer, esperando o sol nascer.

Amigos, estamos chegando finalmente ao dia de amanhã ... em Porto Alegre!